40 - SomeBODY...

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Naruto

Hoje é o dia da festa, em que finalmente vamos conseguir por o plano em prática. Assim que meus amigos invadirem o lugar, vão dar tudo de si para distrair as pessoas, Sasuke e eu teremos pouco tempo para descobrir onde fica esse testamento, se dermos sorte vai estar em dos dois lugares que suspeitamos, os únicos cômodos daqui que ainda não entramos.

Estou tomando café da manhã na mesa de Madara novamente, pelo visto ele e Sasuke se acertaram, acho ótimo porque assim posso comer coisa de gente rica de novo. Ele foi babaca? foi, mas eu não sou rancoroso, estou feliz da vida comendo uma torta holandesa e só isso importa. Passado é passado.

A única coisa que está me deixando com uma leve pulga atrás da orelha é que ontem a noite, depois que Sasuke entrou no quarto para dormimos juntos de novo, ele parecia meio diferente, pensativo. Sei quando ele está incomodado ou confuso sobre algo, ele parece avoado e como se sua mente tivesse se separado do corpo. Estou doido para perguntar sobre o que ele estava pensando e como foi sua conversa com seu avô, mas tento ao máximo deixar isso para depois.

— Continuo achando ele um animal — Madara bufa lendo jornal como sempre, juro que arcaico — não tinha opção melhor não Sasuke?

Já me arrependi do que disse.

— Esse cara de cu ta falando de mim? — pergunto para Sasuke indignado.

— Uhum — ele mesmo me responde, virando uma página — e não pense que me ofende, o que vem de baixo, digo, da ralé, não me atinge.

— Ah mas eu vou quebrar a cara desse jumento — me levanto com toda pompa, mas Sasuke me segura antes que eu realmente faça besteira.

— Vô, menos — Sas resmunga me puxando de volta para cadeira — sinceramente não entendo sua implicância com ele.

Ele entende exatamente, ele me odiava até um tempo atrás.

— Nhenhenhe — Madara murmura tão baixo que quase não ouço.

— E tudo o que conversamos ontem, já mudou de ideia?

— Não prometi nada sobre ele — o velho diz como se eu não tivesse ali.

Sasuke bufa e eu volto a comer minha torta o encarando com os olhos semi-cerrados. Não sou rancoroso, mas ainda vou meter minha mão na cara dele, juro que vou.

Quando a noite chegou, já estavamos prontos para a festa. Sasuke me ajudou a colocar o terno, depois fez minha gravata enquanto eu abotoava os botões da sua camisa. Demoramos um pouco mais tempo do que realmente levaria, porque ficamos nos beijando e rindo o tempo todo, fora as mordidas no pescoço e carinhos não tão convencionais assim.

Bem que dizem que começo de relacionamento é puro fogo.

— Temos que falar desse seu fetiche com pescoço — Sasuke brinca esfregando a mão na região que por autocontrole meu não ficou nenhuma marca.

— Você gosta — sorrio malicioso tocando lentamente meus lábios aos dele mais uma vez — eu gosto do que você gosta.

Ele solta um breve gemido abafado, quase como um suspiro, antes de finalmente se afastar.

— Guarda esse tesão todo aí pra mais tarde — ele diz e segue na frente para sair do quarto — precisamos ir logo.

— Quem foi que te elegeu o tomador de decisões desse relacionamento? — resmungo e me viro começando a segui-lo — não me lembro de ter concordado.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora