Um Alfa, Um Segredo

48. A marca

No fim acabou que consegui trazer apenas uma adaga para mim e um Destin em pânico de brinde, pois ele sentiu quando essa adaga saiu e seguindo a magia de proteção que ele colocou chegou até a minha pessoa trancada dentro da biblioteca.

Assim que ela surgiu na minha mão, ela me cortou sugando um pouco do eu sangue e quando ergui o olhar, Destin estava até tampando a sua boca. Ão demorou muito ele deu a desculpa de me levar até a sua casa.

Como não tinha mais nada para esconder corri até onde estava a outra adaga e a coloquei no cós da calça sobre o olhar atento de Destin, aquelas adagas eram apenas para matar o alfa e sim qualquer líder, por isso ele a protegia tão bem.

Ou quase, afinal eu consegui ter acesso a elas muito fácil, então comecei a questionar o que era realmente fácil ou não para Destin. Elas não eram normais e por ser duas uma sempre era traiçoeira com seu portador, por isso preciso ter cuidado.

— O que mais está procurando Roz?

— Você ficou em pânico achando que ela estava me controlando, sendo que não ouvi e não senti nada — ele confirma com a cabeça — Agora Lykos acabou me contando que ela disse que iria fortalecer a ligação deles, pois estava fraca, que ligação é essa?

— A marca — faço sinal com a mão para ele continuar, pois não entendi — Lykos a marcou como sua companheira, por isso a traição o deixou tão fragilizado ao ponto de conseguirem o prender.

— Está me falando que aquela cadela ainda é marcada apenas pelo Lykos? E onde entra Trada nisso?

— Ele não deve ter a marcado, pois ela é mais útil ainda marcada pelo Lykos, ela consegue sentir quando o seu alfa está se fortalecendo e assim ela volta e o destrói mais uma vez, esse ciclo vicioso está se repetindo a muitos anos.

— Como faz para quebrar isso?

— Ela sendo marcada por outro alfa ou então...

— Então o quê?

— Não posso me intrometer...

— Eu sou a surtada e você o intrometido agora fala logo — o interrompo tentando me manter o mais sério possível, mas assim que Destin me olha ofendido não consigo segurar a risada.

— Nisso tudo o que Lykos é?

— O lerdo — Destin não se aguenta e começa a gargalhar novamente e acabo me juntando a ele.

— Um lobo só pode marcar a sua companheira, mas já conversei com o Lykos a respeito da sua pessoa, pois vocês têm uma ligação muito forte, então acredito que mesmo com a marca ainda Esec ela não era a verdadeira companheira de Lykos e sim você, então se ele marcasse você essa ligação com Esec iria se enfraquecer até chegar ao ponto de desaparecer.

— Isso tiraria todos os poderes e influência que ela tem sobre Lykos?

— Sim...

— Ótimo, então é só mandar Lykos...

— Calma aí, Roz, te marcar inclui uma sequência de consequências péssimas para os dois.

— Como uma guerra?

— Também, mas Lykos é um alfa e todo alfa precisa de uma alcateia...

— Ele não quer mais ninguém — Destin confirma com a cabeça — Isso pode surtar ele?

— Na melhor da hipótese ele fica agressivo e desconta em você.

— E fica sem os membros, pois eu corto tudo fora, vem com graça querendo me bater...

— Não estou falando dessa forma — o olhar sugestivo de Destin me fez entender que ele iria descontar na cama.

— Desde quando isso é ruim?

— Você não presta Roz — Destin cai na gargalhada com a minha confissão, mas sim eu precisaria pensar muito antes de Lykos me marcar, balanço a minha cabeça em afirmação e já sei que já pensei e vou fazer ele me marcar, guerra eu já declarei mesmo, alcateia não me importo, na verdade, ainda vou libertar aquelas almas de qualquer forma e sobre o sexo, se antes eu já estava apaixonada imagina me fartar infinitamente daquele corpo e toque, não sei onde isso é ruim.

Por ter o domínio dos feitiços encantados trevosos de Destin, minhas idas a sua casa começaram a ser mais próximas, claro que Lykos formou um bico enorme e se isolou de mim, ficando cada vez mais trancado no seu escritório.

Aproveitei isso para me concentrar mais ainda no treinamento e agora consigo desfazer os feitiços que lanço, claro que nem sempre dá certo, então tenho em mente sempre que for lançar posso matar a outra pessoa.

Destin passou dias me acusando de psicopata por ter noção disso e ainda, sim, querer me aprofundar ainda mais, na verdade, ele tinha medo dessa parte por não conseguir controlar tão bem como eu estava.

Eu sentia os ciúmes de Lykos assim que passava pela porta, mas ele não conversava comigo, então não posso fazer muita coisa com relação a isso e então minha energia era gasta com os aprendizados.

Mas quando chegava a noite e eu subia para o quarto se eu me atrevesse a entrar no outro quarto, Lykos me pegava no colo e me levava para a nossa cama, claro que me aproveitava para fazer sempre carinho em seu rosto e ali via aquele homem todo poderoso se derreter e ficar todo dengoso.

Lykos sabia muito bem que eu não iria parar de ir à casa de Destin, independente de qualquer birra que ele possa querer fazer, mas nunca se afastava ou até mesmo negava um carinho meu e toda noite dormia colado ao meu corpo me dando a melhor sensação de paz que eu já senti em toda a minha vida.