45. Repete Roz

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Roz empurra a porta com toda a sua força, mas não consegue ainda me tirar no pânico que estou sentindo, acompanhei ela ameaçar Trada, sinceramente não sei como ela esta conseguindo conjurar aqueles feitiços, mas eu senti na pele o frio que ela me causou.

Sorte minha que Destin interveio ou eu estaria congelando até agora, Roz me olha como se fosse me matar e os passos lentos se tornaram uma pequena corrida que resultou nela me batendo contra o meu peito.

— Você tem merda na cabeça? Como pode ser tão burro dessa forma.

— Roz... — ela me batia contra o meu peito e suas mãos já estavam ficando vermelhas pelos golpes.

— Por que precisa ficar ouvindo aquelas mentiras, me fala Lykos, por quê?

— Ela tem...

— Não termina a frase — Roz segura firme o meu rosto enquanto me olha intensamente.

— Mas Roz, eu...

— Não vem com essa de "mas" Lykos, eu te amo muito para conseguir ver você se enganar com mentiras daquela cadela.

Meu mundo parou agora, eu só consegui segurar Roz pela cintura que tentava se afastar, mas eu negava com a cabeça a puxando contra o meu corpo novamente. Suas mãos já tinham parado de me bater, se mantendo apenas segurando a minha roupa com força.

— Repete Roz.

— Que você é um burro, idiota, tapado que fica escutando mentiras, sendo que eu te amo muito? — ela começa a me xingar novamente, mas seu sorriso vai apenas crescendo.

— Você não tem noção do peso que as palavras que saem da sua boca têm comigo.

— Não menti em nenhuma delas, nem quando eu pedi para você me fazer sua, pois quero você para mim e te ver sofrendo por uma cadela que nunca fez nada de bom na vida me irrita muito.

— Sou todo seu Roz, eu te amo muito — encosto minha testa na dela enquanto fecho os olhos sentindo aqueles dedos pequenos e finos fazerem um carinho por cima da minha roupa.

— Destin está dormindo?

— Sim, por falar nisso, como conseguiu?

— Não sei, apenas recitei as palavras desejando aquilo e aconteceu.

— Achei que tinha algo a haver com o colar...

— Destin também, por isso que tirou do meu pescoço, mas mesmo assim ele dormiu.

— Você não tem noção de como eu fiquei preocupado com você Roz, orgulhoso também, mas me responde com sinceridade o que é que você tem na cabeça de ameaçar de morte o Trada? Pior ainda fazer ele cair.

— Quem é Trada Lykos?

— O lobisomem que veio buscar Esec.

— O intrometido que estava carregando o corpo da cadela, o que tem ele?

— Você realmente não sabe quem é ele?

— Olha para mim, Lykos, se soubesse já teria te respondido na primeira pergunta, quer parar de bancar o otário, por favor?

— Tudo bem — a puxo de volta contra o meu corpo escondendo o meu rosto no seu pescoço enquanto sento no sofá a puxando para o meu colo.

— Meu tapete lindo...

— E fofinho — ela me olha mortalmente novamente e agora que percebo a merda que falei — Era a minha bunda pelada encostada nele, então posso falar que ele é fofinho.

— Por falar nisso — ela começa a me dar tapas novamente no meu peito — Por que ficou travado?

— Ela me acertou na coluna, foi onde eles mais me acertaram no meu passado...

— Quando mataram todos — confirmo com a cabeça.

— Eu fiquei com essa sequela, dependendo da forma como bate ali meu corpo fica completamente sem reação, apenas a minha mente que fica mais lerda, mas ainda consciente do que está acontecendo.

Roz não me respondeu, mas seu olhar e sua respiração deixavam claro que sua mente estava gritando e pelo jeito as coisas não estavam nada bom para o meu lado, pois no momento seguinte ela me acertou com um tapa forte no meu rosto.

— A próxima vez que deixar aquela cadela tocar em você, pode ter certeza que eu vou capar você.

— Meu amor, eu juro que não reagi, meu corpo não quer ela e nem ninguém...

— Cala a boca, Lykos está ficando pior para o seu lado, não quero cadela nenhuma perto de você, eu fui clara?

— Cristalina, agora pode por favor não ficar brava comigo?

— É só você não fazer papel de burro, idiota e tapado que não fico brava.

— Minha surtada, minha colorida, meu amor da minha vida, minha corajosa, você é tudo para mim Roz, nada mais me importa se você não estiver na minha vida...

Roz me beija sem nem terminar de falar, como eu amo essa baixinha surtada, nunca pensei que poderia amar tanto uma humana como eu a amo. O beijo já começou intenso e estava só esquentando cada vez mais, mas quando ela puxou a minha blusa para cima, não me aguentava mais e a levei até o nosso quarto.

Não quero correr o risco de Destin acordar e a ver nua, ele já nos pegou no flagra, mas não quero repetir a ocasião, fecho a porta com o pé e já a deito na cama descendo beijos pelo seu corpo, enquanto me delicio dos toques nos meus cabelos.

Minhas mãos se movimentam sozinhas de maneira rápida para se livrar da roupa da Roz e foi neste momento que vi a marca no vão dos seios dela um lobo e uma fada, tenho certeza que aquilo não estava ali, eu já beijei aquele corpo inteiro e não esqueceria daquele desenho de forma alguma.

— Roz, desde quando isso apareceu? — a forma como o corpo dela tencionou me mostrou que ela sabia o era ou pelo menos tinha suas suspeitas.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora