SEIS - ENRICO

53 15 9
                                    

Entro no carro blindado, um santuário que me protege da curiosidade alheia. As janelas escuras ocultam minha identidade, enquanto ligo o motor e pego meu celular. Com um toque, chamo Diego, meu homem de confiança, cuja lealdade é inabalável. Ele atende prontamente.

— Diego, — digo, minha voz firme e autoritária. — preciso de um relatório da situação. O que você tem para mim?

Do outro lado da linha, ouço a seriedade em sua voz.

— Temos mantido vigilância constante, patrón. Até agora, não há sinais de movimentos suspeitos ou ameaças iminentes.

Isso é reconfortante, mas sei que a tranquilidade pode ser efêmera em meu mundo.

— Continue mantendo a vigilância. — instruo. — Nossos inimigos não descansam, e não pretendo facilitar para eles.

— Entendido. Ficarei atento e relatarei imediatamente qualquer atividade suspeita.

— Ótimo, — respondo. — estou a caminho. Prepare-se para nossa próxima reunião. Precisamos nos manter um passo à frente.

— Com certeza. — responde Diego. — Estaremos prontos.

Desligo o celular e me concentro na estrada à minha frente. Enquanto dirijo, sei que meu mundo está sempre em movimento, sempre alerta. O poder, o controle e a sedução são minhas armas para manter meu domínio sobre aquele reino de segredos e intrigas. Estou determinado a nunca baixar a guarda, ciente de que cada escolha que faço é uma questão de vida ou morte.

(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)

No dia seguinte, volto à sede da Morales Petrolífera, pronto para reassumir meu posto como CEO. Tereza, minha secretária e ocasional companheira, está lá para me receber, seu olhar ávido transmitindo uma mistura de respeito e desejo.

— Senhor Morales, está de volta. Como foi a viagem? — Sua voz é suave, mas há uma nota de curiosidade em suas palavras.

— Foi produtiva, Tereza. Mas agora é hora de voltar ao trabalho. Me coloque a par do que aconteceu nos dois dias em que estive fora. — Minha voz é firme, autoritária, como convém a um homem que comanda um império como o meu.

Tereza assente com uma expressão profissional, seu rosto impenetrável como uma máscara que esconde seus verdadeiros pensamentos.

— Bem, tivemos algumas reuniões com os investidores e fizemos progressos significativos em relação aos novos contratos de exploração. — Sua voz é calma e controlada, mas eu posso ver a chama de excitação brilhando em seus olhos.

Eu me inclino para frente, meu interesse despertado pelas notícias que ela tem a oferecer.

— E o que mais, Tereza? Não esconda nada de mim. Você sabe que não tolero segredos em minha empresa. — Minha voz é um sussurro rouco, carregado com a promessa de consequências sombrias para aqueles que ousam me desafiar.

Ela engole em seco, sua expressão revelando um lampejo de nervosismo diante da minha intensidade.

— Bem, houve alguns problemas com a equipe de segurança na refinaria de Barrancabermeja. Parece que houve uma tentativa de invasão, mas nossos homens conseguiram repelir os intrusos. — Sua voz é apressada, como se ela estivesse ansiosa para mudar de assunto.

Eu me acomodo em minha cadeira de couro, a sensação familiar do conforto envolvendo-me enquanto eu me preparo para assumir minhas responsabilidades como CEO da Morales Petrolífera. Meus dedos percorrem o teclado do notebook com destreza, ligando-o e aguardando que o sistema inicialize. Enquanto isso, uma mensagem de Alejandro, o gerente da boate, aparece em minha tela.

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora