TREZE - ISABEL

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Meus passos estão trêmulos quando finalmente volto ao camarim depois de dançar para Enrico. Sinto-me uma mistura de excitação e apreensão, como se estivesse caminhando em uma corda bamba, pronta para cair a qualquer momento. Lupita está lá, com seu olhar cortante que parece perfurar minha alma. Ela sempre teve esse jeito intimidador que me deixa desconfortável.

— E então, Isabel? Enrico já te deu o gostinho de chupar o pau dele?

A pergunta dela me atinge como um soco no estômago, e sinto meu rosto corar de vergonha e indignação. Como ela pode ser tão vulgar e desrespeitosa? Engulo em seco, tentando encontrar as palavras certas para responder, mas me sinto paralisada pelo constrangimento.

— Lupita, isso não é da sua conta. E não fale assim sobre Enrico, ele é o nosso cliente. — Respondo, tentando manter minha voz firme, apesar do turbilhão de emoções que estou sentindo.

Ela solta uma risada cínica e se levanta da cadeira, caminhando em minha direção com um olhar desafiador.

— Oh, me desculpe, querida, eu não sabia que você era tão sensível. Mas você vai ter que se acostumar com esse tipo de coisa se quiser sobreviver nesse mundo. — Ela diz, colocando uma mão em meu ombro e me encarando com intensidade.

Sinto um arrepio percorrer minha espinha ao sentir o toque dela, e me afasto instintivamente.

— Eu não vou me acostumar com falta de respeito, Lupita. E você também não deveria. — Respondo, tentando manter minha compostura, mas meu tom de voz denuncia minha irritação.

Ela solta uma risada irônica e dá de ombros, como se minha indignação fosse algo trivial.

— Bem, cada um com suas regras, não é mesmo? Mas se você quer chegar longe nesse mundo, vai ter que aprender a jogar sujo.

Meu coração ainda está acelerado pela troca de palavras com Lupita, e eu me sinto uma mistura de raiva e ansiedade. A vida nos bastidores da boate é um jogo perigoso, e eu sei que tenho que estar preparada para jogar sujo se quiser sobreviver. Mas até que ponto estou disposta a ir para alcançar o sucesso? É uma questão que ainda não consigo responder.

Lupita cruza os braços e me lança um olhar desafiador, como se estivesse se divertindo com o desconforto que suas palavras causam em mim.

— Sabe, Isabel, Enrico adora quando eu chupo o pau dele. Ele fica louco de tesão só de pensar nisso. — Ela diz, com um sorriso debochado brincando em seus lábios.

A audácia de suas palavras me deixa sem reação por um momento, e sinto uma onda de indignação e repulsa percorrer meu corpo. Minha mente grita para que eu a confronte, para que eu a faça calar a boca de uma vez por todas, mas uma parte de mim sabe que isso só alimentaria o fogo da rivalidade entre nós. Respiro fundo, tentando manter minha compostura diante da provocação de Lupita. Eu não vou cair no jogo dela, não vou me rebaixar ao nível dela.

— Não me interessa o que você faz ou deixa de fazer com Enrico. — Respondo, minha voz tremendo ligeiramente devido à raiva contida.

Ela solta uma risada alta e zombeteira, como se estivesse se divertindo com minha reação.

— Eu amo chupar aquela rola grossa. — Ela diz, com um tom de superioridade em sua voz.

Minha paciência está se esgotando rapidamente, mas sei que preciso manter a calma. Lupita está claramente tentando me provocar, e eu não vou lhe dar essa satisfação.

— Eu não estou interessada nesse tipo de conversa. E acho melhor você parar com esses comentários desrespeitosos antes que isso se torne um problema.

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora