VINTE E QUATRO - ISABEL

35 11 10
                                    

Meu coração ainda sangra pela perda de Álvaro, e a vingança que eu busco é a força que me impulsiona. A lembrança de sua morte injusta, do nosso amor interrompido prematuramente, é o que me mantém firme em minha determinação.

No entanto, não posso ignorar o conflito interno que cresce dentro de mim. Como posso desejar um homem como Enrico, o mesmo homem que tirou a vida de Álvaro? Essa contradição me atormenta, mas sei que preciso continuar neste caminho, por mais difícil que seja.

Depois de voltar para casa naquela noite intensa, tomo um banho demorado, como se pudesse lavar toda a tensão e o perigo que marcaram meu encontro com Enrico na boate. A água quente escorrendo sobre meu corpo não consegue apagar as imagens ardentes que se fixaram em minha mente.

Deito-me na cama, esperando encontrar algum alívio no sono, mas meus pensamentos continuam a vagar em direção a Enrico. Sonho com ele, com sua presença dominadora e com a forma como seus lábios ardentes me tocam em meio à paixão.

No sonho, Enrico me beija com uma intensidade que me deixa sem fôlego. Seus lábios exploram os meus, famintos e vorazes, como se ele não pudesse ter o suficiente de mim.

A umidade crescente entre minhas pernas é uma resposta involuntária ao calor que aquele sonho provoca em mim. Meu corpo reage à lembrança da noite na boate, à tensão sexual que permeou nosso encontro, mesmo que seja parte de uma missão perigosa.

(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)

Acordei naquela manhã com uma sensação de urgência, minha pele ainda ardendo com a lembrança do sonho. Eu sei que não posso permitir que minha atração por Enrico me distraia de minha missão de vingança, mas está claro que aquele homem se tornou uma presença constante em minha mente e em meus desejos.

— Bom dia, diabinha.

— Enrico? — pergunto, minha voz soando firme, apesar da turbulência de emoções que estou sentindo.

A voz de Enrico do outro lado da linha é suave e sedutora, como sempre.

— Isabel, tive uma noite inquieta. Não consigo tirar você da minha cabeça.

Meu corpo reage imediatamente às suas palavras, e eu luto para manter minha compostura.

— Você não deveria pensar em mim, Enrico. Eu sou apenas uma dançarina. — Minha mente está em tumulto, mas Enrico está caminhando para onde eu quero. — O que você quer, Enrico?

Ele responde com uma voz baixa e carregada de desejo:

— Quero comer sua boceta gostosa.

— Já disse que não sou uma puta.

Enquanto processava o telefonema de Enrico, meu celular seguro toca. O nome "Fábio" aparece na tela, indicando que é uma chamada segura. Eu atendo, sabendo que é meu superior e que ele quer atualizações sobre o caso.

— Fábio, — eu digo, minha voz ainda carregada de tensão da conversa anterior com Enrico. — tudo bem?

A voz de Fábio é séria do outro lado da linha.

— Precisamos de novidades sobre o caso. O que você descobriu até agora?

Respiro fundo, tentando reunir meus pensamentos em meio a toda a confusão que está ocorrendo.

— Estou me aproximando de Enrico, Fábio. Ele está cada vez mais interessado em mim.

Há um momento de silêncio do outro lado da linha, e eu sei que Fábio está avaliando a situação com cuidado. Finalmente, ele fala:

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora