Conversa séria

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  — Tori, você esta completamente maluca só pode.

  — Você fugiu pro Brasil com a mulher que você amava mesmo ela sendo do mal. Acho que sua moral pra falar de mim está baixa. — Falei e me arrependi de ter sido rude.

  — Tori! — Falou Rafa e pegou o celular da minha mão. — Pai, você concordou com essa loucura absurda de me manter preso no Alasca? — Pedi pra ele colocar no viva voz.
  — Rafa, eu tentei falar com o Ryan mas quem viveu com ele anos sabe que nada faz ele mudar de ideia. E achei que seria bom para vocês poderem pensar mais sobre o caso de vocês. — Ele disse calmo.
  — Pai, não tem o que pensar. — Ele disse olhando pro celular enquanto eu olhava pra ele com um meio sorriso.
  — Eu acho que vocês deviam voltar o mais rápido possivel. E se quiserem levar esse caso de vocês a serio devem conversar com o Ryan. Antes que a moral de vocês baixem como a minha. — Rafa me olhou.
  — Voltamos ainda hoje. — Ele falou.
Espero vocês. Amo você filho estou com saudades. — Carlos tão meigo. Me senti tao mal. Mas ele desligou antes que eu pudesse me desculpar.
  — Pisou na bola Tori. Ela podia ser do mal mas era a minha mãe. E nenhum de nós a conheceu a ponto de poder fazer julgamentos. — Ele me colocou de volta no sofá e se levantou.
  — Merda. — Disse quando ele subiu. Eu me levantei rápido e senti uma tontura que não é normal de minha pessoa. E eu enxerguei tudo embaçado por um segundo e do nada apaguei.
  POV Rafa
Eu imaginei que ela viria atrás de mim assim que eu subisse pois ela sabe que esta errada. Mas ela demorou. E muito. Então eu desci devagar para dar uma espiada no que ela está fazendo. Então eu vi a mão dela no chão e desci mais rápido para poder ver ela desmaiada no chão. Eu a levantei e tentei fazer ela reagir.
  — Tori! Amor, pelo amor de deus acorda porque seu pai não vai achar nada legal saber que você esta desmaiada. — Falei sozinho e ela começou a acordar. — Graças a Deus, Tori. O que aconteceu?
  — Me senti meio tonta e do nada ficou tudo preto. — Ela disse se sentando devagar.
  — Acho que é falta do que comer. Vai lá na cozinha vou pegar sua mala e fazer a minha. — Eu disse levantado tentando parecer bravo mas a verdade é que eu estou bem preocupado.
  — Pega meu celular e liga para o comandante o mais rápido que puder. Pode ser que ele ainda esteja aqui. — Ela disse levantando e dando o celular pra mim. Fui pro quarto e liguei pro tal comandante.
  — Oi, aqui é o amigo da Tori Backer que você trouxe pro Alasca hoje.
  — Ah sim, claro, esta tudo bem?
  — Bom vamos voltar hoje pra Atlanta. Tem como? — Perguntei.
  — Ahn eu estou bem longe agora. Ate eu voltar vai demorar um pouco. Se vocês não se importarem de esperar.. — Ele disse.
  — Sem problemas. Quando chegar aqui é so ligar. — Falei e ele desligou. Joguei meus pertences dentro da minha mala. Então eu fui ate o lado de fora da casa quando estava tudo arrumado. Fiquei olhado o sol por entre as montanhas. Aquela tem sido a minha companhia mais bela durante esses dias. Então uma companhia mais bonita chegou.
  — Oi... Ahn, queria conversar com você. — Ela disse parando no meu lado. Eu olhei pra cima e ofereci o lugar ao meu lado para que ela pudesse se sentar. Eu continuei olhando pra frente quando ela passou diante dos meus olhos e eu não pude deixar de acompanhar o seu quadril. Quando ela se sentou eu a olhei de canto com a mesma expressão. Senti a mão quente dela encostar no meu pescoço e aquilo me fez arrepiar. — Eu sinto muito pelo o que disse. A sua mae foi forte e amou o seu pai. E teve você, foi fruto desse amor. Eu a aprecio por isso. Só o fato de ela ter trazido você ao mundo.. — Ela riu e foi bom. — Eu já à adoro. — Eu continuei em silêncio. Então a mão dela foi pro cabelo. — Me desculpa? Por favor amor. — Só o fato de ela me chamar deste modo me faz derreter mais rápido que queijo no forno a trezentos graus (?? Okay jdjxjs). Eu me virei ela pegando sua mão com força. Ela me olhou com um pouco de receio mas eu só a trouxe para perto de mim. Eu a abracei então ficamos assim olhando para aquela visão linda na nossa frente.
  — Anjo, quer namorar comigo? — Esse pedido foi cinqüenta porcento serio e cinqüenta porcento impulso. Ela deu risada.
  — Não. Tem que ser romântico. — Ela falou e o celular tocou. — É o piloto. Que rápido. — Ela atendeu. O piloto disse alguma coisa a Tori então ela levantou.
  — Ele chegou?
  — Sim. Vamos? — Ela perguntou pegando a minha mão. Pegamos nossas malas e entramos no iate de novo. Pegamos um táxi e fomos até o pequeno aeroporto de Sitka. Entramos no jatinho e ainda são meio dia aqui.
  Ela se sentou em minha frente e ficou me encarando e a janela. Ela tem um resquício de medo de altura. E ao mesmo tempo ela tem desejo de tirar uma fotografia do lugar.
  — Tira logo. — Falei olhando pra ela passando a unha na lateral do celular. Ela o ligou e tirou a foto. Ela se sentiu mais leve depois disso. — Vem aqui. — Falei pra ela. A Tori veio ate mim e sentou no meu colo. Ela ainda esta meio gripada. — Quero gravar bem essa imagem na minha cabeça porque o Ryan vai me matar quando chegarmos. — Eu falei e ela riu se deitando no meu peito. Do nada ela estava dormindo ali. Então eu fiquei passando a mão no cabelo quase liso dela ate chegarmos em Atlanta. Aqui já está quase anoitecendo. — Tori, ei, acorda amor. — Falei e ela assentiu mas ao mesmo tempo não acordou.
  — A Senhorita Bianca já foi informada que vocês voltariam e já está ai esperando por vocês. — O piloto disse baixinho. Eu levantei com a Tori no meu colo e ela se ajustou no meu corpo.
  — Adoro o fato de você ser forte e fofo. — Ela falou baixinho com voz de sono no meu ouvido. Desci do jatinho e a Bianca riu ao me ver daquele jeito.
  — Deixa de ser abusada Tori. E me deixe dar um abraço no meu amigo. — A Bianca me fez soltar ela e me abraçou. A Tori entrou no banco de trás do carro e deitou. Eu pedi a chave do carro pra Bianca com cara de piedoso. — Os dois são abusados por isso são um grude. — Ela resmungou me dando a chave. Eu comecei a dirigir então a Tori acordou.
  — Quem esta em casa? — Perguntou ela.
  — Só quem mora lá... E o Scooter. — Falou Bi. Eu respirei fundo e acelerei o carro. Logo estávamos em casa. A Tori saiu do carro e entrou em casa antes da gente.
   POV Tori
Ao entrar em casa o Scooter me olhou e se levantou.
  — Tori, eu nunca vi seu pai tão bravo.
  — Imagino. — Disse naturalmente. Fui para a cozinha
  — Onde vai? — Scooter veio atrás de mim junto com todo mundo. Peguei um copo de agua, bebi então peguei a chave do meu carro colocada ali perto da porta dos fundos.
  — Eu vou na casa do meu pai.— Falei saindo. Entrei no meu carro e acelerei ate chegar lá. São sete e meia então ele ainda esta acordado,óbvio. Eu nem apertei a campainha. Eu entrei de surpresa então os dois apontaram uma arma pra mim. Eu continuei seria. — Preciso falar com você, Ryan. — Falei olhando pra ele. Os dois, Ryan e Carlos, abaixaram suas armas e eu acompanhei o Ryan ate o escritório dele.
  — Sente-se.
