31 - Arrependimento

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Sasuke

Acordo sentindo uma luz forte no meu rosto, abro os olhos lentamente até me acostumar com a claridade e então percebo que não estou na minha cama, nem na casa de Sakura. Olho em volta e vejo que estava em um lugar estranho, cheio de pessoas passando para todos os lados se falando.

Levanto minha cabeça mas sinto ela empurrar algo, olho para meu lado direito e vejo que Naruto estava dormindo com a cabeça apoiada na minha e eu em seus ombros. Estamos sentados sozinhos em una fileira de cadeiras e tenho quase certeza de que isso aqui é uma delegacia.

— Naru, ei! — o chacoalho com cuidado falando baixo — acorda.

Ele não me responde então o balanço mais rápido.

— Acorda seu imprestável.

— To não — ele murmura.

— To não o que porra!? — sussurro o encarando bravo.

Ele abre os olhos enquanto boceja e então fica me observando sem dizer nada.

— O que estamos fazendo aqui? — pergunto e ele apenas coça a cabeça.

— Tô com fome — Naruto se levanta — alguém aí tem café?

Ninguém o responde e eu o puxo para cadeira novamente.

— Você tem noção de que estamos em uma delegacia de polícia?

— Espera, o que?

— Eu não sei como viemos parar aqui, ontem a gente estava na Sakura e aí de repente eu acordo aqui e pior, com você junto.

— Ah merda — ele murmura — você não lembra de ontem?

— Não? — pergunto retóricamente.

— Ficamos lelé.

— Ahm?

— Fala sério — ele bufa e faz um gesto com as mãos como se fumasse algo — não vou falar disso aqui.

— Não me lembro de ter fumado nada não seu maluco — protesto.

— Na verdade a gente comeu, ah é uma longa história e a culpa é sua, mas vamos sair daqui primeiro e aí eu te conto.

— Ta e como pretende fazer isso?

— Chama seu pai — ele dá de ombros — ele não é policial?

— É, mas aí ele vai me matar.

— Prefere morrer por ele ou apodrecendo na prisão?

— Sair não seria pior? não quero me tornar um fugitivo — digo.

— Eles nos deixaram em observação enquanto não tem provas ou comunicam nossos pais, espero que seja a primeira opção — ele explica — se seu pai nos tirar dessa ninguém mais precisa ficar sabendo.

— Como você se lembra de tudo e eu estou com a mente mais nublada que serra?

— Ser amigo do Shikamaru tem suas consequências — ele morde o lábio.

Suspiro e procuro meu celular no bolso, então noto que ainda estamos de pijama, não tinha como piorar.

— Tá ali em cima — Naruto aponta com a cabeça para uma bandeja em cima da mesa da secretária.

— Saco — resmungo e vou andando até ela — licença, posso pegar meu celular?

— Não — ela não tira os olhos do que digitava no computador.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora