65. Mente que nem sente

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Quando finalmente me sinto saciada estava sonolenta e precisando urgente de um banho, mas quando me levanto minhas pernas falham e isso me fez cair na gargalhada.

Lykos me pega no colo e me deixa na banheira onde vou enchendo e já lavando os meus cabelos, enquanto ele dava uma geral no quarto. Não demora muito ele entra na banheira no momento que estou terminando de larva os meus cabelos.

Ele retira as minhas mãos e continua massageando e passando o creme, ele também fez questão de lavar o meu corpo e para a minha surpresa ele me deixou fazer o mesmo com ele.

O problema foi que enquanto passava o sabonete em seu corpo, o meu começou a esquentar, tentei disfarçar de todas as formas, mas quando ele sussurra no meu ouvido que ele consegue sentir o meu desejo, não me aguento e subo no seu colo.

Ali que era para ser apenas um banho se tornou outra rodada de sexo que me fez dormir no peito de Lykos. Acordo sem nem saber que dia era, mas tinha sol lá fora. Me levanto e quando já estou terminando de me trocar, Lykos entra o quarto e tranca a porta segurando a risada.

— O que aconteceu?

— Do que se lembra?

— Antes do sexo? — ele confirma com a cabeça — Que vocês ficaram preocupados, você chegou a chamar um médico e Destin sair e querer nos levar juntos.

— Isso, então ele voltou — Lykos segura a risada e eu já estava rindo baixo sem nem saber o que estava acontecendo.

— E qual o motivo de ter trancando a porta?

— Apenas para irritar ele, pois escutamos que você acordou.

Nessa hora já começo a gargalhar, ver os dois se divertindo como se fossem dois adolescentes me sempre me alegrava. Já pronta e devidamente vestida o chamo para descer, pois estava com fome.

Ao chegar na cozinha me deparo com Destin descabelado, grandes olheiras e com vários chupões pelo pescoço, olho para Lykos que de forma nada discreta me mostrou que ele estava sentado em uma almofada.

— Não ouse falar lada — ele aponta o dedo para mim, isso me fez cair na gargalhada junto a Lykos.

Após me recuperar da crise de riso começo a comer enquanto os dois estão conversando, evitava olhar para Destin ou então iria começar a rir novamente. Isso chamou atenção dos dois que começaram a me olhar.

— Estou quieta, para não começar a rir, mas já que não estão contente, me diga Destin a noite foi boa.

— Me diga você viciada.

— Eu pelo menos não estou precisando de almofada e nem cheia dos chupões — olho para Lykos que já me olhava sugestivo — Nem ouse, prefiro sem marcas.

— Você é branquinha demais, vai demorar muito para sumir, mas posso te mostrar onde deixei outras marcas — Lykos me responde enquanto a sua mão vai subindo a minha coxa.

— Não acredito que enquanto eu estava a procura de informações, sofrendo longe de casa...

— Mente que nem sente — interrompo o drama de Destin enquanto Lykos não aguenta e volta a gargalhar, Destin no começo tenta se manter ofendido, mas logo estava gargalhando com Lykos.

Após terminarmos de comer, Destin me pediu para o curar e apagar ele com feitiço, quando vou retrucar ele me avisa que já servia como um treino e que ele não conseguia fazer agora.

Pois ele já tentou e já chegou ao seu limite, foi assim que ele conseguiu vir embora, enquanto ele tomava um banho fiquei ali no quarto, pois ele estava contando como era onde ele foi.

Lykos disse que não merecia escutar e foi direto para o escritório, Destin se aproveitou e me contou que foi onde os últimos bruxos respeitáveis estavam, é cheio de vampiros.

Ele ainda acrescentou que passou esses dias na cama com um que era o mais importante entre eles. Por ser mais forte e mais velho, Destin transmitia um mix de excitação e medo quando se referia a ele e algo me dizia que encontrar com esse TAC vampiro não seria nada agradável para mim.

Mas o foco não era meu e sim das loucas surubas que ele participou, o infeliz ainda teve coragem de me acusar falando que a culpa era minha, no final ele chegou na mesma conclusão que Lykos que era apenas o cio.

Quando terminei de lançar o feitiço de cura sobre ele e o de dormir, estava me sentindo estranha, cansada, na verdade, e aquele vampiro ainda pairava pela minha cabeça.

— O que foi? — Lykos me abraçou por trás distribuindo beijos no meu pescoço.

— Esse tal vampirão...

— Sei quem é — o semblante de Lykos se fechou na hora.

— Ele realiza como desejos em troca de favores, nunca é um bom negócio para você, somente ele tem a vantagem de tudo.

— Não me parece justo.

— Porque não é, espero que nunca tenha o desprazer de o conhecer.

— Você fala com tanta convicção, já o conheceu?

— Sim, quando estava muito ruim por conta dos pesados, invadi a sua fortaleza com o intuito de morrer ali.

— Ele não deixou — minha voz era apenas um sussurro enquanto meus olhos já se enchiam de lágrimas.

— Exatamente, me bateram e quando estava quase morrendo ele parou e me curou, disse que a minha alma pertencia a ele agora e que só morreria quando ele permitisse.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora