Visita ao passado

12 0 1
                                    


   Eu me levantei com o Max para cumprimenta-la e fiz um sinal pro Jus fazer o mesmo que nós. Ele ficou de pé rígido e a irmã de Jeremy o viu.

  — Justin? Meu Deus! Quanto tempo! — Ela pulou nele e, não sei se por extinto ou entusiasmo demais, ela o beijou. Jus tentou mas não conseguiu se soltar. Eu e Max ficamos parados olhando. Então a Bianca apareceu na escada.

  — Impossível, ela não vai acord.. — Estava rindo mas ao parar a frase e ver aquilo mudou totalmente de feição.

  Então o Jus conseguiu se soltar dela mas eu o conheço, não vai conseguir lidar com nada agora. Ele ficou parado então eu subi as escadas correndo até a Bianca. Não sabia a reação dela, ela podia pegar uma arma e atirar na menina que nem sequer sabemos o nome ainda. A coloquei no caminho do quarto e ela estava paralisada com aquilo.

  — Ele estava beijando ela?

  — Ela o beijou de surpresa, e todos ficamos pasmos, incluindo ele. Acredite Bi, não é o que parece. Sei que ele tem uma explicação lógica pra isso.

  — Eu estou com muita raiva. Por mim eu ia lá e pulava no pescoço daquela oxigenada. — Ela fez um movimento com as mãos e logo percebi que elas não seriam amigas. Segurei suas mãos em frente a porta de seu quarto. — E dar uns tapas naquele loiro idiota. — Ela respirou fundo me imitando várias vezes até se acalmar. — Obrigada. — Ela me abraçou e a Tori apareceu no corredor seminua coçando os olhos e olhando pra nos dois.

  — O que aconteceu? Quem chegou? — Ela parecia uma criança.

  — Melhor ir cuidar dela. Eu vou entrar e me acalmar. Tomar um banho, um calmante. — Eu podia ver a raiva dela nos olhos. Ela entrou e eu fui até nosso quarto. Peguei a Tori no colo. As pernas dela vieram para minha cintura e ela se deitou no meu ombro. Como se fosse criança.

  — O que aconteceu?

  — Não lembra de nada?

  — Depois da adega? Não.

  — Você ficou de porre. — Falei sentando na cama. Ela me olhou e assentiu. — Não vai falar nada? — Perguntei.

  — Bafo. — Ela disse e se levantou. — Dor de cabeça. Pega um remédio pra mim? — Ela pediu e eu apareci no banheiro. Peguei o remédio em cima da pia e dei pra ela. Então ela começou a escovar os dentes. Quando começou a pentear os cabelos percebi que a cabeça dela estava longe. Encostei nela pelas costas e olhei pra ela pelo espelho.

  — No que esta pensando?

  — Sempre faz essa pergunta.

  — Quero saber se é em mim.

  — Sempre. — Ela falou sorrindo. — Saudades de quando eu sonhava com você. Em estar com você. Todos os dias. O tempo todo. E então eu sonho com você morto. Juro, que de todas as coisas que poderia me acontecer, perder você seria uma das piores. — Ela disse e se virou pra mim.

  — Tori, eu... — Ia falar mas ela colocou o dedo na minha boca.

   — Shh, não fala nada. — Então me beijou. Estávamos meio distante então eu grudei seu corpo no meu a fazendo rir. — Ahn, vou tomar banho, um remédio e descer pra ver a irmã do Jeremy. — Ela fugiu de mim.

  — Melhor ir ver sua amiga primeiro. — Fiquei ajeitando meu cabelo enquanto ela entrou no box. Ligou o chuveiro e começou o banho.

  — Uma explicação.

  — A irmã do Jeremy beijou o Jus, a Bi viu. — Ela colocou a cara pra fora do box e eu dei risada. — Melhor você resolver essa situação. — Falei só pra irrita-la, sei que não gosta de dar as "ordens".

  — Por que não resolve isso pra mim senhor Bennett? — Ela pediu e eu não conseguia parar de olhar pra ela. Senti ela ficando desconfortável. — Use seu ótimo gosto para moda para escolher uma roupa para mim. — Fui para o quarto e peguei uma roupa qualquer pra ela. Então ela saiu e se trocou. Passou uma leve maquiagem e colocou um arco no cabelo que esta cacheado como não via a muito tempo. E então tomou o remédio.

  — Você está linda. — Enrolei meus dedos em seus cachos e dei risada.

  — Obrigada. — Então ela beijou minha bochecha. — Tenho uma crise para resolver. — Ela suspirou e saiu do quarto.

                                   *Tori*

  Sai de meu quarto e fui para o quarto da Bianca, Jus estava na porta se preparando para entrar.

  — Vou querer saber? — Perguntei cruzando os braços na frente do peito.

  — É melhor entrar comigo, preciso da sua ajuda. — Ele disse e abriu a porta. Ela está andando de um lado pro outro do quarto.

  — Justin, me-explica! — Ela quase pulou no pescoço dele mas eu a segurei e a sentei na cama. Fiquei ao seu lado e ele se ajoelhou no chão. Tentou pegar suas mãos mas ela recuou. Então ele depositou suas mãos em suas pernas mexendo com o polegar a sua aliança em seu dedo anelar.

   — Posso me explicar então? — Perguntou ele.

   — Espero que, para sua sorte, eu me convença.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora