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Catherine LeBlanc.

—Bem vinda, verão —Apolo abre os braços, mostrando sua casa. —Esse é meu lar... Bom, pelo menos um deles.

A mansão ficava situada em um condomínio sobre um morro. Era uma mistura de arquitetura moderna e clássica. Tinha uma fachada de mármore branco e vidro espelhado com colunas imponentes na entrada principal e enormes portas douradas com imagens mitológicas, o que me lembrava das representações dos antigos templos gregos.
Do lado de fora ficava uma enorme piscina com uma fonte de pedras brancas que jorrava águas cristalinas. O piso com mosaicos dourados deixava a impressão de que era possível banhar em ouro e a luz do sol refletia um efeito divino.

—Uau...

Tive que piscar algumas vezes, estava encantada com a visão daquele lugar. Era lindo, fazia com que eu perdesse o fôlego. Aquilo parecia estranho, ainda soava errado.
Ao contrário do que qualquer um poderia pensar, eu não tinha intenção nenhuma de ter algo com Apolo, muito menos queria me vingar de Luke.
Não vou negar, o deus-sol era extremamente bonito. Aliás, ele era a representação da beleza masculina, isso é pura aula dos contos gregos. Só que esse não era meu plano.
Meu desejo não era beijá-lo, se tratava da minha vontade incontrolável de fugir, não quis permanecer naquele lugar e encarar Luke e Thalia, odiaria ficar lá me sentindo uma idiota ou ter que ficar me martirizando pelo fato de ser uma traidora, ainda consigo ver a imagem da Annabeth segurando aquele peso insuportável quando fecho meus olhos.

—Onde nós estamos? —indago.

—Geograficamente? —Apolo gentilmente tira o meu casaco, o colocando sobre o cabideiro próximo a porta. —Phoenix, o coração dos Estados Unidos.

Acabei fazendo uma pequena careca, aquela era uma péssima cidade.

—Não seja anti-americana, doçura —ele riu.

—Jamais —ergo as mãos em sinal de rendição, deixei um pequeno sorriso se formar no canto da minha boca. —Apenas fiquei curiosa. De todos os lugares do mundo por que um deus escolheria um lar em Phoenix?

Apolo deu de ombros enquanto abria espaço para que eu passasse. Ele sempre parecia tão radiante.

—Aqui é a cidade mais quente dos Estados Unidos, e eu adoro um bom verão e um bronzeado —ele deu uma piscadela. —Mas, se quiser, podemos ir para qualquer lugar do mundo. Até fora dele, se preferir.

Abri um leve sorriso. As ações dele eram interessante, sempre divertidas e cheias de leveza. Não tinha como esperar algo diferente, ele era um deus multifacetado.

—Não precisa —respondo. —Já foi muito gentil da sua parte me trazer aqui. Aliás, obrigada, uma fuga caiu bem naquele momento.

Tentei ser discreta ao admirar aquela enorme casa, só que era uma tarefa difícil. O átrio da mansão tinha um teto de vidro que permitia que a luz natural inundasse o espaço, criando um ambiente iluminado e acolhedor. Tinha uma grande fonte cercada com estátuas de ouro de musas e ninfas. O chão era de mármore polido com intrincados mosaicos que formavam padrões solares e arcos celestes.
Sua sala tinha várias estátuas, livros de medicinas, inúmeros instrumentos musicais e pinturas de todos os tipos. Era uma visão belíssima.

—É, eu imaginei —ele diz, se afastando para uma espécie de mini bar próximo. —Me fale uma bebida, verão.

Caminhei em sua direção, deitando meus braços sobre o balcão e apoiando meu queixo sobre minhas palmas.

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