SETENTA E QUATRO - MARIANA

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No dia seguinte, durante o almoço, enquanto desfrutamos de um momento de relativa tranquilidade, Enrico decide me interrogar sobre meu treinamento e habilidades como policial federal. Ele está interessado em entender a extensão das minhas capacidades e experiências passadas.

— Mariana, — ele começa, — você deve ter tido um treinamento extenso como policial federal. Conte-me, quais são suas principais habilidades? Quero saber do que você é capaz.

— Eu passei por um treinamento rigoroso na academia, que incluiu táticas de combate, investigação criminal, treinamento de armas de fogo e técnicas de interrogatório. Além disso, fui treinada em operações especiais, como infiltração e resgate.

— Você é uma atiradora de elite? — pergunta.

— Sim, sou. Fui treinada para lidar com diversas situações, e isso inclui atirar com precisão em condições desafiadoras.

Enrico assente, contemplativo.

— E quais são suas especialidades em termos de investigação? Você tem alguma experiência em desvendar casos complexos?

Explico em detalhes meu histórico de investigação, mencionando casos de narcotráfico, corrupção e até mesmo homicídios que resolvi. Conforme a conversa continua, Enrico parece mais interessado em entender a amplitude do meu treinamento. Ele me faz várias perguntas sobre táticas de infiltração, técnicas de negociação e como lidei com situações de alto risco.

À medida que compartilho minha experiência, percebo que Enrico não está apenas intrigado com minhas habilidades, mas também determinado a usar esses conhecimentos em benefício de nossa segurança. Também conto tudo sobre a operação para desmascará-lo e prendê-lo. Ele me pergunta qual é minha arma preferida.

— Minha arma preferida é meu rifle de precisão. Tenho uma conexão especial com essa arma, pois ela exige disciplina, paciência e concentração. Eu gosto da sensação de desafio ao atingir um alvo distante com precisão.

— É interessante que você tenha escolhido uma arma que requer tanta precisão. Essas são características valiosas em nosso mundo.

Conforme a conversa avança, percebo que Enrico está avaliando como minhas habilidades e preferências se encaixam em nosso novo contexto. Ele está preocupado com nossa segurança e a segurança de nossa família, e meu treinamento como atiradora de elite é uma ferramenta valiosa. Sua voz ressoa no ar, grave e firme, ecoando como um veredito proferido por um soberano.

— Mariana, você é a nova rainha do tráfico de Medellín. Quero que você comande La Serpiente Negra enquanto eu cuido de meus negócios legais.

Suas palavras ecoam na minha mente, reverberando como uma tempestade que se aproxima. Eu nunca poderia ter imaginado que um dia receberia esse título. Ele vê em mim não apenas uma parceira, mas uma líder, alguém capaz de comandar e dominar, alguém que não recua diante dos desafios que a vida apresenta.

Somos os soberanos do submundo. Sinto-me como se estivesse presa em um turbilhão, girando cada vez mais rápido em direção ao desconhecido, enquanto o mundo ao meu redor parece girar em direção oposta.

— Merda, como na letra da música de Renato Russo, o mundo está ao contrário e ninguém reparou.

Enrico corrompeu-me de todas as formas possíveis, como uma sombra que se insinua em cada canto escuro da minha mente e do meu coração. Seus toques ardentes e seus sussurros tentadores me envolveram em um abraço apertado, me guiando por um caminho de luxúria e perdição do qual não há retorno. Eu me encontro presa em suas teias, cativa de seus desejos e de suas ambições, enquanto ele me puxa cada vez mais para dentro de seu mundo de poder e intriga.

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora