VINTE E CINCO - ISABEL

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Seus olhos negros me estudam com intensidade, como se tentassem ler minha alma. Ele inclina a cabeça, aproximando-se o suficiente para que nossas respirações se misturem, criando uma eletricidade no ar que é quase palpável. Suas mãos firmes deslizam pelos meus quadris, fazendo-me arquear levemente as costas e me puxa para o seu colo. Posso sentir o calor de seu corpo, a pressão de seu desejo contra o meu.

— Você me provoca, Isabel, — ele murmura, e seus lábios se aproximam dos meus, mas não me beijam ainda. — É isso que você quer, não é?

Não posso negar a atração que sinto por ele, mas também não posso esquecer o motivo pelo qual estou ali. Ele ri, um som que envia arrepios pela minha espinha.

— Eu estou apenas fazendo meu trabalho. — respondo com voz trêmula, tentando manter o controle da situação.

— Trabalho ou não, você está despertando algo em mim que eu não sentia há muito tempo.

Nossos lábios quase se tocam, mas ele recua, mantendo o jogo de sedução no limite. Cada momento com ele é um teste de minha determinação e autocontrole. Com o coração acelerado, sei que preciso continuar a sedução. Com passos lentos e sensuais, me aproximo do pequeno pole dance no centro do reservado. A música pulsante no ambiente aumenta a intensidade do momento.

Começo a dançar, movendo meu corpo com graça e sensualidade ao redor do poste. Cada movimento é calculado para provocar Enrico, para mantê-lo cativado. Meus quadris ondulam, minhas mãos deslizam pelo meu corpo, e meus olhos encontram os dele com uma expressão desafiadora. Quando a música atinge seu clímax, subo no poste e executo movimentos ousados, invertendo-me e descendo com sensualidade.

Ele está sentado, observando cada movimento meu com olhos ardentes e expectativa palpável. Minhas mãos deslizam pelos meus quadris enquanto mantenho contato visual com ele.

Enrico pega meu rosto entre suas mãos, seu toque é firme, mas gentil. Nossos lábios finalmente se encontram. É como se o mundo exterior desaparecesse, e só existíssemos nós dois naquele momento. Continuamos a nos beijar, nossos corpos se pressionando um contra o outro.

— Porra, que beijo gostoso.

Sorrio contra seus lábios, consciente de que a sedução está funcionando perfeitamente. Enquanto continuamos nos beijando, sinto as mãos de Enrico deslizando pelas curvas do meu corpo, sua respiração quente contra minha pele. Quando suas mãos tentam tirar minha roupa, eu o seguro pelos pulsos, interrompendo seu avanço.

— Enrico, não podemos fazer isso aqui. — Minha voz é firme, mas há uma urgência contida em minhas palavras. — Não sou uma dessas mulheres que você pode simplesmente ter em uma boate.

Ele me olha com uma mistura de surpresa e frustração, mas não desiste facilmente.

— Isabel, por favor. Eu preciso de você. — Sua voz é rouca de desejo, mas também carrega uma pitada de desespero.

Recuo um passo, mantendo uma distância segura entre nós.

— Eu não vou transar com você em uma boate como se fosse uma vagabunda.

Eu o encaro, mantendo meu olhar firme no dele. Há uma tensão elétrica no ar, uma expectativa carregada de possibilidades. Enrico finalmente recua, sua expressão um misto de frustração e respeito.

— Vou te comer bem gostoso na minha cama, Isabel.

Ele saca o celular e manda Alejandro entregar minha bolsa nos fundos da boate. Depois, enlaça seus dedos nos meus e me leva para fora do reservado. Antes de sumirmos pela porta dos fundos, ainda consigo ver a cara azeda de Lupita.

Caminho em direção ao carro, seguindo Enrico com passos vacilantes e excitados. Cada passo me leva mais perto da casa do homem mais poderoso e perigoso da América Latina, e a adrenalina corre forte em minhas veias enquanto imagino o que está por vir.

Enrico abre a porta do carro para mim, um gesto que me faz sentir como uma rainha em seu reino de luxúria e decadência. Aceito a bolsa que Alejandro me entrega, sentindo-me parte de um mundo onde o perigo e o prazer se entrelaçam de forma indissociável. Diego, o motorista, lança um olhar preocupado para Enrico antes de me questionar com hesitação.

— Você tem certeza do que está fazendo, patrón?

— Absoluta certeza, Diego.

O olhar de Diego permanece desconfiado, mas ele assente, aceitando a decisão de seu chefe. Quinze minutos depois, o carro desliza suavemente através dos portões maciços, adentrando uma fortaleza imponente protegida por uma legião de seguranças armados até os dentes. As paredes altas e impenetráveis da propriedade transmitem uma sensação de opulência, enquanto os olhos atentos dos guardas seguem cada movimento. Enrico me lança um sorriso lascivo, sua voz ecoando pelo carro com uma promessa indiscutível.

— Mal posso esperar para te ter na minha cama, Isabel. Vou te fazer delirar de prazer.

Seus olhos brilham com uma luxúria predatória que me faz arrepiar, mas também desperta uma centelha de excitação dentro de mim. O ambiente ao redor se torna uma borrão enquanto Enrico me empurra contra a parede, seus lábios ávidos encontrando os meus em um beijo voraz. Sua boca é quente e exigente, devorando a minha com uma intensidade que me deixa sem fôlego. Eu me entrego ao beijo. Enrico me aperta mais contra ele, sua presença dominadora preenchendo todo o espaço ao nosso redor. Sinto seu corpo pressionando o meu, sua ereção pulsando de desejo contra minha pele.

— Você é minha, Isabel. — Ele murmura, sua voz possessiva enviando calafrios pela minha espinha. — Ninguém mais pode te tocar como eu.

Sua declaração é uma promessa de posse, uma afirmação do controle que ele exerce sobre mim. Enquanto nos beijamos, o tempo parece perder todo o significado. Estamos imersos em nosso próprio mundo de luxúria e paixão, alheios a tudo o mais ao nosso redor.

(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)

Bom dia, pessoal.

Quem aí está ansioso para ver esses dois se entregarem de verdade um ao outro?

O que estão achando?

Votem e comentem muito.

Beijos.

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora