23 - Vin Diesel

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Sasuke

— Cheguei — digo com as mãos no bolso me aproximando do velho.

— Que demora, anda logo — ele entre no carro.

Me sento no banco de trás ao lado dele e assim que fecho a porta o motorista acelera.

— Tá me levando pra onde?

— Já disse, depois você descobre.

— Quanto mistério, está planejando me matar e jogar meu corpo num rio? — me lembro do que o Naruto me disse a pouco.

— Se continuar tagarelando no neu ouvindo eu vou.

Cruzo os braços me calando.

Como não me sobra mais o que fazer, começo a observar a rua além da janela, estamos passando por várias lojas com pessoas saíndo e entrando sem parar. Naruto ia gostar daqui, quem sabe um dia eu não leve ele.

Alguns minutos depois, o carro para em um lugar que nunca vi, mas pelo menos não fica no meio do mato então está tudo bem.

Descemos e segui meu avô para dentro do estabelecimento, ele conversou com um cara e em seguida fui guiado por alguns corredores até uma sala diferenciada, com alguns equipamentos de trabalhador sei lá, pedreiro talvez e um grande retangulo aberto na parede.

— Queria a parte divertida não era? aí está, vamos ver se começa a levar as coisas a sério garoto — ele diz entregando uma arma na minha mão.

Era só uma pistola, mas mesmo assim parecia que ele tinha me dado ouro, eu sempre quis segurar uma. Manuseio com cuidado, analisando cada detalhe boquiaberto como uma criança ganhando doce.

— Só não mira no próprio rosto pelo amor de Deus — ele empurra o cano para baixo com cuidado.

— É sério isso? — o olho esperançoso, se isso fosse um desenho animado meus olhos estariam brilhando agora.

— Claro, vai ter que usar uma dessa um dia não vai? é bom que saiba mirar.

Ele caminha até a mesa do canto e volta com dois óculos de proteção, me dando um.

— Mas com cuidado, primeiro, observe.

Ele ajeita o próprio óculos e coloca a munição na pistola, em seguida se posiciona no meio do retangulo na parede e demora alguns segundos para mirar em um dos alvos com silhueta humana. E aí dispara, fazendo o barulho ecoar alto pela sala vazia.

— Uau... minha vez! — coloco o óculos.

— Espera, espera — ele pega a pistola da minha mão — antes disso, você sabe carregar e destravar? como mira? o que não fazer para não atingir você mesmo?

— Claro que eu sei.

— Jogando Free Fire até eu, não é assim que funciona — ele diz — primeira coisa errada, cade os tampões de ouvido?

— Você não me deu.

— Porque já era pra você saber, pega ali.

Obedeço e volto.

— Segunda coisa, presta atenção — ele solta a munição e carrega a arma de novo, mas agora lentamente para eu poder ver — pegou?

Imito ele com a minha.

— Que coisa fácil, pelo amor.

— Sim, mas tem gente que consegue errar até nisso e depois se ferra — ele diz — agora puxa essa parte aqui de trás.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora