Caminhar pelas charmosas ruas de Paris é uma experiência encantadora. Eles caminharam do parque próximo à Torre Eiffel até o hotel em que iriam se hospedar. A caminhada não era cansativa, muito pelo contrário, os entretinha com a visão da arquitetura elegante, boutiques chiques e luzes atrativas. Pelo menos, não foi cansativa para Catherine e Luke, mas Crystal reclamou em algum momento que estava cansada. Ninguém poderia culpá-la, tinha gastado toda a sua energia correndo e brincando no parque, Luke não se importou em carregar a menina em seus braços, ela era tão leve que ele nem tinha que se esforçar, e ao final da caminhada, ela já estava dormindo no ombro dele.
Catherine sorriu discretamente com a cena enquanto eles cruzavam a soleira do hotel com a elegância típica da cidade que deixaram para trás. Ela parecia levar aquilo com tanta naturalidade quando se aproximou do balcão da recepção. Luke preferiu esperar ela no sofá, tomando o máximo de cuidado para não acordar Crystal. Catherine falava naturalmente com o atendente, que notava a fluência da garota ao proferir as palavras, mesmo um pouco distante, Luke gostava de admirar ela falando francês, nunca tinha a visto falar tanto sua língua nativa quanto naquele dia, era definitivamente algo que ele apreciava.
A recepção do hotel, adornada com detalhes luxuosos, torna-se o portal para um refúgio. A loira pegou o cartão do quarto com o atendente e apontou para as três mochilas próximas ao sofá, que Luke presumiu que ela estava fazendo algum pedido para que as entregassem no quarto, mesmo não fosse muita coisa.—Merci —ela sorri com satisfação e volta seu olhar para Luke. —Vamos, meu amor?
Ele concordou e caminhou em direção a garota, a acompanhando até o elevador. Eles comentavam algum assunto ou outro em um tom baixo, tentando omitir suas pequenas risadas até adentrarem no quarto.
Catherine aproximou o cartão da porta e rapidamente uma pequena luz verde surgiu, indicando que havia sido destrancada. Ela a abriu, dando espaço para que Luke passasse com Crystal. Eles observavam o local, o quarto do hotel parisiense era elegante e aconchegante, com uma decoração sofisticada que refletia o charme da cidade. A iluminação suave criava uma atmosfera acolhedora, e janelas adornadas com cortinas elegantes ofereciam vistas encantadoras da cidade das luzes.—Nada mal —Luke diz com um toque descontração, enquanto deitava cuidadosamente Crystal sobre uma das camas, não demorando a se jogar na outra.
Catherine ri um pouco. Ela se senta na beirada da cama de Crystal, tira com delicadeza o casaco da garota, seus sapatos e o laço de seu cabelo, a cobre com a coberta fina e deposita um beijo na testa da garota. Luke a observou, cada mínima ação da loira tinha delicadeza e acima de tudo, amor. Um amor genuíno e inquestionável, isso era fato, alguém que realmente fosse amado por Catherine LeBlanc jamais se questionaria disso, pois seu amor era tão óbvio e sem rodeios.
—Você é tão incrível... —ele sentiu a necessidade de elogiar.
A francesa se virou, um pouco surpresa, mas mesmo assim sorridente. Dessa vez, ela se sentou na beirada da outra cama, próxima a Luke, o observando deitado.
—Você também é —ela diz baixinho, colocando sua mão sobre o rosto dele.
Ele deitou a cabeça sobre as coxas de Catherine, gostava de sentir o carinho dela sobre sua pele. O fazia suspirar e relaxar.
—Meus pesadelos pararam depois que eu me aproximei de você —ele admite com um sorriso discreto.
—Sobre o que você sonhava? —ela questiona.
Luke se esquivaria se qualquer outra pessoa lhe perguntasse sobre isso, mas não com Catherine. Ele responderia tudo o que ela desejasse sem o mínimo incômodo, sentia que ninguém o conhecia como ela.
—Com Cronos.
Ela suspirou, seus dedos traçavam linhas imaginárias sobre a cicatriz no rosto dele. Tinha tanto a falar, mesmo assim parecia engolir as palavras que rasgavam em seu peito.
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Love is a Thief
Fanfiction⎯ Catherine LeBlanc foi uma das jovens destinadas a aceitar sua identidade pouco comum. Ela era filha de Afrodite. Abandonada por seu pai na infância e "acolhida" pelo Acampamento Meio-Sangue, Catherine se vê obrigada a ignorar seus traumas para seg...