  — Estou confortável assim. — Falei. Ele se sentou e eu respirei fundo.
  — Tori, eu estou decepcionado.
  — Eu também estou Ryan. Sabe porque? Você mandou o Rafa pro fim do mundo pra manter ele distante de mim. Mas Ryan não adianta. — Eu falei e ele me observando com os braços em cima das pernas com as mãos na boca. — Eu gosto dele. E não importa se você não confia nele o bastante pra ficar comigo. Ele matou um familiar dele por mim. Se você for contra eu saio da CIA sem nenhum problema. — Falei.
  — Tori, entenda, você é a minha filha. Minha única filha, é difícil pra mim. Não por ele ser filho da Elena, ter o sangue dela correndo nas veias. Bom, é um pouco. Mas porque eu tenho medo. De alguma coisa acontecer.
  — Eu tenho dezenove anos, sou treinada para matar literalmente, eu gosto do Rafa muito antes de saber da CIA. Não vai ser fácil fazer eu esquecer dele. Ou você confia em mim ou eu saio da CIA e o convenço a sair comigo. — Falei. Eu estava nervosa mas saiu tudo naturalmente.
— Estou falando com você como minha filha.
  — Então age como um pai não como o diretor da CIA. — Interrompi.
— Eu, como seu pai, vou dar-les.um voto de confiança. Vocês podem namorar, mas se ele der um passo em falso... — Ele olhou pra mão dele fazendo sinal de pequeno.  
  — Se eles der um passo em falso eu mesmo cuido disso. — Carlos falou encostado na entrada do escritório. Eu estava muito feliz.
  — Ai meu Deus obrigada — Eu cheguei perto do Ryan e ele levantou pra me abraçar. — Obrigada pai. — Falei merda.
  — Só assim pra me chamar de pai. — Ele falou contente me apertando.
  — Eu vou dar a notícia pro Rafa. — Eu ia sair do escritório mas o Ryan me segurou enquanto o Carlos saia do escritório também.
  — Ele esta meio pra baixo perguntei o que era e ele disse que tinha falado com vocês e alguem disse merda. — Ele falou ajeitando meu cabelo. — Melhor ir falar com ele se não a sua moral baixa.
  — Okay. Obrigada Ryan.
  — Estava gostando de você me chamando de pai.
  — Tudo no tempo certo. — Falei e fui ate o Carlos. Ele esta no sofá olhando pra arma na mesa de centro.
  — Carlos, oi. — Falei e sentei na mesa de centro de frente com ele. — Eu acho lindo sabia? Você teve mais coragem de ir ser feliz com a mulher que você amava mesmo ela sendo quem ela era e os outros dois não conseguiram ser corajosos assim. Você foi incrível. E eu falei coisas nada ver. Você não tem moral baixa pra falar de mim e do Rafa. Porque você teve a coragem que a gente não teve de ser feliz sem nos importar com o que os outros pensam. Desculpa.— Falei e ele sorriu. Entao assentiu com a cabeça. Eu o abracei forte e foi retribuído
  — Como ficar magoado com você dona Tori. — Falou ele.
  — Realmente não sei.
  — Besta. — Ele me soltou e levantou comigo. — Sei que sua lingüinha está coçando pra contar pro Rafa. — Ele falou e eu ri. Sai de lá e entrei no meu carro. Corri o mais rápido que pude até em casa. Eu corri casa adentro e assim que apareci ele se levantou.
  — Mulher não some assim — Ele falou e eu pulei nele sorridente. — Que foi? Falou com seu pai?
  — Falei! Eu falei! — Disse animada ate de mais.
  — E o que aconteceu?
  — Ele autorizou a gente a ficar junto. — Ele sorriu e me abraçou mesmo eu já estando grudada nele.
  — Se já eram um grude escondidos, imagina agora que estão autorizados. — A Bianca falou e eu dei risada.
  Passamos a noite conversando, eu mais que todo mundo. Eu estava disposta e feliz plena meia noite. Então todo mundo foi dormir.

Ao amanhecer Bianca me acordou falando que era dia de visitar as crianças. Então me levantei e fomos até o orfanato.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora