93. Como assim não pode?

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Ela olhava de forma terna para Roz, mas não consegui sentir essa ternura toda e sim um alívio. Foi quando a minha mente juntou os fatos, ela era a mulher que Roz encontrou e negociou.

— Infelizmente não posso, o tempo dela acabou.

— Como assim não pode, onde está os nossos filhos? — não tinha certeza do que estava falando, mas quando ela me olhou em fúria consegui perceber que os lobos de Trada ameaçaram correr, mas ao ver os demais se colocarem em posição de ataque eles retornaram.

— Lykos... — Destin tenta me parar, mas me levanto com o corpo de Roz nos braços.

— Não Destin, se ela prometeu a minha Roz ela terá que cumprir.

— Seu lobo insolente, ao invés de providenciar um lugar para que o corpo de sua amada descanse, está me confrontando?

— Ela não vai descansar, pois você precisa cumprir a sua parte.

— Já entendi, sua dor é tamanha que está tentando provocar a minha ira para que finalmente você também morra.

Logo palmas começam e uma gargalhada é escutada por todos, Destin se levanta de uma única vez e me puxa para ficar longe de Nix enquanto aquela mesma mulher que piscou para Roz no hospital se aproxima.

As duas não falavam nada e quando questionei quem era Destin me mandou ficar quieto, sem conseguir segurar o corpo de Roz sai dos meus braços indo direto para o chão ficando no meio das duas.

— Então a Nix vigarista voltou.

— Cale-se sua insolente — quando ela foi pisar no corpo de Roz a outra mulher avançou.

— Que coisa feia profanando o corpo daquela que você deve.

— Não é da sua conta Mágissa.

— Pois é aí que você se engana, pois alguém me chamou.

— Como se você pudesse realizar alguma coisa.

— Eu chamei, eu pedi ajuda para que trouxesse a minha Roz de volta e já que você se recusa, eu imploro e ofereço que quiser em troca — me coloco de joelhos a frente dessa tal Mágissa que sorrindo ergue o meu rosto.

— Não quero nada em troca, apenas proteja o corpo dela — confirmo com a cabeça e recolho o corpo de Roz nos meus braços, mas permaneço ali.

— Só pode ser brincadeira — Nix pelo jeito não gostou da minha ação, mas pouco me importa se ela não pode ou não quer ajudar, eu vou achar outro que me ajude.

— O que foi minha Nix trambiqueira — essa certamente deve ser amiga de Roz, pois as duas são debochadas iguais, ao ver ela sorrindo e piscando para mim me calei, até mesmo os meus pensamentos.

— Eu sou a deusa aqui e você é o quê?

— Não sou a trambiqueira e vigarista que rouba os anos de vida das pessoas em troca de algo que elas nem haviam pedido ainda.

— Cale-se ou eu vou transformar a sua existência em um...

— O quê? Um inferno? — as duas se olhavam como se fosse brigar e rolar no chão — Chegou tarde Nix afinal, Ares já fez isso comigo.

— Ainda sim...

— Não pode fazer nada comigo, toma vergonha na sua cara e cumpre o prometeu a ela.

— Ela já está morta, não tem mais o que fazer — Nix começou a se afastar tranquilamente com um sorriso no rosto.

— Não seja por isso — Mágissa aponta a sua mão para Roz que volta a ficar ofegante como estava antes de morrer, mas estava viva e isso me fez sorrir.

Destin se aproxima tocando com receio no rosto de Roz e logo se posiciona ao lado de Mágissa e quando ela finalmente vira o rosto ela a abraça forte enquanto chorava e soltava vários agradecimentos.

— Como conseguiu fazer isso? — Nix volta com tudo, mas antes dela tocar em Roz eu me viro a impedindo — Seu cachorro como ousa?

— Para de cena e cumpre logo sua palavra — Mágissa segurou a mão de Nix que iria me acertar e nem quero saber o que poderia acontecer assim que ela tocasse em mim.

— Ela tem o termino desse ano — Nix aponta para Roz que puxa o ar de uma única vez me olhando assustada.

— Sem problemas, minha cara Nix te vejo em algumas horas meu amor — ela para novamente e se vira irritada para a outra que sorria inocentemente.

— Cinco anos.

— Vou amar passar uma semana bem colocadinha em você.

— Sete anos — Nix se aproxima de Mágissa e por onde ela passava começava a pegar fogo.

— Estou precisando mesmo de umas férias, sua vida é tão diferente da minha, prometo ficar coladinha com você a todo instante, lavo até o seu cabelo.

— INFERNO — Nix ergue a outra pelo pescoço que gargalhava com a situação — Dez anos e os filhos que ela tanto pediu e você não aparece na minha frente por cem reencarnações.

— Isso depende apenas de você querida, se prometer alguma coisa e não cumprir pode ter certeza que vou estar lá te lembrando como te amo e quero ficar bem pertinho — de acordo com o que ela vai andando na direção de Nix ela some em uma névoa.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora