CINCO - ENRICO

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MIAMI, ESTADOS UNIDOS.

DOIS DIAS ANTES.

Meus dedos envolvem firmemente o cabo da arma, uma sensação familiar de poder pulsando em minhas veias enquanto encaro o desgraçado diante de mim. Ele ousou me desafiar, ousou tentar roubar o que é meu. Mas agora, ele está caído aos meus pés, um amontoado de carne sem vida após um único disparo certeiro.

— Nico, limpe essa merda. — Minha voz é áspera, carregada com a autoridade de um líder que não tolera insubordinação.

Meu primo, Nico, me encara com um olhar sombrio, seus olhos faiscando com uma mistura de respeito e medo. Ele sabe que não há espaço para erros, não quando estamos lidando com traidores que ousam desafiar meu domínio.

— Esse é o último entre os homens que tentaram desviar o carregamento, Enrico. Já é a quarta vez em seis meses. Alguém está tentando nos foder.

Eu aperto a mandíbula com força, uma onda de raiva borbulhando dentro de mim. Quem ousaria desafiar o grande La Águila Negra? Quem ousaria tentar roubar o que é meu?

— Vou descobrir quem é o filho da puta por trás disso. E quando eu pegar, vou fazer ele pagar muito caro. — Minhas palavras são um rosnado baixo, cheias de promessas sombrias que pairam no ar como uma nuvem de tempestade iminente.

Nico assente, sua expressão sombria refletindo a gravidade da situação. Ele sabe que não há espaço para erros, não quando estamos lidando com ameaças à nossa operação, à nossa família.

Enquanto ele se ocupa em limpar a bagunça que resta do desgraçado que ousou nos desafiar, minha mente está trabalhando furiosamente. Quem seria ousado o suficiente para tentar me derrubar? Quem seria corajoso o suficiente para enfrentar a minha ira?

Eu não tenho respostas ainda, mas uma coisa é certa: quando eu descobrir quem é o culpado, ele vai se arrepender de ter mexido comigo. Porque não tolero traição. E aqueles que tentam me desafiar, aprendem isso da maneira mais difícil.

Recoloco a arma no coldre com um gesto rápido e preciso, o metal frio contra minha pele aquecida pela adrenalina da ação. Nico, meu primo e braço direito, me encara com uma expressão sombria, seus olhos escuros faiscando com uma mistura de respeito e apreensão.

— Essa é a última vez, Enrico. — Sua voz é um rosnado baixo, carregado com a promessa de consequências sombrias para aqueles que ousarem se opor a mim.

Eu assinto com um aceno de cabeça, a gravidade da situação pesando sobre mim como uma âncora em meio ao mar revolto dos meus negócios ilícitos. Porra, essa já é a quarta vez em seis meses. Alguém está tentando me foder, e não vou permitir isso.

— Como estão as coisas na Sicília, Diego? — Minha voz é calma, mas carrega uma urgência subjacente. Preciso saber que minhas operações estão funcionando sem contratempos, especialmente neste momento crítico.

Diego coça a barba por fazer, seu rosto impassível revelando pouco sobre o que está acontecendo do outro lado do oceano. Ele limpa a garganta antes de responder, sua voz grave ecoando no silêncio tenso da sala.

— As coisas estão sob controle, patrón. Os carregamentos estão chegando como planejado e nossos contatos na região estão fazendo o que podem para garantir que permaneçamos no topo.

Eu aceno com a cabeça, satisfeito com a resposta de Diego. A Sicília é um ponto crucial em minha rede de operações, uma porta de entrada estratégica para o mercado europeu. Se algo der errado lá, pode significar o colapso de todo o meu império.

— Mantenha-me informado de qualquer desenvolvimento, Diego. Não posso me dar ao luxo de ser pego de surpresa, especialmente agora. — Minhas palavras são um lembrete sombrio de que a complacência é o inimigo mortal daqueles que desejam manter o poder. Viro-me para Nico. — Informe-me imediatamente se houver qualquer atividade anormal. — Minha voz é um comando, uma ordem que não admite desobediência.

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora