DEZESSETE - ENRICO

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O dia seguinte amanhece, e eu mergulho de cabeça em minhas responsabilidades na empresa petrolífera. Reuniões, relatórios, telefonemas... Tudo isso preenche meu dia, mas, no fundo, da minha mente, é Isabel quem continua a ocupar meus pensamentos.

Enquanto estou ocupado com os assuntos da empresa, Diego mantém um olho vigilante em meus negócios obscuros. Ele me mantém informado sobre cada movimento, cada transação, cada ameaça potencial. É meu braço direito, meu homem de confiança, e eu confio nele para manter nossos interesses seguros.

— Senhor, temos um problema. — Diego me aborda em meio à correria do dia, seu rosto sério e determinado. — Houve uma tentativa de invasão em um de nossos armazéns em Miami novamente.

Paro por um momento, minha mente instantaneamente focada na gravidade da situação. Uma invasão poderia significar perdas significativas, tanto em termos financeiros quanto em reputação. Mas não posso me dar ao luxo de perder o controle.

— Diga-me tudo o que você sabe. — Ordeno, minha voz firme e autoritária.

Diego rapidamente me atualiza sobre os detalhes da situação, enquanto eu começo a traçar um plano para lidar com a ameaça. Não posso permitir que ninguém desafie minha autoridade, não quando tanto está em jogo.

— Peça a Nico que prepare uma equipe e vá até o armazém. Quero uma investigação completa e medidas de segurança reforçadas imediatamente. Diga a ele para me ligar assim que resolverem tudo. — Ordeno, minha determinação transparecendo em cada palavra.

Diego assente, mostrando sua prontidão em cumprir minhas ordens. Ele sabe que não há espaço para erros ou hesitação em momentos como este. Nossos negócios obscuros exigem vigilância constante e ação rápida para manter nossa posição dominante.

Enquanto Diego se afasta para cumprir minhas ordens, eu volto minha atenção para os assuntos da empresa, mas é difícil me concentrar quando Isabel continua a assombrar meus pensamentos. Sua presença magnética parece envolver minha mente, me distraindo mesmo nos momentos mais críticos. A verdade é que não consigo escapar da intensidade da atração que sinto por ela. É como se ela tivesse lançado um feitiço sobre mim, me prendendo em sua teia sedutora.

Meu telefone começa a vibrar, interrompendo brevemente a monotonia do meu dia. Um olhar rápido para a tela revela o nome "Eva", e um suspiro escapa dos meus lábios antes mesmo de atender a ligação. Minha mãe, sempre com suas preocupações antiquadas e suas expectativas irreais. Ainda assim, seguro o telefone e atendo, preparando-me para mais uma conversa que inevitavelmente me deixará frustrado.

— Oi, mãe. — Cumprimento, tentando manter uma nota de paciência em minha voz.

— Enrico, meu filho querido! Como você está? — A voz animada de minha mãe ressoa do outro lado da linha, como se não houvesse uma preocupação no mundo além de saber sobre minha saúde e bem-estar.

— Estou bem, mãe. Ocupado como sempre. E você? Como está? — Respondo, sabendo que não demorará muito para ela entrar no assunto que realmente quer discutir.

— Oh, estou bem, querido. Mas, Enrico, precisamos conversar sobre algo importante. — Ela começa, e eu já sei o que está por vir. Aquela conversa de sempre sobre casamento, netos, e toda a pressão social que ela insiste em colocar sobre meus ombros.

— Mãe, já conversamos sobre isso. Eu tenho minhas razões para não querer me casar agora. — Interrompo antes que ela possa começar com seu discurso usual.

— Mas, Enrico, você não pode ficar sozinho para sempre! Precisa encontrar uma boa mulher, se estabelecer, formar uma família... — Ela insiste, e eu sinto uma pontada de frustração começar a surgir em mim.

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora