100. Eles são lindos

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As semanas estavam passando muito rápido e para manter Roz bem a forçava comer quase que de hora em hora, afinal pelo jeito os dois puxaram de mim a fome fora do normal.

Roz estava ansiosa e nervosa demais afinal amanhã já entraríamos na lua cheia, daqui a pouco dias eles vão nascer, ela me perguntava a todo momento se vou estar com ela e isso partiu o meu coração.

— Eu te amo muito, Roz e vou estar com você o tempo todo — ela apenas respira fundo, deixando claro que não foi o suficiente o que eu disse, acomodo os travesseiros no meu lugar e quando paro a sua frente ela estava segurando o choro — Roz...

— Estou com medo — ela deixa as lágrimas caírem livremente e sem saber o que fazer me coloco a baixo do seu corpo da melhor forma que consigo — Não sei se vou dar conta dos dois... de você... se ficar feia como aquela bruxa?

— Ainda bem que ela não está aqui para te ouvir — acabo gargalhando e Roz acaba me acompanhando.

— Lykos...

— Não Roz, somente depois que você ganhar, não quero correr o risco de você precisar ganhar antes...

— Já entendi sei chato, eu só queria pensar em outra coisa.

— Que tal os nomes?

— Não quero falar sobre isso — ela desvia o olhar para a janela e segurando o riso começo a beijar o seu queixo e desço beijando o seu pescoço enquanto a vejo ficar mole pelos meus toques — Você é um totó mesmo.

Ela já me chamou de totó tantas vezes que não consigo mais achar ruim e com isso acabo gargalhando enquanto ela me acompanha, mas quando meus dedos tocam a sua intimidade ela acaba prendendo a respiração.

— Se prender a respiração assim eu vou parar — ela segura a minha mão negando com a cabeça e logo volta a respirar mais acelerado pelos meus toques, não demora muito ela já estava gozando e como eu também estou doido pelo seu corpo acabo perdendo o controle e desço já a mordendo enquanto a devorava tentando matar a minha vontade.

Não demora muito ela acaba gozando novamente e sem nem a tocar eu acabo gozando também, Roz estava bem mais calma agora e isso me fez sorrir, aproveitando o seu bom humor a levo para a banheira e após vários minutos em silêncio ela me solta os nomes deles.

— Mairin e Enver.

— Como tem certeza que é um casal?

— Mesmo não querendo admitir, eles apareceram nos meus sonhos e me falaram os nomes — estava me esforçando para não começar a gargalhar, mas assim que ela bateu na perna não consegui me segurar e para a minha surpresa ela estava rindo comigo.

Roz não saiu mais do quarto depois daquele dia, a bruxa só faltou arrancar a minha pele por ter feito Roz gozar e ali ela me explicou que iria usar aquela energia acumulada para ajudar no parto.

Ela deveria ter me contado antes, não agora. Destin entendendo o meu lado e explicou que com a Roz as coisas são um pouco mais diferentes e que eu posso ser Alfa, mas a dominante era ela.

O olhar da bruxa foi tão incrédulo que não me aguentei e comecei a gargalhar assim como Destin, mas logo a respiração de Roz começou a ficar acelerada, corremos para o quarto, mas quando entrei a vi sufocando.

Sem pensar duas vezes a pego no colo a fazendo olhar para mim, minha mente gritava por ajuda enquanto ela olhava para a janela, a lua estava se colocando em posição, vários uivos começaram e foi impossível não sorrir.

— Eles já estão a postos e por você Roz.

— Fica...

— Sempre — a deito na cama e quando a bruxa começa com o ritual a vejo fechar os olhos lentamente.

Ela foi muito rápida e tocando delicadamente na barriga de Roz ela fez um corte retirando primeiro minha menina e depois meu menino, meus alfas, minhas vidas e principalmente minha família.

Os dois choravam desesperados enquanto Destin tentava contornar a situação, foi quando a bruxa olhou para mim impaciente e me informou que iria acordar a Roz enquanto a fechava, pois somente ela iria conseguir acalmar eles e enquanto isso não acontecesse ela não iria poder tocar no sangue.

Sem ter escolha peço eles e cada segundo do choro deles uma dor percorria o meu corpo como se estivesse me rasgando por dentro. Roz foi abrindo os olhos e logo uma careta de dor preencheu o seu rosto, a bruxa se aproximou, mas eu neguei.

— Mamãe está aqui... — com os dois nos meus braços e morrendo de medo deles caírem, me aproximo de Roz.

— Eles são lindos — assim que a sua voz chega no ouvido deles, eles param imediatamente de chorar abrindo os olhos, consigo ver que ela tem os meus olhos verdes enquanto ele ficou com os olhos rosa da Roz.

A bruxa continuou fechando Roz e deixou bem claro que ela deveria repousar muito mais agora. Quando ela ameaçou pegar os pequenos, Mairin a olhou de forma tão mortal que a bruxa se afastou.

— Meu tempo acabou aqui — ela apenas saiu do quarto enquanto Destin apenas sorria, ainda sem saber o que fazer me lembro do conselho de Mágissa e coloco os dois no peito de Roz que me ajuda os acomodar.

Roz estava ainda bem fraca e sonolenta assim como os dois, ao levantar o olhar para Destin ele me entende já pegando Mairin enquanto eu estava com Enver, corro com eles para o banheiro encontrando já dando banho nela.

Assim eles estavam bem mais calmos e olhando para Roz na cama que já estava adormecida, Destin nega com a cabeça e passando a mão no ar tudo estava completamente limpo.

Não consegui dormir, então acomodei os dois próximos em Roz enquanto apenas me acomodo nos pés da cama, apenas admirando a minha tão desejada família ali na minha frente.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora