SETENTA E CINCO - ENRICO

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Sinto o peso da tensão enquanto me aproximo do local onde sei que a polícia está concentrada. O coração bate forte em meu peito, uma mistura de medo, determinação e raiva pulsando em minhas veias. Cada passo que dou é carregado de incerteza, mas sei que não posso recuar. Não agora.

Ao me aproximar, meu pior temor se torna realidade. Vejo alguns de meus homens caídos no chão, suas vidas ceifadas em meio ao caos da batalha.

— Maldição! — murmuro entre dentes, minha voz ecoando baixa no ar impregnado de tensão.

Sou cercado por um grupo de homens. Seus olhares são carregados de hostilidade. Então, um deles se destaca.

— Enrico, Enrico... — sua voz soa, carregada de sarcasmo e triunfo. — Você finalmente apareceu.

— Quem é você e o que está acontecendo aqui?

Ele sorri de forma arrogante, como se tivesse todas as cartas na manga.

— Ah, Enrico, meu caro amigo... Ou devo dizer, meu querido inimigo. A polícia finalmente fez o seu trabalho. Pegou você e sua gangue de criminosos. E agora, você está cercado, sem saída. Está preso por chefiar a organização criminosa La Serpiente Negra.

— Sinto decepcioná-lo, mas está me confundindo com outra pessoa. Eu vou sair, e quando o fizer, você e seus comparsas vão pagar caro por terem invadido a minha casa e matado pessoas inocentes.

— Ah, sempre tão confiante. Mas desta vez, você está encurralado. Não há como escapar.

Sinto a raiva fervendo dentro de mim, mas mantenho minha expressão impassível.

— Onde está Mariana? — ele questiona, a voz carregada de urgência.

— Não conheço nenhuma Mariana.

Os olhos do policial se estreitam, e antes que eu possa me preparar, um soco poderoso atinge meu rosto, fazendo minha cabeça girar com a força do impacto. A dor se espalha rapidamente, e um gosto metálico invade minha boca. Ele se aproxima ainda mais, agora gritando:

— Não brinque comigo! Onde está Mariana? Sabemos que vocês estavam juntos!

O desgraçado me algema e me dá outro soco. Enquanto permaneço firme em minha decisão de não revelar a localização de Mariana, um dos homens que me cercam chama a atenção de seu colega que me agrediu.

— Fábio, se acalme. — ele diz em um tom de repreensão. — Isso não vai nos levar a lugar nenhum.

Meu olhar se fixa no homem que chamaram de Fábio. É o ex-chefe de Mariana, e a simples menção de seu nome me faz sorrir de forma sutil. A confusão e a irritação se estampam em seu rosto quando nota meu sorriso.

— O que há de tão engraçado? — ele pergunta com um tom de desafio.

A situação é tensa, mas eu não posso evitar uma réplica provocadora.

— Nada.

Sou colocado na viatura policial e levado até a delegacia, onde minha advogada, Penélope, já está esperando por mim. Assim que chego, ela se aproxima, com uma expressão séria.

— Diego me mandou vir. Não diga nada. Também precisamos garantir que seus direitos estejam sendo respeitados durante a detenção.

— Certo.

— Enrico, não se preocupe. Não há provas concretas contra você. Você será solto em breve.

Penélope é mais do que uma advogada talentosa; ela é uma verdadeira estrategista, capaz de enfrentar qualquer desafio que surja em nosso caminho.

— Você tem certeza disso?

— Absolutamente, Enrico. Você será libertado em breve.

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MARIANA

Diego me guia por um caminho sinuoso nas cercanias de Medellín. Finalmente, chegamos a um sítio isolado. Diego estaciona o carro e vira-se para mim.

— Não se preocupe, Mariana. Este lugar é seguro.

— Onde estamos, Diego?

— Minha casa. E é aqui que você vai ficar por enquanto. Antes de resgatá-la, liguei para Penélope, a advogada de Enrico. Disse a ela para se dirigir à delegacia. Ele está em boas mãos.

— Obrigada, Diego. Por tudo. — Minha voz treme ligeiramente, carregada de emoção e alívio.

— Você não precisa agradecer, Mariana. Vou te mostrar o quarto de hóspedes. Você pode descansar um pouco enquanto aguardamos notícias de Enrico. — Seguimos pelo corredor até chegarmos a um quarto. — Vou ficar aqui fora, caso precise de alguma coisa. E vou te acordar assim que tiver notícias de Enrico.

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Bom dia, pessoal.

O que estão achando?

Votem e comentem muito.

Beijos.

Enrico: nos braços do narcotraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora