32 - Próximo passo

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Naruto

Assim que tomo um bom banho e troco de roupa, caminho até a casa de Sasuke. Eu poderia só entrar pela porta, mas não quero perder o costume de fazer exatamente o oposto do que ele me pede então salto janela a dentro.

— Já disse para por uma tranca nesse lugar — digo sentado no batente.

— Naruto, o que eu falei!? — ele tira os olhos daquele cheque e me encara puto.

— Não lembro — brinco e então pulo ao seu lado na cama — e aí, encontrou algo importante?

— Não entendo direito como funciona esse negócio de cheque, é ultrapassado, quem usa isso? — ele diz tentando encontrar alguma coisa — mas aqui esta escrito Kakuzu, esse era o nome do cara que nos roubou.

— Será que seu irmão tem algo a ver com isso?

— Ele não nos deixaria assim na miséria, deve ser algo que ainda não entendi, mas está bem na minha frente.

— Você também disse que ele não seria capaz de estar com os Akatsuki e olha só, ele está.

— Ta, mas isso é diferente porque ele ficou pobre também.

— Será mesmo?

Essa pergunta me causa uma pulga atrás da orelha. Olho para ele, confuso tentando descobrir se as peças se encaixam.

— A gente precisa descobrir quem é esse Kakuzu e porque ele está envolvido com o meu irmão — Sasuke diz — e também o que isso tem a ver com a Akatsuki.

— Ta achando o que, que somos os Scooby-Doo? não acho que se intrometer na vida alheia vai dar certo.

— Se não quiser ir tudo bem — ele dá de ombros.

Penso em só voltar para casa, já vivi aventuras demais pra pouco tempo, esse moleque só veio pra cá para me trazer dor de cabeça, mas invés disso apenas suspiro e não resisto.

— Eu prometi que ia te mostrar que a vida aqui pode ser boa então que tipo de homem eu seria se te deixasse na mão agora, não é?

— Você não é um homem — ele afirma rindo.

— Ah não?

— Um menininho no máximo, não exagera.

Cruzo os braços o olhando indignado.

— Eu já tenho bigode olha — aproximo meu rosto dos olhos dele mostrando.

— Deixa eu ver... — ele cerra os olhos analisando — tem dois pelinhos pela metade, é quase um homem mesmo.

Seu tom irônico me irrita, resmungo e volto a me afastar.

— Você teve ter menos, tenho certeza.

A discussão não continuou, invés disso Sasuke se concentrou em pesquisar em seu celular onde ficava o endereço escrito nele.

— Se lembra ao menos do que conversamos ontem?

— As lembranças estão meio confusas eu não sei o que foi sonho e o que foi real, as palavras muito menos, mas parece que quando o tempo passa mais eu vou me lembrando — ele diz concentrado na tela — inclusive, você prometeu me contar tudo.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora