78. Olá irmãzinha

2 1 0
                                    

Acabei adormecendo de tanto chorar, não sabia que encontrar minha irmã me faria tão mal assim. Não tenho notícias dela desde quando o seu vídeo foi exposto. Zana nunca mais entrou em contato e eu também fiz questão de não saber dela.

Ela fez a minha vida um grande inferno e sinceramente o que mais quero é distância dela, mas o que ela tenha confirmado para os homens me deixou curiosa, já sabia que iria me irritar muito, mas mesmo assim queria saber.

Quando Lykos saiu do banheiro eu estava sentada na cama olhando para a janela, consegui perceber que ele estava apreensivo apenas pela forma de andar e principalmente por se manter calado.

— O que eles conversaram e antes que venha me dizer que não faz diferença quero deixar claro que faz sim.

— Eles apontaram que você era igual a ela, ela confirmou que provavelmente era sua irmã pela sua voz era dava para perceber que ela estava alterada...

— Continua Lykos — interrompo me sentando no seu colo e enquanto ele apenas suspira fechando os olhos.

— Eles estavam voltando para te levar para o quarto com eles rindo que pagaram por uma e vão levar duas.

— Poha, Zana — acabo pensando alto e quando vou me levantar Lykos me puxa de volta.

— Quando você me beijou ela deixou escapar que depois te achava e providenciava o encontro deles com você, então por favor Roz, não me faça matar todos que eu ver pela frente.

— Faria isso por mim?

— Eu já fiz e faço novamente — minha reação de espanto o fez sorrir — Não cheguei a matar, mas causei grandes machucados.

— No bar... — minha mente começa a puxar que tinha vários me olhando.

— Sim e se alguém...

Não o deixo terminar de falar e beijo os seus lábios, foi um beijo rápido que me rendeu a visão do seu sorriso lindo. Lykos me virou na cama deixando o seu corpo por cima enquanto me beijava novamente, mas fomos interrompidos por batidas na porta.

Lykos me faz sinal de silêncio e enquanto as batidas da porta não param, a porta tenta ser aberta e logo escuto alguém bufar, não queria acreditar que era a Zana e só tinha um jeito de descobrir.

— Onde pensa que vai? — Lykos me segura já que consegui sair debaixo dele e estava saindo da cama.

— Mandar essa vaca de volto para o inferno.

— Fica aqui, eu vou.

— Apenas de toalha? Duro desse jeito? — aponto para o seu corpo com a sobrancelha erguida e ele apenas sorri.

— Está com ciúmes?

Lykos sorria e apenas jogou o meu tênis na porta fazendo um grande barulho e voltou a me beijar, as batidas cessaram enquanto o nosso clima apenas esquentou. Lykos soube me envolver completamente e logo estava gozando enquanto gemia o seu nome.

Após outro banho regado a muitas carícias e sexo, descemos para ele me mostrara cidade, não soltava da mão de Lykos por nada e sempre que ele percebia alguém olhando, ele me abraçava.

Me senti segura a todo momento e consegui esquecer o encontro que tive ontem, mas tudo que é bom dura pouco quando retornamos para o hotel Zana estava parada no corredor.

— Olá, irmãzinha.

— Cai fora, Zana — ela apenas sorri mais ainda.

— Se deu bem hein — vou acabar perdendo a paciência se essa criatura continuar olhando com desejo para Lykos — Um velho rico, mas bem inteiro e pelos seus gemidos deve ser muito de cama, poderia me deixar experimentar posso ser muito mais gostosa na cama do que essa colorid...

Não dei tempo de ela terminar a frase e acertei um tapa em seu rosto que a fez ir para o chão, se ela está achando que pode se insinuar assim está bem enganada, já tirei até ex marcada de cima dele e não vou dar conta de uma vadia como ela.

— Fala com ele, olha para ele mais uma vez que eu vou acabar com você — eu a segurava pelos cabelos e toda vez que ela tentava se soltar eu batia sua cabeça no chão — Fui clara Zana?

— Foi, agora me solta...

— Estamos em lua de mel, então não apareça mais na minha frente, esquece que eu existo Zana, afinal você já fez isso uma vez, não será complicado fazer novamente.

Não quero chorar na sua frente então acerto a cabeça dela no chão novamente me levantando, quando ergo o meu olhar um daqueles homens me olhava atentamente, mas quando Lykos entrou na minha frente ele ergueu a mão em forma de rendição, puxou Zana pelos pés a levando para o quarto que ficavam umas quatro portas depois da nossa.

Lykos abraçou a minha cintura me conduzindo até a porta, escutar ele fechar e trancara porta fez o meu ar faltar. Não queria admitir, mas escutar ela falando aquelas coisas me fez sentir suja como se realmente estivesse usando Lykos.

— Nunca pense assim, você é minha companheira, minha esposa, aquela que mais amo e dou a vida... Merda era para ser tudo calmo...

— Não foi sua culpa — minha voz estava embargada e muito baixa — Apenas me abraça e fica comigo, por favor.

Lykos me abraçou forte e foi tirando a minha roupa enquanto foi me conduzindo para a banheira, aquela sensação de estar me aproveitando de Lykos vou passando e entendi que ela estava fazendo comigo o que sempre fez quando éramos crianças.

Ela aprontava e colocava a culpa em mim, mas sua fala era tão perfeita que até mesmo me convencia e com isso eu apanhei muito. Desta vez era tudo diferente, não temos os nossos pais para me acusar de ser a errada.

Quando percebi já estávamos na cama, eu estava com a camiseta de Lykos enquanto ele estava apenas de calça, amava quando ele me vestia com o mesmo pijama que ele estava.

Apenas me acomodo contra o seu corpo e permito que o choro venha, grande engano meu achar que Lykos não iria ouvir ou sentir, por mais silencioso que o choro fosse, mas ele não falou nada, apenas me abraçou forte e me avisou que vamos embora assim que amanhecer.

Não tinha mais o que fazer ali e sinceramente não quero nem encontrar mais com ela pelas ruas ou corredores. Acabei chorando até dormir enquanto Lykos apenas me abraçava apertado contra o seu corpo, garantido que eu entendesse que ele estava ali comigo.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora