Elas levantaram e foram limpar os rostos. Então notaram que ainda são seis horas.
— Você além de me fazer lambuzar a cara com chantili ainda me faz madrugar? Qual seu problema? — Bi falou voltando a deitar.
— É que eu acostumei acordar cedo. Mas podem dormir ai, eu vou com minha mãe na minha vó aqui do lado, sabem onde fica. Vou rever a família. Beijos. — Fechei a porta e vi minha mãe acordar, ela tinha deixado a porta aberta.
— Já acordada? Pensei que ia dormir até mais tarde. — Minha mãe falou e eu concordei com a cabeça.
— Também pensei. Mas eu acostumei. — Falei sentando na cama dela e pegando meu celular. Fiquei ali até ela ficar pronta e pegar a bolsa dela.
— Vai na vó? — Ela perguntou e eu fiz que sim com a cabeça.— De pijama?
— Essas horas esta todo mundo dormindo mãe.
Fomos pra casa da minha vó e todos estranharam de me ver ali.— E o trampo Tori? — Meu tio perguntou.
— Me demiti.
— Até que enfim, ta na hora de você fazer alguma coisa pra poder sei lá, aprender mais. — Minha vó disse e eu me sentei na mesa com os outros familiares. As sete todos estavam ali pra tomar café. Fazia tempo que a gente não tomava café todos juntos. Depois do café eu fui até a rua com eles depois voltei pra casa. Elas ainda estão dormindo e a diarista já esta arrumando tudo, pelo menos no quarto da minha mãe. Ela estranhou me ver em casa. Já são sete e meia.
— Turma vamos acordar, já são sete e meia. Esta na hora. Vamos viver. —Acordei elas. As três ficaram ali um tempo tentando acordar. A diarista bateu e viu as três deitadas e eu procurando algo pra vestir e pra elas vestirem.
— Posso voltar mais tarde Tori?
— Claro Bete, as meninas ainda estão acordando. Você poderia ajudar no café delas por favor?
— Claro, espero vocês lá embaixo. —Ela desceu e eu achei uma roupa pra cada. Elas foram tomar banho e eu fiquei por ultimo. Porque eu demoro. Quando sai, coloquei essa roupa. Ai Bi me chamou. Eu abri a porta.
— Oi. — Falei.
— Tem um cara com um violão lá embaixo. — Eu peguei meu violão e desci, provavelmente é o professor.
— É bonito? — Perguntei e chegamos na sala.
— Veja com seus olhos. — Ela falou e eu olhei. Bonito. Cheguei mais perto com a Bi do meu lado.
— Oi eu sou o Pedro o professor de violão. — Ele falou estendendo a mão pra mim.
— Prazer Pedro. Sou a Tori. — Falei e a Bi ali — Bi! Vai pra piscina com as meninas, quando eu terminar aqui vou lá. — Falei e ela saiu. — desculpa pela minha amiga. Ela ficou meio besta com você.
— Por que?
— Já se olhou no espelho hoje ? — Perguntei, nos sentamos enquanto ele dava risada meio sem graça.
— Já, e eu tava bem feio.
— Bom,não esta mais. — Percebi que ele ficou sem graça. — De onde você conhece minha mãe?
— Bom eu estava no centro da cidade tocando na praça de bobeira com a minha turma do colégio daí ela veio ate mim e me ofereceu uma grana pra te ensinar a tocar. Fim da história.
— Mas como aprendeu a tocar senhor cara da praça com a turma?
— Meu pai é professor agora. Ele diz que quando tudo estava ruim e ele estava sozinho a única coisa que fazia ele olhar pra frente e não desistir era a música.
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Dreaming out loud
AdventureTori pensava que sua vida já não era normal quando era adolescente. Mas quando conhece seu pai e sabe da sua verdadeira linhagem sua vida muda completamente e então nota que sua vida antiga era mais do que normal. E Rafael faz parte dessa loucura in...