70. Eu quero te ver, por favor deixa...

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Ele demorou mais para se soltar de dentro de mim e fiz de tudo para não me mexer muito, pois não queria que ele me visse apenas como a maníaca por sexo, mas pelo jeito ele entendeu meu receio.

Se sentando no chão da caverna, ele me acomoda de forma que não toque em nada que não seja ele e começou a me contar como as coisas funcionavam, a parte animalesca mesmo de ser um lobisomem.

Consegui perceber que ele não voltou a forma humana apenas para me manter aquecida e protegida, já que não fiz questão alguma de me levantar e colocar a roupa novamente.

A sensação de ter aqueles pelos avermelhados em contato com o meu corpo me fazia engolir seco, minha mente estava longe pensando que em outra vida eu devo ter sido algum demônio da luxúria.

— Sua mente está longe e tenho certeza que na escutou nada que estou falando.

— Desculpa, estava sim.

— Divide comigo.

— Será que em outra vida eu posso ter sido algum ser sobrenatural?

— Isso é possível, tanto que a magia te escolheu — apenas confirmo com a cabeça, pois não me referia a ser uma bruxa — O que acha que poderia ser?

— Algum demônio da luxúria — as palavras escapam de uma vez o fazendo gargalhar — Não ria, é verdade, não prestei atenção em nada que você falou por estar sentindo seu corpo e pelos em contato com o meu e... Bom... eu...

— Era exatamente isso que eu estava falando.

— Repete, pois agora estou prestando atenção — ele nega com a cabeça rindo baixo e sem pensar nas consequências levanto um pouco para me segurar no seu pescoço, o fazendo gemer e me segurar firme na cintura.

— Eu estava contando que nossos instintos nos fazem querer acasalar o tempo todo para gerar filhotes, tanto que antigamente quando o casal era formado eles ficam afastados de todos, pois esse desejo se reprimido podem levar a morte deles ou até mesmo ao descontrole os fazendo...

— Foderem na frente de todos — completo a sua frase ofegante, já que suas mãos subiram nos meus seios os estimulando.

— O seu corpo responde ao meu, mesmo que nem perceba — foi a última coisa que ele falou antes de me empurrar contra as suas pernas que estavam levantadas.

Eu rebolava com o seu membro dentro de mim enquanto ele sugava forte os meus seios, não preciso nem olhar para saber que já deve estar marcados e sinceramente isso não me importava, afinal ele me levou a ter mais um orgasmo.

Após nos acalmar e desta vez para valer, pois já não sentia meu corpo e precisava dormir, provocar ele neste momento não era nada sensato, mas isso me fez pensar que não o vi transformando para mim, apenas para matar os outros.

— Você ficou animada e sei que isso nem sempre é um bom sinal.

— Me senti ofendida agora, mas sim é que estava pensando...

— Pronto, lá vem.

— Pode se transformar completamente?

— Para irmos embora?

— Não, quer dizer também, mas para mim mesmo.

— Não.

— Por favor...

— Se troca e vamos voltar — ele me coloca em pé já recolhendo as minhas roupas e me entregando.

Fiquei quietinha apenas olhando em expectativa, mas para me irritar ele não se transformou e em meia transformação e comigo nas suas costas ele correu até chegar em casa.

Quando percebo que já estamos muito próximo à porta me solto dele e me deixo cair contra a neve, o fazendo voltar todo preocupado, Destin não estava mais ali e o que foi quebrado ele havia consertado com magia.

— Por que fez isso?

— Eu quero te ver, por favor deixa... — minha voz estava manhosa e se afastando poucos passos ele se transforma em um lindo lobo preto e com grandes mexas vermelhas que destacavam por ser em grandes quantidades.

Tento me levantar, mas a neve estava muito alta onde eu caí e por não conseguir, acabo gargalhando, Lykos se aproxima e mordendo a minha roupa ele me puxa me deixando em pé.

— Nossa... — meus olhos brilhavam olhando para ele que tenta se afastar, mas corro o apertando pelo pescoço.

Não conseguia controlar a minha alegria de o ver tão lindo e grande ali na minha frente, eu dava pulos ao seu redor passando a mão pelos seus pelos, mas quando puxei o seu rabo para baixo ele acabou se virando de uma vez e rosna para mim me fazendo cair na neve pelo seu movimento rápido.

— Eu quero ver e você não abaixa, agora me ajuda a levantar, estou ficando com frio — ele se aproxima novamente e me olhando diretamente nos meus olhos, solta uma lufada de ar, o que me fez gargalhar.

Antes que ele soltasse a minha roupa quando já estou em pé seguro o rosto e dou um beijo em seu focinho, consigo perceber que ele se assusta e dou outro, outro e mais alguns enquanto faço carinho no seu rosto.

Meus dedos entravam dentro do seu pelo ao ponto deles sumirem, Lykos era muito fofo assim em forma de totó, ele me olha intensamente e tenho certeza que ele entendeu que estava o chamando de totó.

O solto e corro para dentro de casa gargalhando, sei que ele está esperando que eu me distanciar. E assim que escuto o barulho de suas patas no chão da cozinha começo a gritar e gargalhar subindo as escadas, mas antes que eu chegasse ao nosso quarto os braços de Lykos me seguram pela cintura.

— Não sou totó.

— É meu amor e posso te chamar de totó, mas somente eu — ele me vira ficando de frente comigo, seus olhos não paravam intercalando entre meu olhar e minha boca.

— Eu te amo tanto — um sorriso cresce nos meus lábios que logo se chocam com os seus em um beijo intenso.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora