Ao despertar, o sol já ilumina timidamente o quarto, mas a incerteza ainda paira no ar como uma névoa densa. Sento-me na cama, sentindo um nó se formar em meu estômago ao perceber que ainda não temos notícias de Enrico.
Saio do quarto e encontro Diego na cozinha, preparando o café da manhã. Seus olhos encontram os meus, e posso ver a preocupação refletida em seu olhar.
— Alguma notícia de Enrico? — pergunto, a voz trêmula com a ansiedade que me consome.
— Ainda não, Mariana. Espero ter novidades em breve.
A frustração borbulha dentro de mim, uma ânsia crescente de fazer algo, qualquer coisa, para tirar Enrico dessa situação desesperadora. Não posso mais ficar parada, esperando por notícias que talvez nunca cheguem.
— Não podemos mais esperar. Precisamos resgatar Enrico da prisão.
Diego me encara.
— Isso é arriscado demais. A polícia está de olho em você, e qualquer movimento precipitado pode colocar tudo a perder.
— Não importa o risco. Enrico fez tudo por nós, e agora é minha vez de retribuir. Vou resgatá-lo, com ou sem sua ajuda.
— Minha prioridade é manter você e seus filhos seguros. São as ordens que recebi de Enrico, e eu as seguirei até o fim.
Sinto uma mistura de gratidão e frustração borbulhando dentro de mim.
— Eu entendo. Mas eu não posso simplesmente ficar parada e esperar. Você pode não concordar, mas eu sou a nova chefe da organização. Enrico confia em mim para liderar, e eu não vou recuar diante do perigo. Você deve me obedecer, Diego.
Há um momento de silêncio tenso enquanto Diego processa minhas palavras.
— Enrico confiou em mim para protegê-la, e é isso que eu pretendo fazer.
Enquanto minha discussão acalorada com Diego continua, um som de motor se aproxima. Diego, imediatamente alerta, coloca a mão em seu coldre e se move em direção à janela, seus olhos vasculhando o ambiente lá fora.
— Fique aqui, Mariana. Vou verificar quem é — ele diz, sua voz soando tensa.
Diego espreita pela janela, sua expressão concentrada, e então sua tensão parece diminuir um pouco. Ele se vira para mim, um leve sorriso de alívio surgindo em seus lábios.
— É Penélope, a advogada de Enrico — ele anuncia, sua voz carregada de um misto de surpresa e alívio.
Ele recoloca a arma no coldre e abre a porta para ela. A tensão na sala parece aumentar à medida que Penélope e Diego trocam olhares furtivos, cada um parecendo cauteloso na presença do outro. Há algo palpável no ar.
Enquanto observo Diego, noto sua postura rígida e seu desconforto evidente na presença de Penélope. Diego é um homem impressionante. Seu porte atlético e sua expressão séria adicionam uma aura de autoridade e mistério ao seu charme, e não posso deixar de notar como ele parece estar fora de lugar naquele ambiente, como se estivesse lutando para se adequar à presença de Penélope.
Penélope me encara. Seus olhos cor de mel brilham enquanto seus longos cabelos negros caem em cachos sedosos ao redor de seu rosto.
A tensão na sala parece se intensificar à medida que Penélope e Diego trocam cumprimentos, seus gestos tensos revelando uma atmosfera carregada de emoção reprimida.
— Penélope.
Penélope responde com um sorriso tenso, sua expressão cuidadosamente controlada.
— Diego.
— Alguma novidade sobre Enrico? — pergunto, minha voz tremendo ligeiramente com a ansiedade.
Penélope olha para mim.
— Sim, Mariana. As coisas estão se encaminhando. Enrico será solto em breve.
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ENRICO
Estou na minha cela, envolto pela monotonia e pelo silêncio sufocante, quando a porta se abre e Fábio entra. Seu olhar oscila entre raiva e satisfação, como se estivesse saboreando a situação.
— Enrico Morales, o grande narcotraficante, atrás das grades. Quem diria que o destino o traria a um lugar como este? — ele diz, sua voz carregada de sarcasmo.
Encaro-o com frieza, mantendo minha compostura apesar das circunstâncias.
— O que você quer?
— Quero a verdade, Enrico.
— A verdade é que você prendeu um homem inocente.
— Vamos ver como isso se desenrola. Mas tenho outra coisa em mente agora. Quero saber onde está Mariana. Ela fugiu, não é? Com a ajuda de Diego.
— Não tenho informações sobre isso.
Fábio balança a cabeça, como se esperasse essa resposta.
— Já temos todas as provas contra você. Posso aliviar as coisas se me der as informações que quero. — Ele inclina a cabeça, como se estivesse considerando minhas palavras. — Você tem até amanhã para reconsiderar, Enrico. Depois disso, não posso garantir que a oferta ainda estará de pé.
Eu rio da proposta de Fábio, um riso frio e cheio de desdém.
— Você realmente acha que tem algum poder sobre mim, Fábio? Não importa o que você faça ou diga, não haverá nenhuma acusação que possa me manter aqui por muito tempo. Eu tenho recursos, aliados e influência do lado de fora. Em breve, estarei fora desta cela e, quando isso acontecer, vou me certificar de que todos vocês paguem por cada ato que cometeram.
Com um olhar furioso, Fábio se retira da minha cela, deixando-me sozinho.
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Enrico: nos braços do narcotraficante
RomanceMariana, uma policial federal obstinada, vê seu mundo desmoronar quando seu marido é brutalmente assassinado. Determinada a buscar justiça, ela descobre que o cérebro por trás do crime é ninguém menos que La Águila Negra, o implacável líder do carte...