109. Finalmente chegou o dia

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Minha respiração estava acelerada assim como os meus batimentos, minhas mãos já estavam tremendo, faltava pouco para perder o controle e me transformar ali dentro de casa mesmo.

Destin não se aguentou e começou a gargalhar me viro para ele, mais Enver entra na frente segurando o riso também, era só o que me faltava, os dois rindo da minha cara.

— Então senhor quase sogro do homem que vai apanhar da Mágissa...

— Cala a boca Enver — Mairin o puxa pela roupa de volta para o quarto enquanto vai batendo nele, mas ele sabia apenas gargalhar e enquanto se defendia.

— Nem ouse — aponto para Destin que explode em gargalhadas novamente, eu já não conseguia na escola com eles por conta dos ciúmes que sinto com os dois, eles chamam muito a atenção, também com a mãe linda deles é complicado...

— Ei... — Destin toca no meu ombro quando percebe que o meu corpo se encolheu.

— Tem certeza?

— Nenhuma, mas fiquei mais confiante com a visita de hoje.

— Quem é ele?

— Não importa agora, o que importa é vamos atrás da Roz.

— Importa, sim, ela é minha filha, quero ninguém se aproveitando... — Destin começa a gargalhar novamente e quando Enver passa indo para a cozinha, quem ficou tenso foi Destin.

— Relaxa, pai, quem caça somos nós — Enver responde tão confiante que acabei caindo sentado no sofá.

Meus bebes não são mais bebes e eu não posso fazer nada com isso, Destin ficou desconfortável e logo saiu de casa. Minha cabeça rodava tanto que nem percebi que todos haviam saído e eu não fazia ideia para onde foram.

No começo da semana da lua cheia, Mágissa levou os dois, me disse que iria apenas dar umas voltas e antes de desaparecer completou que essa volta será pelas realidades.

Até Destin pulou tentando puxar os dois de volta, mas já era tarde. Meu nervosismo me fez permanecer acordado tem dias já, meu corpo começou a tremer e o ar faltar em meus pulmões.

Estava tendo uma crise de pânico, nem sabia que isso era possível desde primeiro dia de aula deles que foi quando aconteceu a primeira crise. Destin chegou no momento que estava quase desmaiando.

Agora eu estava sozinho, corro para o banheiro deixando a água gelada cair sobre a minha cabeça e assim que fecho os olhos a única coisa que consigo ver é a minha Roz.

— Espero de todo o meu coração que seja verdade, meu amor.

Sinto o meu pulso arder e onde Roz me mordeu também começa a queimar, não toquei mais ninguém desde que Roz morreu, não permiti nem ficar de conversa, minha companheira é a Roz e não abro mão disso.

Um calor percorre o meu corpo a cada momento que vou reforçando que pertenço apenas a ela, fecho os meus olhos e consigo sentir ela me tocando com sempre fez e sem nem pensar muito acabo gozando ali no banheiro.

Estava de roupa ainda e minhas mãos estavam na parede do banheiro e ainda, sim, senti o seu toque, eu só posso estar ficando louco, era realmente ela. Termino o banho de forma correta e quando chego no quarto Destin me olhava sério.

— O que foi?

— Eu pensei em ir...

— Com magia, não quero demorar e antes que você venha me falar alguma coisa, vocês já me fizeram andar tanto assim que já me acostumei.

— Quando vamos?

— Agora prefiro esperar lá.

Assim que chegamos fomos recebidos por Igétis que já veio pronto para atacar e ali percebi que a casa estava intacta por fora, ele realmente estava cuidando como me prometeu.

Ele tenta me explicar o que aconteceu enquanto eu estava fora, mas apenas fui me afastando, escuto Destin pedir a ele para afastar a todos no cair da noite, ele não deve ter questionado, pois logo passou correndo por nós.

Ao cair da noite não se escutava barulho de ninguém, Destin se aproximou e fechando os olhos ele colocou aquela bolha do silêncio dele ao nosso redor. Quando a lua estava no seu ápice, Destin saiu da bolha me deixando sozinho.

Me assustei quando ele se retirou, mas ao sentir aquele toque na minha mão meu coração acelerou como nunca antes. Estava com medo de me virar e descobrir que estava sonhando.

— Demorou meu teimoso, precisei perturbar a Mágissa para conseguir te trazer de volta para mim.

— Por favor... não... — eu já estava chorando, ao tocar no seu rosto minhas pernas perdem as forças e assim que sinto os braços de Roz a puxo com tudo contra o meu corpo — Eu senti tanto...

— Lykos, preciso que me escute com atenção eu só...

— Não, por favor, não, se for me falar que só veio se despedir, eu me nego a te soltar, eu preciso de você...

Assim que sinto os seus lábios contra o meu que me dou conta que estou conseguindo sentir e tocar, seus olhos estavam mais rosados e brilhantes que antes, mas não deixava de ser lindo, ela estava mais linda do que eu imaginava.

— Eu só consigo vir na lua cheia, Mágissa me avisou que no começo apenas a noite, mas com o tempo eu vou conseguir ficar por alguns dias aqui, eu... queria...

— Pode ter certeza que vamos estar aqui em toda lua cheia para te receber, eu te amo tanto Roz — não dei tempo dela me responder e beijo aqueles lábios que tanto senti falta.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora