SESSENTA E SETE - ISABEL

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Ele grunhe em resposta, seus dedos apertando meu pescoço com mais força enquanto sua respiração se torna mais pesada e irregular. É uma dança perigosa que dançamos, uma troca de poder e desejo que ameaça consumir ambos.

— Você é minha, porra — ele rosna finalmente, sua voz rouca e cheia de posse enquanto me aperta com mais força contra a parede.

É uma declaração de domínio, uma afirmação de seu poder sobre mim que me deixa arrepiada de excitação. Eu sorrio provocativamente, minha expressão desafiadora enquanto o encaro com olhos faiscantes de desejo.

— E você é meu, Enrico — eu respondo com uma voz carregada de promessas pecaminosas. — Você sempre será meu.

— Você é uma vadia insolente, Mariana — ele rosna, sua voz rouca e carregada de desejo reprimido. — Mas eu gosto disso em você. Gosto do fato de que você me desafia, me provoca até eu perder a cabeça.

Um sorriso travesso brinca em meus lábios enquanto eu o encaro com uma ousadia desafiadora, meu coração batendo descontrolado no peito enquanto me entrego ao jogo perigoso que sempre nos envolveu.

— E você, Enrico? Gosta de me ver assim, toda molhadinha por você? — provoco, minha voz um sussurro sedutor no ar carregado de tensão entre nós. Sua respiração é áspera contra minha pele, sua proximidade me deixando arrepiada de desejo. Eu o encaro, meu olhar desafiador refletindo o fogo que arde dentro de mim. — Mas você adora isso, não adora? Você adora quando eu te deixo louco de desejo.

Ele geme, um som gutural de pura luxúria que me faz tremer de excitação.

— Você está molhadinha? — ele mete dois dedos em meu canal apertado. — Porra, Mariana, você é uma tentação impossível de resistir.

Sinto um arrepio percorrer minha espinha quando ele rosna baixinho, o som ecoando como um aviso sinistro no ar carregado de tensão. Seu nariz roça contra meu pescoço, sua respiração quente e irregular enviando arrepios pela minha pele. Antes que eu possa reagir, sinto a pontada aguda de seus dentes em meu ombro, cravando-se na carne com uma ferocidade que me faz choramingar de dor e surpresa.

Então, de repente, ele me solta e eu caio no chão com um baque surdo, meu corpo dolorido do impacto. Levanto-me rapidamente, o coração batendo descompassado no peito enquanto o encaro com uma mistura de incredulidade e indignação.

— O que diabos você está fazendo, Enrico? — minha voz soa trêmula, uma mistura de raiva e confusão enquanto eu tento me recompor diante da sua súbita mudança de comportamento.

Ele me encara com uma expressão sombria, seus olhos faiscando com uma intensidade que me deixa arrepiada até os ossos. Seu rosto está tenso, os músculos da mandíbula rígidos enquanto ele fala com uma voz baixa e ameaçadora.

— Você precisa sair de Medellín — ele diz com uma voz áspera e cortante, sua respiração pesada e irregular. — Se não quiser morrer.

Suas palavras ecoam pelo ar como um aviso sombrio, uma promessa de perigo iminente que me deixa sem fôlego. Eu sei que ele não está brincando, que há uma ameaça real pairando sobre mim se eu continuar desafiando seu controle sobre minha vida.

— E se eu não for? — desafio, minha voz soando mais forte do que realmente me sinto. — Você vai me matar também?

Por um momento, parece que ele está considerando minhas palavras, ponderando sobre o que fazer a seguir. Então, com um suspiro resignado, ele se afasta, sua expressão sombria e taciturna enquanto ele se vira para sair do reservado. Eu fico parada no chão, o coração batendo descompassado no peito enquanto observo sua figura desaparecer na escuridão da boate, deixando-me sozinha com minhas incertezas e medos.

Não vou deixar Enrico ir embora sem me ouvir. Vou até o camarim e apanho a minha bolsa. Vejo-o à distância, sua figura imponente se preparando para deixar a boate pelos fundos. Então, quando estou a poucos metros dele, percebo um movimento na escuridão. Meus dedos tremem em torno do coldre onde repousa a SIG Sauer, uma sensação familiar de urgência e determinação se apoderando de mim. Não há tempo para hesitação, não há espaço para medo. Eu devo agir agora, antes que seja tarde demais. Não penso duas vezes. Puxo a arma do coldre e me jogo em sua frente, meu dedo tenso no gatilho.

— Enrico! — minha voz ecoa no beco escuro. — Não se mexa!

Ele ergue os olhos para mim, surpresa e incredulidade pintando sua expressão máscula. Não penso duas vezes. Instintivamente, me jogo na frente de Enrico e disparo em direção ao desconhecido. Mas antes que eu possa ver se minha mira foi certeira, sinto uma dor aguda e lancinante perfurar meu peito.

Tudo ao meu redor parece desacelerar, como se o mundo estivesse em câmera lenta. Sinto-me cair em direção ao chão, a escuridão me envolvendo como um manto gelado. O som da música e das vozes ao redor se desvanece, substituído por um silêncio pesado e opressivo.

Minha visão turva se concentra no rosto de Enrico, sua expressão uma máscara de choque e horror. Eu tento falar, tento dizer alguma coisa, mas minhas palavras são apenas um sussurro rouco que se perde no vazio. Então, tudo se apaga. A escuridão me engole, e eu me vejo caindo em um abismo sem fim, sem nada além do vazio para me receber. E no último momento antes de ser consumida pela escuridão, uma única certeza ecoa em minha mente: eu falhei. Eu falhei em proteger aqueles que amo, falhei em encontrar redenção em um mundo tão cruel e impiedoso. E agora, tudo o que resta é o silêncio e a escuridão, uma eternidade de nada à espera de minha alma perdida.

(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)(❁'◡'❁)

Bom dia, pessoal.

Agora deu ruim pro lado da diabinha.

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Votem e comentem muito.

Beijos.

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora