TRINTA E TRÊS - ISABEL

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Diego abre a porta do carro e me observa com um olhar cauteloso enquanto saio do veículo. Seus olhos parecem penetrar minha alma, como se ele pudesse ler meus pensamentos mais íntimos. Recuo um pouco diante de sua intensidade, mas logo me recomponho, erguendo o queixo. Ficamos em silêncio até que ele estaciona diante de um elegante prédio comercial.

— Vamos, Isabel. O chefe está esperando por você.

Diego caminha à minha frente, seus passos firmes ecoando pelo corredor silencioso. Sigo-o de perto, tentando controlar os nervos que ameaçam me dominar a cada instante. Finalmente, chegamos à porta do escritório de Enrico. Diego me lança um último olhar antes de abrir a porta e me indicar que entre. Respiro fundo, preparando-me para enfrentar o que quer que me aguarde do outro lado.

Ao entrar, me deparo com Enrico, sentado atrás de sua imponente mesa de mogno. Seu olhar escuro me avalia intensamente, como se pudesse ler todos os meus segredos com apenas um olhar.

— Isabel.

— Enrico. — Minha voz soa mais fraca do que eu gostaria, mas mantenho o olhar firme no dele.

Ele me observa por mais um momento, como se estivesse avaliando cada centímetro do meu ser. Então, finalmente, fala.

— Sente-se, por favor. — Sua voz é um convite, mas também uma ordem.

Faço como ele pede, tomando o assento em frente à sua mesa. Sinto-me como uma presa diante de um predador, mas tento não deixar transparecer meu nervosismo. Enrico me observa em silêncio por um instante, como se estivesse ponderando suas próximas palavras. Finalmente, ele fala, quebrando o silêncio tenso que se instalou entre nós.

— Estou feliz que tenha vindo, Isabel. Há algumas coisas que precisamos discutir. — O ar está carregado de tensão quando Enrico se aproxima, sua presença dominadora preenchendo o espaço ao meu redor. Seus olhos escuros me atravessam. Eu o encaro, desafiadora, sabendo que este é um confronto que não posso evitar. — Você não dançará mais naquela boate. — Sua voz é firme, sem espaço para argumentos. Ele se aproxima, seus olhos ardendo com uma intensidade que me deixa arrepiada. — Eu sou o único homem que vai tocar em você, Isabel. — Sua voz é um sussurro ameaçador, mas também carregado de promessa.

— E o que vou fazer na sua empresa?

— Mudei de ideia. Você não vai trabalhar.

— Você não pode controlar a minha vida.

Ele me encara, os olhos faiscando com uma mistura de raiva e desejo.

— Posso e vou. Não tem escolha.

Eu sustento seu olhar, sem recuar.

— Não vai, porra nenhuma.

Ele avança, seu corpo quase colidindo com o meu, a tensão entre nós palpável.

— Vai mesmo me desafiar, diabinha? — Sua voz é um rosnado baixo, cheio de promessas e perigos.

Eu recuo, mas não cedo.

— Vou.

Enrico me olha com uma intensidade que faz meu coração acelerar ainda mais. Seus olhos escuros parecem ler cada pensamento que passa pela minha mente, cada batida frenética do meu coração. Meu corpo é arrastado para mais perto do dele, e eu sinto o impacto de nossos corpos colidindo. Enrico é imenso, quase dois metros de altura, e ainda não me acostumei com a sensação de ser tão pequena em comparação. Seus olhos escuros me devoram enquanto ele fala, sua voz rouca carregada de autoridade e desejo.

— Você é minha. Se tornou no momento em que se entregou a mim e, partir de então, sua principal função, Isabel, será gozar bem gostoso no meu pau. — arfo com suas palavras chulas.

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora