110. Paz? O que é isso?

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Não conseguia largar o seu corpo que tanto me fez falta e quanto mais o apertava contra o meu corpo mais eu queria ali comigo. As mãos da Roz tocando a minha pele por baixo da roupa me deixaram insano.

Era possível a tocar, eu a queria e precisava agora, meu lobo se agitava como se estivesse andando em círculos, mas quando ela retirou minha blusa sorrindo entendi que poderia ir em diante.

Ela estava linda naquela roupa, apesar de curta e com a minha careta ela acabou rindo baixo, forro a minha blusa ali no chão antes de a deitar ali, minhas mãos passam por aquele corpo que sempre me deixou louco e dessa vez não foi diferente.

— Para onde você vai depois?

— Quer mesmo conversar agora?

— De forma alguma, quero rasgar essa roupa, mas isso vai depender...

— Não vou a lugar algum, ninguém vai me ver, não hoje pelo menos.

As minhas mãos puxam aquele tecido a deixando exposta para mim, minha boca vai direto para seu pescoço enquanto minhas mãos passeiam pelo seu corpo, antes que a minha boca tacasse o seu seio ela me empurra tocando na minha calça.

Me livro do resto das minhas roupas enquanto suas mãos me puxam contra o seu corpo, meu corpo se mexeu sozinho e quando sinto o seu corpo me envolver os gemidos saem pela minha boca sem controle se misturando com os dela.

Não queria a soltar ou parar mesmo depois de ter gozado, meu corpo ainda se prendia ao dela, sua boca no meu pescoço, os seus gemidos, todo era um convite para continuar.

Mas somos interrompidos quando a bolha se explode, meu olhar percorre o local e encontro Nix completamente irada e quando ela vem para o nosso lado Mágissa aparece na nossa frente.

— Como você ousa?

— Não lembro de ter escutado alguém te chamar, pelo sei eles estavam apenas gemendo — ela se vira para nós segurando o riso — Se pude se vestirem eu agradeço.

Enquanto coloco a minha calça entrego a minha blusa para Roz que coloca imediatamente, ela não se encolhia perante a Nix, mas quando Mágissa a lembrou que Roz é uma fada, escutei aquilo que não queria.

— Uma fada de lobos, então se alguém deve a tocar é o alfa...

— Lykos é o meu alfa e sempre será, nunca vou permitir que alguém toque na sua marcada — Igétis aparece e logo todos os lobos aparecem e mais ao fundo vejo nossos filhos que olhavam tudo apreensivos.

Mairin estava agarrada ao corpo daquele abusado e quando dou um passo, em simultâneo Roz me puxa para ficar atrás dela, assim como Mairin repetiu o mesmo ato, não consegui segurar sorriso e logo as gargalhadas de Enver e Destin preencheram os meus ouvidos também em sintonia.

Mágissa ainda falou mais alguns desaforos para Nix, mas logo fez sinal para entrarmos na casa, Roz estava com medo de continuar e segurando a sua mão paro na frente da porta a puxando contra o meu corpo.

Apenas o seu cheiro me tirava completamente da realidade, quando tudo finalmente acaba a vejo se aproximar com um sorriso triste, a lua já estava baixa e logo o dia iria amanhecer.

— Eu...

— Com uma condição — ela me olhava séria e nem mesmo o toque de Roz a fez desviar, então confirmo com a cabeça — Independente do que sinta, não vai transmitir isso para eles, como a Roz já avisou gradativamente ela retorna, ou seja, quanto mais transarem durante a lua cheia, mais rápido será para ela conseguir permanecer aqui na casa por três dias, eu fui clara?

— Perfeitamente.

— Então vão — ela dá um tapa na minha bunda me fazendo dar um pulo de susto, mas Roz me puxa de volta para onde estávamos ao me virar não tinha mais ninguém e estávamos sozinhos novamente.

Roz se acomoda nos meus braços enquanto a lua ia sumindo, não queria que aquele momento acabasse, com isso as lágrimas começam a descer sem permissão, não era o plano chorar na sua frente, mas eu não consegui evitar.

— Amor — Roz segurou o meu rosto beijando meus olhos fazendo as lágrimas secarem — Eu estou aqui, mas só posso estar aqui e bem...

— Não me importo, eu posso ter você para mim, já está ótimo — seu sorriso estava lindo e como eu senti falta de ver ele.

— Nosso tempo está acabando, quer perguntar mais alguma coisa?

— As crianças e aquele toque...

— Sim, estou visitando tem algumas semanas os sonhos deles e perturbando Destin, já que ele não acreditou de primeira e... bom...

— Eu amei — seu sorriso aumentou e logo ela foi desaparecendo na minha frente assim que as luzes do sol tocaram na sua pele.

— Nos vemos em breve meu amor, eu te amo Lykos.

— Vou estar aqui, também te amo — terminei de falar, já não conseguia mais ver a minha Roz, mas conseguia sentir ela me abraçar.

Pode ter certeza que vou estar aqui meu amor, me lembro de todos na casa e quando vou me levantando Mairin se senta ao meu lado encostando a cabeça no meu ombro, eu ainda estava sem a blusa, sentir o tecido do casaco na minha pele denunciou que Enver também estava ali.

— Pai — Mairin não me olhava e sei que ela estava receosa.

— Se não quiserem vir morar aqui...

— Não quero, desculpa pai, eu amo a minha mãe, mas...

— Tenho certeza que ela vai entender.

— Prometo que venho te trazer e buscar toda vez — Mairin sorria para mim, finalmente todos estavam em paz, ou era o que pensava até ver aquele abusado com Mágissa, mas antes que eu possa me levantar Enver começa a gargalhar.

— Vai rindo, quero só ver quando o seu pai descobrir.

— Descobrir o quê?

— Nada não, pai — os dois se olhavam segurando o riso e ali descobri que paz era uma palavra que definitivamente não faria parte do meu vocabulário e sorrindo os chamo para ir embora, precisava de um banho, descansar e comer alguma coisa.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora