22. Aonde ele foi?

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Acordo me sentindo muito bem e quentinha, aquele toque na minha pele que tanto me proporciona tranquilidade só pode ser de Lykos, aproveito que ele dorme tranquilamente e me levanto da cama indo direto para seu escritório.

Preciso ter a confirmação que não sou estepe ou muito menos a amante, quero essa situação para mim não, começo a procurar em suas gavetas e acabo encontrando uma cheia de documentos.

Ali tinha diversos documentos e a que me chamou atenção foi a certidão de nascimento dele, mas quando a puxo para fora para olhar mais de perto, pois parecia ser muito mais velha do que ele aparentava ser, Lykos a puxa da minha mão.

— Desde quando fica mexendo nas minhas coisas? — sua voz era dura e mal-humorada.

— Essa é a primeira vez e a culpa é sua.

— Minha culpa?

— Sim, se me contasse as coisas eu não iria precisar ficar mexendo.

— Quer saber mais para contar para aquele amiguinho assanhado?

— Você viu quando...

— Após te deitar na cama por ter dormido no computador, mas sabe o que é mais engraçado? Você não desmentiu o assanhado.

— Para de ser idiota — passo por ele saindo dali, então ele está me monitorando e eu não posso olhar nada dele? Vai sonhando que vou deixar isso barato.

Vou para meu quarto tomar um banho e quando saio para tomar café Lykos não estava na casa e seu escritório trancado, era a primeira vez que ele trancou alguma porta, acho que desta vez eu o irritei mesmo.

Não posso deixar Lykos ocupar minha mente novamente, então preparo o café e já volto para a biblioteca para voltar a estudar, tinha várias mensagens, não lidas ali, mas nem me interessei em olhar, ele não me interessava e sempre que vinha com esse papo mole eu o deixava falando sozinho.

Escuto a voz daquela senhora anunciando que está na casa, ela me parece ser uma boa pessoa, mas como não entendo muito bem de alemão e nossa conversa está sendo mais pelo tradutor resolvo a deixar quieta.

O almoço veio, assim como a janta e nada de Lykos, ele não me deixou nem um bilhete e o pior nosso último contato foi uma briga. Tento ligar para Destin, mas dá apenas caixa postal, não sei onde se meteram, estão me deixando preocupada.

Já a noite apenas me reviro na cama sem conseguir dormir, então me levanto me sentando na sala olhando para fora, tive a impressão de ver novamente aquela mesma figura que vi quando cheguei.

Mas não sei se era a falta de Lykos ou a preocupação com ele, só sei que não senti medo mesmo com ela me olhando fixamente. Meus pensamentos era somente se Lykos estava bem e onde ele estava.

Acabou que passei a noite em claro e só me dei conta disso quando sou chamada para comer pela senhora, não entendi o seu nome, por ser complicado, não posso julgar, afinal o meu também não é nada convencional, mas para não correr o risco de falar errado prefiro o silêncio.

Quando anoitece o segundo dia começo a ligar para Lykos, mas também só caia na caixa postal, agora já estava começando a cogitar se deveria ou não sair da casa, afinal ele nunca saiu por tanto tempo assim.

Não queria admitir, mas estava sentindo muito a falta dele, então vou até o seu quarto e me sento ali na cama, não consegui comer nada e muito menos dormir. Lykos ocupava totalmente a minha mente.

Estava completamente preocupada se ele estava bem ou não, queria apenas saber onde ele está e se ainda está bravo comigo, ao mesmo tempo, estava com raiva dele por mexer nas minhas coisas e me proibir de mexer nas deles, sendo que ele não me conta nada.

Nunca escondi nada dele, quer dizer, apenas que estou apaixonada, mas do resto nunca escondi nada, é só perguntar que conto tudinho, já ele... Poxa, onde será que ele está?

Vejo a senhora entra no quarto com o seu celular ligado me entregando, com a mensagem traduzida em um aplicativo.

"Não se preocupe, ele sempre some nesses dias, mas retorna depois. Estou preocupada com você que não comeu ou dormiu até agora".

Quando vou me levantar sinto uma tontura e só não caio por ela me segurar, com cuidado ela me deita na cama e sai do quarto voltando com um comprimido um copo de vitamina.

Como não conversávamos, ela me mostrou a embalagem do comprimido e percebi que era uma multivitamínica que Lykos comprou para mim quando chegamos para que minha imunidade não caísse pelo clima e o ambienta ser completamente diferente do que estava acostumada.

Vou sentindo meu corpo ficar mais leve e ali na cama de Lykos mesmo abraçada com o seu travesseiro que tinha seu perfume mais forte acabo pegando no sono, de início foi um sono leve e cheguei até escutar ela reclamando algo e a voz de Lykos de fazer presente.

Como não consigo entender o que eles falam me deixo embalar pelo sono ali na cama dele, quando acordar vou me dedicar em aprimorar meu alemão para conseguir entender o que eles tanto falam.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora