75. E agora?

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Ficar nua com o corpo colado ao de Lykos estava se tornando um hábito, mas aquela conversa com a mulher ainda estava rondando a minha cabeça, isso me deixou silenciosa e desatenta.

— Roz — ele puxa o meu rosto para olhar para diretamente para os seus olhos — Estou te chamando tem um tempo, o que tanto pensa?

— E agora? Lykos como vai ser?

— Como estamos sendo — ele desvia o olhar, ele sabia muito bem sobre o que eu estava falando e estava correndo do assunto.

— Me promete que vai continuar vivo me esperando? — deito sobre o seu peito, não sei se estou falando besteira, mas o que me importa é que ele me prometa, sei que ele vai cumprir.

— Não me faça prometer isso.

— Vamos ser sinceros, Lykos, sou humana e por mais que viva muito não se compara a você que já tem quase quatrocentos anos...

— Está me chamando de velho? — ele sobe sobre o meu corpo segurando as minhas mãos sobre a minha cabeça.

— Para um velho você está bem conservado não acha?

Rebolo contra o seu corpo ainda olhando diretamente nos seus olhos, suas pupilas dilataram quando consigo encaixar o seu membro, mas como ele não se mexe laço as minhas pernas na sua cintura o puxando de uma única vez.

Ele me deixou o puxar isso nós dois sabíamos, mas era uma forma dele me fazer implorar por ele, o sentir completamente dentro de mim era um paraíso. Lykos começa se movimentar de forma lenta, mas logo acelera me fazendo gemer alto.

Acabou que passamos a noite transando e conversando e transando e conversando, como um ciclo sem fim, após os dois satisfeitos novamente meu corpo estava completamente cansado e acabo caindo no sono.

Não sei exatamente que horas que eram, mas Lykos ainda sua e descia sua mão nas minhas costas em forma de carinho, o problema era que sua mente estava longe, no meio do sexo o fiz me prometer que não iria tentar nada contra a sua vida após a minha morte.

Enquanto eu fiquei tranquila com a sua promessa ele ficou em desespero, tem mais coisas acontecendo que ele não está me contando, mas tenho noção que ele já viveu muito para conseguir me contar tudo de uma vez.

Eu estava calma com relação ao futuro, afinal vou ter filhos e eles vão acompanhar a vida de Lykos, então vão ser sobrenaturais também, por ceder quinze anos da minha vida por cada filho, não me preocupei em ler as letras miúdas desse contrato com a mulher que ainda não sei o nome.

— Eu encontrei uma forma de adiar o inevitável — Destin surge no quarto e suspirando, Lykos apenas cobre o meu corpo que está sobre o seu peito.

— Pegou mesmo essa mania?

— Culpa de vocês que não saem desse quarto, mas antes transarem aqui no quarto do que na sala inteira onde não tem como se cobrir.

— Não vai perdoar mesmo né? — minha voz sonolenta seguida do meu corpo se espreguiçando fez o corpo de Lykos reagira e quando Destin começou a gargalhar escuto o rosnado de Lykos que estava me puxando para sentar no seu colo e esconder a sua ereção.

— Não vão começar outra rodada não, quero conversar — Destin joga uma almofada em Lykos que se dá por vencido e coloca em cima do seu membro.

— Podemos conversar comendo? Vou tomar um banho e já desço.

— Olha a cara de safado do seu companheiro, nem pensar que vou deixar vocês sozinhos, vão sair do quarto só a noite e da semana que vem.

Não consigo segurar a risada e enrolada no cobertor vou até o banheiro, escuto Destin brigar para Lykos ficar onde está e pelo jeito deu certo, afinal consegui tomar o meu banho de forma rápida e enrolada na toalha passo pelo quarto para pegar uma roupa.

Destin já tinha saído e Lykos veio com tudo abraçar o meu corpo, mas apenas me cheirou me deixando arrepiada e depois foi para o banheiro tomar o seu banho, não sei se foi paranoia minha por conta daquela conversa ou se era verdade, mas reparei que minha barriga está um pouco maior.

De qualquer forma venho comendo o mundo e o fundo após ser marcada pelo Lykos então pode ser que esteja apenas ficando gorda mesmo, então vou diminuir a comida para ter certeza.

Assim que me sento na mesa encontro um dos livros de Destin aberto em um ritual que nunca havia visto, na verdade, esses livros de rituais não me atrevi a mexer ainda por medo de gostar.

Agora com o sangue de Destin no meu corpo eu conseguiria fazer qualquer coisa, mas, em contrapartida, isso consumiria ele, afinal não sou uma bruxa ou algo do tipo, apenas uso emprestado o seu sangue, no começo achei isso bem confuso, hoje não ligo mais.

— Encontrei uma forma, mas Lykos não vai gostar — Destin me entrega uma caneca de leite com chocolate olhando para o livro.

— Está brincando Destin? — Lykos estava furioso segurando o livro nas mãos, é realmente ele não gostou.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora