79. Vamos voltar

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O caminho todo eu estava perdida nos meus pensamentos, Zana conseguiu acabar com a minha paz, coisa que nem mesmo Esec conseguia. Por falar na cadela sentia que a adaga queimava no meu corpo, mas não surgia de forma alguma.

Mando mensagem para Destin me mandar as fotos da parte que fala das adagas, mas quando ele foi questionar Lykos entrou no meio por ser uma chamada de vídeo alertando a Destin apenas a obedecer.

O clima ficou bem pesado, com os dois tentando se comunicar sem dizer claramente o que estava acontecendo e isso não me permitia focar nos livros, pois Destin ficava se mexendo para fazer sinais para Lykos.

— Encontramos a minha irmã gêmea, onde ela queria me prostituir junto a ela e ainda por cima deu em cima de Lykos, agora por favor fica parado para que eu consiga ler — estava completamente sem paciência e com isso acabei sendo grossa com Destin que apenas engoliu seco e me deixou ler sossegada.

— Deveria me dizer o que está procurando.

— Quando atingi Trada, uma das adagas ficou no corpo dele, enquanto a outra voltou para mim...

— A traiçoeira, eu te avisei para tomar cuidado — Destin puxava o seu cabelo em forma de desespero — Onde está a outra?

— Dentro do meu corpo, ela está ardendo e sinto ela se afundar cada vez mais.

— Esec deve estar usando a traiçoeira para chamar a outra, mas ela te aceitou e por isso está se escondendo dentro de você.

— Isso pode machucar a Roz? — Lykos apesar de parecer calmo no volante, estava bem apreensivo.

— Não essa, a outra certamente, mas até onde lembro a Roz a carregava como uma pulseira — confirmo com a cabeça e foi nessa hora que me dei conta que Lykos estava evitando falar comigo.

— Então ela não vai conseguir ela, pois não pretendo a chamar tão cedo, ela pode ficar tranquilamente aqui dentro de mim.

— Está com cara de quem vai aprontar.

— Porque vou, agora tchau — desligo a ligação retirando o meu cinto e já puxando o volante com tudo para o acostamento, pelo susto Lykos acaba rosnando para mim e o forçando a me olhar.

— O que disse para sua irmã, é o que realmente sente?

— Eu disse muitas coisas para ela, isso foi antes ou depois de bater a cabeça dela no chão por sonhar que poderia tocar em você?

Um sorriso malicioso cresce no rosto de Lykos e me aproveitando disso pulo no seu colo já beijando o seu pescoço enquanto ele saia mais da estrada entrando naquele mato que deve ser alguma plantação.

— Então estava em lua de mel?

— Sempre estou em lua de mel com você.

— Então eu quero o seu mel.

Não consegui aguentar e comecei a rir, pela sua fala, mas ele pelo jeito nem entendeu, suas mãos já estavam no meu corpo e antes que eu retirasse a sua roupa ele me devolve ao banco saindo com o carro.

Logo o carro da polícia passa por nós e nos manda encostar, nessas horas eu amo a super audição dele, quando questionado sobre o motivo de ter saído tão rápido da pista eu entro na conversa explicando que estava enjoada e acabei vomitando.

Eles olhavam dentro do carro e pediram para descer, Lykos pediu para me ajudar e acompanhado pelo outro policial ele me ajudou a descer. O sol estava lindo, por mais que esteja frio então encosto em Lykos com os olhos fechados apenas aproveitando.

O policial que ficou conosco acabou comentando que quando ele se casou a sua esposa era espontânea assim também, eu estava feliz e amei ser comparada como uma recém casada, mas meu uma ligação foi o suficiente para acabar com a minha paz.

"Gostaria de falar com Roz Agapó"

É ela.

"Estamos falando do Summerlin Hospital aqui de Las Vegas, infelizmente sua irmã Zana sofreu um atentado e seu estado é muito delicado".

— Eu acabei de voltar e como me acharam?

"Ela quando chegou chamava pelo seu nome, os policiais encontraram o seu registro no hotel a qual vocês duas estavam hospedadas, me desculpe, mas não posso passar mais informações por telefone..."

Não consegui mais falar ao telefone, o policial me ajudou a entrar novamente no carro enquanto Lykos terminava de falar no telefone, eu tremia só de pensar em voltar e ter o desprazer de a encontrar, mas ele também me acusava que ela estava muito ruim e pode ser a última vez que eu a veja viva.

Minha cabeça rodava ao ponto de não perceber que Lykos já estava dentro do carro, quando ergui a minha cabeça vejo o carro da polícia se afastando. Lykos me abraçava forte me puxando para ficar no seu colo.

Minhas lágrimas começam a descer de forma silenciosa, mas eu não estava chorando, era algo que o meu corpo estava fazendo sozinho. Quando ele percebe que estou mais calma, ele faz a volta com o carro.

— O que está fazendo?

— Vamos voltar.

— Não vamos, ela que se vire com os seus problemas — respondo já alterada e sentindo o choro retornar.

— Roz, isso ainda te machuca muito, ela realmente está muito machucada e pode morrer a qualquer momento, quer isso te atormentando a vida inteira? — ele estava certo, não iria me perdoar se ela morrer sabendo que ela estava me chamando.

— Será a última vez que vou ver ela.

— Por mim tudo bem.

— Não vai sair do meu lado.

— Em nenhum momento — Lykos beija a minha mão acelerando o carro na direção do aeroporto para voltarmos para Las Vegas.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora