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Afrodite, na mitologia grega, é a deusa da beleza, do amor e da fertilidade. Nascida da espuma do mar, ela encanta os deuses e mortais com sua radiante beleza. Associada ao prazer e a harmonia, Afrodite inspira paixão e é venerada como a personificação do amor divino. Seu mito transcende culturas, destacando a influência duradoura dessa divindade na compreensão humana do amor e da estética. Simbolizando a dualidade do amor: a doçura da união e a intensidade da paixão, perpetuando seu legado como uma divindade fascinante.

À medida que a filha de Afrodite caminhava pelo Acampamento Meio-Sangue, o aroma fresco dos pinheiros e ares do mar misturavam-se no ar e chegava a suas narinas. Ela podia ver alguns semideuses compartilhando histórias e estratégias enquanto estavam reunidos no Pavilhão de Refeições, tudo parecia ser tão normal, por uns instantes ela se sentiu como uma jovem normal. No campo de treinamento o som metálico de espadas e escudos ressoavam, Catherine podia imaginar que Luke estaria por lá, existia aquele desejo magnético em vê-lo, mas sabia que não teria tempo para isso agora, não quando Quíron a chamou com urgência para a Casa Grande.

—Com licença —ela adentra o local com receio, dessa vez não tinha feito nada para ser convocada tão repentinamente.

—Pequena Vênus! —Dionísio exclama com animação. —Vem, chega pra cá. Eu e o quatro patas temos que falar com você.

Quíron lançou um olhar feio na direção do deus, mesmo assim buscou não dar importância a ele.

—Catherine, se aproxime, por favor —ele falava com cordialidade. —Temos uma coisa importante para falar.

Ela se aproximou, mais quieta que o normal, isso pelo fato de milhões de questionamentos passarem por sua cabeça, nenhum explicando o porquê de ter sido chamada lá.
Mas quem deve, sempre teme. E desde que havia descoberto o segredo de Luke, ela temia.

—Aconteceu alguma coisa? —ela indaga.

—Ainda não sabemos —inicia Quíron. —Bom...

—A mãezona te chamou pra uma missão —Dionísio acaba com o suspense. —É isso.

Quíron colocou a própria mão sobre o rosto com um toque de impaciência. Em contrapartida, o cenho de Catherine se franziu, surpresa com a informação, podendo esperar qualquer coisa, menos aquilo.

—A minha mãe me convocou pra uma missão? —ela repete a informação, aquilo não parecia ser algo real.

—Ela convocou —Quíron se apressa em voltar a falar antes que Dionísio o interrompesse novamente. —Não sabemos o motivo, Afrodite disso que era um assunto íntimo. Ela exigiu a sua visita a ela, então nós...

—Não —Catherine interrompeu.

A forma firme e sem hesitação surpreendeu Dionísio e Quíron.

—Como assim "não"? —ele pergunta.

—Não. Preferem que eu diga em francês? Non! —ela fala com uma irritação atípica de seu temperamento.

Catherine respira fundo, balançando a cabeça negativamente enquanto passa a mão pelos próprios cabelos, impaciente.

—Perdão pelo meu comportamento... Mas não —ela direciona seu olhar na direção deles. —Se o que ela tem a dizer é de fato tão importante, ela dará um jeito de me encontrar, mas não vou até ela. Não vou e nem quero vê-la.

—Catherine... —Dionísio a olhou com uma rara seriedade, embora seu olhar não tivesse ira e nem desaprovação. —É importante que você vá. Sua mãe... Bom, ela não é alguém que aceita "não"como resposta.

Ela observou Dionísio por alguns instantes em silêncio. Achava difícil, talvez até impossível, dizer "não" para ele, levando em conta que ela secretamente o via como um pai, ou talvez o mais próximo que ela já tinha tido de uma figura paterna. Cogitou em ir, não por sua mãe ou por querer saber o que ela tinha a dizer, pensou em ir apenas pelo fato de que achava difícil dizer "não".

Love is a Thief Onde histórias criam vida. Descubra agora