Um Alfa, Um Segredo

47. Ainda sou fraco

Acabei acordando primeiro que Lykos que mantinha sua respiração profunda, isso não havia acontecido ainda e isso me fez sorrir, me levanto o mais silenciosa possível.

Para não acordar Lykos acabo tomando banho no outro banheiro e já desço para preparar o café, quando já estava finalizando escuto ele descer correndo as escadas e corre me abraçar pelas minhas costas.

— Bom dia — afago seus cabelos colocando a garrafa em cima do balcão para ficar com as mãos livres.

— Quando acordei e não te achei no quarto...

— Também achei estranho conseguir, mas você estava dormindo tão gostoso...

— Nunca vai ser gostoso se não estiver colado ao seu corpo — Lykos me vira me sentando em cima do balcão enquanto esconde seu rosto no meu pescoço.

— Que coisa mais linda os dois juntos, em parecem dois cretinos — Destin dá um tapa na nuca de Lykos e um estalo com os dedos na minha testa.

— Aí bruxo de meia tigela.

— Que ideia foi essa de me colocar para dormir?

— Queria sentir dor? Não sabia que era desses — minha voz demonstrava malícia e isso fez Lykos começar a rir no meu pescoço.

— Fico imensamente feliz em saber que estou servindo como diversão — Destin já tinha se acomodado na mesa e começa a comer enquanto ainda fazia diversas caretas.

— Enquanto você dormia, a Roz ameaçou Trada de morte — Lykos solta a informação enquanto me desce do balcão, fazendo Destin cuspir todo o café que havia colocado na sua boca.

— Quem mandou aquele enxerido recolher o corpo da cadela, mas não nego que ver ele caindo em cima do corpo dela foi a cereja do bolo.

— Lykos...

— Eu sei, ela acabou de declarar guerra e preciso mais do que nunca da nossa proteção...

— Parem de falar como seu eu não estivesse aqui e pior, parece que não tenho capacidade de me proteger.

— Roz meu amor, capacidade você tem para ser a surtada e arrumar confusão, isso você já deixou bem claro e eu ainda preciso saber como consegue fazer isso, apenas por curiosidade você sabe fazer o feitiço parar?

— Ele não para sozinho? — Destin se joga para trás na cadeira enquanto esfrega seu rosto.

— Sem livros para você, está de castigo — dou de ombros voltando a tomar o meu café com leite — Por que não reclamou? O que você aprontou?

— Sua estante já me reconhece e não preciso mais da sua autorização.

— Prova — estendo a minha mão direita e peço o livro de feitiço avançado, sem nem precisar fechar os olhos o livro aparece na minha mão causando grande espanto em Destin — Puta merda, agora fodeu tudo.

— O que foi Destin? — Lykos pergunta ao perceber o seu receio em pegar o livro da minha mão.

— A magia escolheu ela, nem eu tenho acesso a esse livro que está na sua mão.

— Viu, sei me virar, preciso apenas treinar.

— Não é tão fácil assim Roz, magia tem seu preço e não vou te deixar sozinha e por favor não use isso contra mim — ele empurra o livro para o centro da mesa o afastando de si, com a mão esquerda coloco em cima do livro pedindo para ele ir para a biblioteca que logo estou lá para lhe dar companhia — Ele te obedece... Nunca vi isso antes, o que é você Roz?

— Até onde sei sou humana, muito curiosa e apaixonado por um lobisomem e tem como irmão um bruxo que me sempre me ensina coisas novas.

— Admite Lykos ela é ótima e consegue tudo o que quiser de nós — Destin ainda sorria pelo fato de ter o chamado de irmão.

— Também te amo Roz, por isso mesmo que precisa ter cuidado ainda estou fraco e não consigo te proteger quando Trada atacar.

— Ele não tem mais o que fazer?

— Você jogou Esec e a machucou, ele vai responder e a forma como ele responde...

— Eu vi como ele responde e Esec sentiu tudo o que elas sentiram — eles me olham novamente espantados e isso me fez sorrir — Achou mesmo que não iria devolver tudo o que ela fez no passado? Aquela cadela não perde por esperar.

Eles continuaram me contando como Trada é temido, sua crueldade fez todos o temerem, mas o que prendeu minha mente foi o fato de Lykos admitindo que me ama e tem muito medo de não conseguir me proteger por estar fraco.

Não preciso da sua proteção, eu mesmo enfrento a morte para que ele fique bem, seja Trada, Esec ou quem for que se colocar no caminho de Lykos pode ter certeza que vai conhecer o meu nome.

Os dois começaram a discutir sobre como acordar de vez o alfa de Lykos, mas minha mente ainda procura onde ela havia visto sobre a forma de matar o alfa, eu não conseguiria arrancar a cabeça dele, então tenho que pensar em outras formas de conseguir o matar.

Esec foi um teste para mim, e fazer ela sentir dor a deixou vulnerável, me permitindo acertar e me aproximar, mas isso não é definitivo, eu preciso ter outra saída, foi neste momento que me lembrei de um livro ao lado de algumas adagas na casa de Destin, estava ali a minha resposta e passando a minha mão eu consegui abrir e folhear o livro e achei o que tanto procurava, agora preciso apenas ficar sozinha para ver se consigo trazer como faço com os livros ou se vou ter que ir pessoalmente na casa de Destin buscar.