Um Alfa, Um Segredo

15. Folgado

Estava tão quentinho e cheiroso que me recuso a abrir os olhos e voltar para a realidade, eu sei que aconteceu alguma coisa e depois me fizeram apagar. Não sou idiota, mas preciso descobrir primeiro e sei que logo minha mente vai me revelar em sonho.

Não estou preocupada de que seja algo relacionado a algum abuso, pois Lykos já se mostrou uma pessoa que não permitiria e quero continuar pensando desta forma. Quando o puxei a noite como seu fosse um cobertor conseguir ouvir seu coração acelerado.

Ali nos seus braços me sinto protegida e acolhida como nunca fui em toda a minha vida, exatamente por este motivo que não quero abrir meus olhos, quero poder ficar mais um pouco.

Me viro ficando de frente para ele ainda fingindo que estou dormindo e ele como fez a noite toda me puxa me mantendo colada ao seu corpo, como ele não se mexeu ou mudou sua respiração, vou abrindo meus olhos devagar.

Lykos era lindo acordado, mas o ver assim sereno dormindo ele conseguia ser mais gostoso ainda, sua pele era tão macia e sem perceber acabo passando minha mão por todo o seu rosto memorizando cada pedacinho dele.

As marcas do tempo e até mesmo algumas cicatrizes escondidas o deixava ainda mais belo para mim. Não consigo segurar e acabo suspirando, até sua barba era macia quanto mais o seu cabelo.

Merda, estou completamente atraída por ele... Não estou apaixonada mesmo, pois não é somente o meu corpo que pede por ele a todo o momento. Até a sua presença me deixa feliz não importa o que estivermos fazendo.

Quando minha mão volta para o seu rosto ele abre seus olhos me assustando de tal forma que acabo gritando e pulando, só não saio do lugar, pois ele me segura contra o seu corpo.

— Seu toque é tão suave que quase adormeci novamente.

— Não sei do que está falando — tento me virar, mas ele me segurava pela cintura apenas com uma mão enquanto a outra erguia minha cabeça o fazendo olhar naqueles olhos lindos.

— Estou falando do seu carinho em meu rosto e cabelo — ele me pegou, mas não consigo pensar apenas olhar para aqueles olhos — Roz?

— Seus olhos não podem ser de verdade — escuto a sua risada e logo sinto seu rosto no meu pescoço e por tudo que é mais sagrado eu vou morrer se ele continuar ali.

— São verdadeiros, sim, eu sou verdadeiro tanto que você pode me tocar.

— Deixa de ser pervertido e folgado e cai fora da minha cama, por que veio dormir comigo?

— Até onde eu me lembro esta é a minha cama.

Olho ao redor e estou mesmo no seu quarto, não sei como vim parar aqui, mas me levanto com tudo indo em direção a porta enquanto escuto sua gargalhada, até escuto ele me chamar, mas saio do quarto às pressas.

Preciso de um banho gelado urgente, ficar tão próxima assim dele me deixava pegando fogo e não posso agarrar ele, o que ele vai pensar de mim? Não quero que ele me afaste... Merda preciso me ocupar urgente e parar de pensar nele.

Nunca fui ligada em homem e não vai ser agora que vou moldar meu mundo ao redor dele, se bem que se ele quisesse eu deixava ele me pegar de qualquer ângulo. Merda de mente pervertida, encosto minha cabeça na porta e quando sinto ele bater acabo dando outro pulo de susto.

— Roz, não falei aquilo para você sair correndo, me deixa entrar.

— Agora não eu vou tomar banho — minha voz quase não sai de nervoso — Se entrar agora não vou conseguir me controlar.

— Roz? Tudo bem?

Me assusto novamente, será que falei essa última parte tão alto assim? Mas eu apenas sussurrei, vou dando passos para trás assim que vejo a porta se abrir e antes que caísse de costas na cama ele me segura.

— Não deveria me segurar tanto.

— Como posso te deixar cair? — sua boca estava tão perto da minha que acabo com a curta distância deixando um selar na sua boca — Roz, por que fez isso?

— Desculpa, mas...

Não consegui terminar de falar, pois ele me beija de volta me fazendo ficar mole nos seus braços, uma mão foi direto na minha nuca e enquanto a outra me segurava pela cintura me mantendo próximo ao seu corpo.

O beijo de Lykos era intenso e diferente de tudo que já experimentei, sinto ele ficar receoso, mas antes que nos separasse levo minhas mãos em seu rosto o puxando de volta, não quero ele longe de mim.

Com isso ele intensifica o beijo enquanto sua língua explora toda a minha boca e agora, sim, nos separamos apenas quando eu começo a sentir falta de ar, mas ele não se afasta muito, pelo contrário ele descansa seu rosto no meu pescoço, não sei como ele consegue mesmo sendo tão alto, mas seu corpo se encaixa no meu perfeitamente.

— Não te expulsei da minha cama — sua voz ali me causava cada vez mais arrepios.

— Apenas me assustei, mas ainda te acho um folgado — sua risada acabou embalando a minha e o abraço pelo pescoço, sentindo me tirar do chão enquanto me aperto no abraço.