TRINTA E OITO - ISABEL

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O calor do sol bate forte sobre o asfalto enquanto nos aproximamos da pista de pouso do aeroporto. O rugido dos motores dos aviões preenche o ar, ecoando em meus ouvidos enquanto caminhamos em direção ao jato particular que nos aguarda. Enrico está ao meu lado, sua presença imponente irradiando uma aura de poder e autoridade.

Sem trocar uma palavra, ele me ajuda a entrar na aeronave, seus olhos fixos em algum ponto distante, sua mente claramente imersa em preocupações que mal posso imaginar. Diego e os outros seguranças nos seguem, ocupando seus lugares com uma eficiência silenciosa que denota anos de experiência naquele tipo de situação.

Dentro do jato, o ar está impregnado com uma mistura de excitação e tensão. Enquanto nos acomodamos em nossos assentos, consigo sentir a energia eletrizante que percorre o ar, o zumbido invisível de antecipação que paira sobre nós como uma nuvem carregada de eletricidade.

À medida que a aeronave ganha altitude, sinto o peso das minhas responsabilidades sobre meus ombros. Estou em território desconhecido, cercada por inimigos que não hesitariam em me eliminar se descobrissem a verdadeira extensão dos meus planos. Mas não posso recuar, não posso desistir da missão que me foi confiada.

Enquanto Enrico se senta ao meu lado, consigo sentir o calor do seu corpo irradiando para o meu, sua presença dominadora preenchendo o espaço ao nosso redor. Ele está tenso, seus músculos contraídos sob a pele, sua expressão séria e concentrada enquanto ele mergulha em seus próprios pensamentos sombrios.

Quando o piloto diz que podemos desafivelar os cintos, sinto o peso do olhar de Enrico sobre mim. Ele me indica um quarto no fundo da aeronave, e eu não hesito em obedecer. Diz que vai me encontrar em breve. No entanto, assim que entro, minha mente está em alerta, procurando oportunidades para cumprir a missão que me foi dada.

Não posso deixar passar a chance de plantar uma escuta e coletar informações vitais para a operação. Meus passos são firmes enquanto me aproximo das outras portas do avião, explorando cada ambiente em busca do local ideal para colocar o dispositivo.

Encontro uma sala que parece ser um escritório improvisado, e meu coração acelera com a possibilidade de instalar a escuta ali. Com cuidado para não chamar atenção, começo a vasculhar o ambiente, procurando o lugar perfeito para esconder o equipamento.

Sinto a adrenalina correr em minhas veias enquanto coloco a escuta em um local estratégico, garantindo que capturará todas as conversas importantes. É um jogo arriscado, mas sei que vale a pena.

Uma vez que termino a instalação, retorno ao meu lugar, mantendo uma expressão neutra enquanto tento disfarçar a excitação que sinto por ter completado essa etapa crucial da missão. Enrico não desconfia de nada, e eu me esforço para parecer tranquila, como se não estivesse carregando um segredo que poderia mudar tudo.

Enrico adentra o quarto com sua aura dominadora, seu olhar penetrante varrendo o ambiente em busca de qualquer sinal de desobediência. Eu o observo com um misto de apreensão e fascínio, mantendo minha postura como ele gosta. Sento-me na cama, minha expressão cuidadosamente calculada para transmitir a imagem de uma mulher obediente e dócil.

— Enrico... — minha voz é suave, carregada com um toque de submissão calculada. — Está tudo bem?

Meus olhos encontram os dele, buscando qualquer sinal de suas intenções. Eu sei como jogar esse jogo, como me mover nas sombras da sua influência sem revelar minhas verdadeiras intenções. Ele me encara por um momento, seus olhos escuros estudando cada centímetro do meu rosto. Eu me sinto nua sob seu olhar, exposta e vulnerável de uma maneira que me deixa arrepiada de excitação.

— Tudo está sob controle, Isabel. — Sua voz é firme, carregada com uma autoridade inquestionável. — Tenho um longo caminho pela frente, mas eu sei como lidar com qualquer obstáculo que surgir. Não precisa se preocupar, diabinha.

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora