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Mesmo em meio às lutas e monstros que podiam invadir o acampamento, todos os campistas pareciam radiantes e empolgados com a ideia de voltarem com a melhor atividade do acampamento. Caça a Bandeira. O Chalé de Atena estava aliado com Hermes e Apolo, os chalés maiores, formando a Equipe Azul. Em contrapartida, tínhamos a Equipe Vermelha, formada por Ares, Afrodite, Dionísio, Deméter e Hefesto. Faltavam duas horas para começarem, mesmo assim muitos já estavam em seus postos, Luke era um dos líderes, o que o fazia já estar na beira do riacho com os colegas de equipe ditando regras e estratégias.

—Princesa? —ele adentra o Chalé de Afrodite em passos lentos.

O filho de Hermes não desviaria o foco do jogo em nenhuma hipótese, mas também não soube negar quando recebeu um recado de Catherine, o avisando para encontrá-la no Chalé 10.

—Oi, meu amor —sua voz ecoou distante. —Já estou indo.

Ele colocou as mãos nos bolsos da própria calça e esperou, ficou observando o lugar sem muita atenção. Mas a visão de Catherine se aproximando tomou tudo de si.

—Eu vou te dar uma vantagem, pode ficar com a MordeCostas.

Luke estaria mentindo se dissesse que ouviu alguma das palavras proferidas pela garota. Ela podia se aproximar com uma naturalidade surreal, embora estivesse usando apenas sua calça jeans flare e um sutiã branco de renda sem bojo. Ele sabia o que ela pretendia fazer, mesmo assim não conseguia desviar o olhar. Já tinha visto Catherine com muito menos roupas, mas a visão continuava sendo intoxicante e magnética.

—O que foi, meu amor? —sua voz era sibilosa em uma ingenuidade dissimulada.

—Suas irmãs estão aí?

—Não.

—Ótimo.

Ele agarrou a cintura desnuda de Catherine, a puxando para perto sem dificuldade. Sua respiração estava pesada quando aproximou seu rosto, instantes antes dela colocar o indicador sobre os lábios dele, o impedindo de beijá-la.

—Quero que pense em mim pelo resto do dia. Vai pensar em mim quando ao menos supor que é capaz de me vencer —sua voz era suave. Ela segurou o rosto de Luke, encarando seus olhos e sentindo sua respiração contra a dele. —Quero que se lembre dos meus olhos, da minha respiração contra a sua pele... E quero que saiba que existem lutas nas quais você jamais ganhará contra mim.

Ela sorriu, gostava da luxúria que brilhava nos olhos rendidos de Luke. Existia um autocontrole enorme para que ela não o beijasse enquanto o sentia apertar sua cintura.
Sabia que Luke tinha suas formas de manipular e convencer as pessoas, e ela tinha os próprios métodos, ainda mais quando se tratava dele.

—Catherine...

O sorriso da garota se alargou.

—Te vejo no jogo, Castellan —ela deu um leve empurrão sobre o ombro dele, antes de entregar o anel que se transformara na MordeCostas.

Luke suspirou e mesmo assim sorriu ao ver ela se afastar. Gostava de sua dinâmica com ela, era uma constante caixinha de surpresas, tinha calma, compreensão e amor, mas também tinha um desafio inegável.

—Vai perder feio, princesa.

Ele diz um pouco mais alto, antes de se afastar em direção a porta. E em pouco tempo, todos os campistas estavam reunidos, separados em equipes enquanto esperavam pela autorização de Tântalo.

—Semideuses! —anunciou, antes de bufar ao tentar agarrar um cacho de uvas e vê-la basicamente fugir entre seus dedos. — O riacho é o limite. A floresta inteira está valendo. Todos os itens mágicos são permitidos. A bandeira deve ser ostentada de modo destacado e não deve ter mais de dois guardas. Os prisioneiros podem ser desarmados... E recomendando algumas mudanças. Podem ser amarrados ou amordaçados, podem ser mutilados, entretanto...

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