49 - Teste

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Sasuke

Algum tempo já se passou, ainda não falei com o Naruto, usei esse tempo pra me dedicar totalmente ao treinamento com meu avô, é hoje que tenho o teste e estou morrendo de ansiedade para saber o resultado mesmo não tendo feito ainda.

Não resolvi a questão com meu primo, preferi fazer a egípcia e esperar ver até onde ele vai, estou com medo? talvez, mas pode ser que ele esteja só blefando.

Há uma semana mais ou menos ele me mandou mensagem ameaçando contar tudo pro Madara, nem me dei ao trabalho de dizer que ele já sabe de tudo, seria bem engraçado se ele fosse falar e acabasse quebrando a cara.

Alguns dias depois, ele me mandou uma foto do meu irmão no trabalho, como se fosse um paparazzi que tirou e me enviou com outra ameaça. O Itachi é a pessoa mais importante no mundo pra mim? sim, mas de novo nem liguei, ele sabe se virar até parece que se deixaria ser sequestrado ou morrer sem antes chutar o saco do Obito e furar os olhos dele com as unhas, meu irmão não é pouca bosta não.

Ontem ele tentou fazer o mesmo com a minha mãe já que até então eu apenas visualizava as mensagens. Mais uma vez não me importei porque é de consenso geral que toda minha família se odeia, mas amam a dona Mikoto, se o Obito fosse sequestrar ela seria para leva-la pras maldivas de férias.

Aparentemente estava certo, tenho quase certeza que é tudo ladainha dele pra me botar medo, uma pena pra ele, eu não me senti nem um pouco preocupado.

— Chegamos — meu irmão diz ao parar o carro.

Trouxe ele comigo porque não queria nem meu vô nem minha mãe aqui, seria pressão demais, já meu irmão eu não estou nem aí se vou impressionar ele ou não, por isso ele que veio. E também porque eu não sei dirigir e Deus me livre usar aquele carro de pobre - ônibus - de novo. Tive uma experiência traumatizante.

Sorrio ao lembrar do dia, Naruto estava comigo, ouvimos músicas juntos e uma senhorinha me xingou, foi um dia caótico...

— Vai ficar aí pensando na morte da bezerra? —  meu irmão pergunta batendo na minha janela pelo lado de fora.

Saio dos meus pensamentos e pulo para fora do carro. Então seguimos em silêncio até o local do teste, vou ter uma parte teórica e uma prática, meu nervosismo volta com tudo. Minha mente vira um turbilhão de pensamentos negativos e falhas que posso cometer.

Pelo menos é bom já esperar a decepção, assim eu nunca fico decepcionado.

Meu irmão conversa com a recepcionista e logo me chamam para entrar.

— Espera — Itachi diz antes de eu ir e se aproxima — boa sorte pangaré — ele toca minha testa com dois dedos como sempre faz comigo.

— Pangaré? isso era pra me incentivar?

Ela solta um riso fraco, isso para o Itachi é praticamente uma gargalhada estrondante, ele nunca ri.

Sorrio.

— Obrigado — reviro os olhos respondendo finalmente e então sigo sozinho pelos corredores até a sala que me indicaram.

Só saio de lá quando já é noite, estou morto de cansaço, como meu avô me avisou eles pegaram pesado. Meu cérebro foi fritado e todo meu corpo também, só consigo pensar na minha caminha confortável.

Deito minha cabeça na janela do carro, já está tarde da noite, o balanço do carro em movimento e o silêncio é ótimo pra tirar uma soneca.

— Como foi lá? — meu irmão atrapalha minha brisa.

— Hm — é a única coisa que consigo resmungar.

— Ah nossa que bom então — ele diz irônico.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora