No outro dia acordamos cedo com os nossos celulares tocando. Eram as coordenadas de Ryan Backer. É bem longe. Eu entrei em um banho rápido e coloquei a toalha para sair do banheiro. O Rafa ainda está aqui.— Você pode sair pra eu me trocar? — Pedi e ele se levantou para se aproximar. Eu senti minhas mãos ficarem trêmulas.
— Você fica muito. Gata. De. Toalha.— Ele me deu um beijo de, literalmente, tirar o folego. Eu estava quase soltando a toalha mas eu o distanciei. — Desculpa. Vou me arrumar. — Ele saiu e eu pude respirar fundo varias vezes até eu poder me acalmar. Coloquei minha roupa de CIA prendi meu cabelo e desci. O Rafa está quase pronto espero. Então todos desceram.
Fomos para a tal casa no meio do nada.
— Bom vamos logo. — Falei saindo do carro. Tem uma floresta até a casa.
— Vamos nos separar. Caso algum deles sinta a nossa presença — Rafael falou e nos separamos. Eu nunca fui boa em andar em lugares grandes sem me perder. Tenho péssimo senso de direção. Então em menos de uma hora eu não sabia onde eu estava. Guardei minha arma e comecei a procurar a casa. Então arranhei muito meu braço numa árvore.
— Merda. — Reclamei. Acho que agora não pode piorar já que começou a chover. Estava tudo embaçado mas enxerguei uma pessoa chegando perto. Pensei ser o Rafa mas era um estranho com uma arma. Deve ser um dos cinco. Então eu peguei minha arma. Eu ia ameaçar ele mas então apareceram mais outros dois. Eu fiquei parada olhando a situação. Eu suja, com frio, machucada e com um pouco de medo junto com três assassinos armados. Eu atingi o que esta com a arma. Então os outros dois vieram pra cima de mim. Eu ia atirar mas eles tiraram a arma de mim. Então lutei com eles. Eu estava em desvantagem ali mas mesmo assim bati muito neles. Então apareceu mais um. Ai merda. Eu estava cansada. Eu me ajoelhei afobada no meio deles. Esperei ser atacada mas então ouvi tiros. Dois corpos caíram. Eu continuei de olhos fechados.
— Não se aproxime dela. — Era a voz do Rafa. Ele atirou em um mas o outro chutou meu peito e minha cabeça bateu em alguma coisa que me fez sentir muita dor.
*Rafael*
Quando nos separamos eu avistei a casa e ao meu lado estava o Max e o Jus. Os que eu precisava. Então invadimos a casa. Mas tinha alguma coisa errada. Estava vazia.
— Eles fugiram. — Falei saindo correndo. — Vamos nos separar de novo.
— Se acharem atirem sem exitar. — Max disse e a gente correu para diferentes lugares. Eu ouvi som de briga e corri seguindo o som. Então ao chegar lá vi um morto e outros três em volta da Tori. Eu atirei em um. Depois em outro. Mas um deles empurrou ela e a cabeça dela bateu em uma pedra. Era de porte médio mas foi preocupante. Eu peguei ela no colo e liguei pro Max.
— Onde você está? Eu não achei ninguém. — Ele disse.
— Matei todos. Mas a Tori. Ela está ferida. Onde você está? — Eu perguntei mas ele ficou quieto. Então ouvi passos correndo perto dali. Era ele afobado.
— Vamos levar ela pro hospital. Agora. — Ele falou e a gente correu até os nossos carros. Ela geralmente acorda mas hoje ela esta totalmente apagada. — Melhor ligarmos pros outros, então a gente vai. — Ele ligou um por um ate todos chegarem.
— O que aconteceu? — Bi perguntou vendo ela no banco de trás do carro.
— Ela bateu a cabeça em uma pedra. — Falei. — Temos que ir pra um hospital. Agora.
Fomos todos a caminho do hospital. Parecia que o hospital estava a muitos quilômetros de distância. Assim que chegamos no hospital eu levei ela pra emergência e a coloquei numa maca. Eu falei a situação dela então a levaram o mais rápido possível sei lá pra onde. Eu respirei fundo tentando manter os pensamentos positivos.
— Pai, — Eu liguei pra ele — a gente foi na missão. Concluímos.
— E porque sua voz está estranha? — Ele perguntou e ele parece estar comendo.
— A Tori, ela machucou a cabeça em uma pedra. Estamos um hospital. Queria que falasse pro Ryan com jeito.
— ELA O QUE? — Ah merda viva voz eu odeio você.
— Ryan, ela bateu a cabeça mas ela está bem... Espero. — Falei. E eu realmente espero que ela esteja bem. Eu esperei uma resposta mas ele tinha desligado na minha cara. Já é a segunda vez. Por dentro eu estava destruído e culpado. Eu podia ter atirado logo de cara.
Fiquei uns minutos olhando pra nossa aliança então o Ryan chegou furioso em toda a extensão da palavra. Ele se aproximou e eu não me movi.
— Cadê ela? — Ele perguntou.
— Provavelmente levaram ela para fazer uma tomografia. — Falei sarcástico e o meu pai sentou do meu lado.
— Eu sei que está preocupado mas não precisa agir dessa forma. — Falou ele quando o Ryan se distanciou para perguntar a alguém dela.
Se passou duas grandes e horrorosas horas então o medico voltou e disse que ela estava no quarto. Ela está bem, ótima, mas precisa esperar ela acordar para ver se vai acontecer alguma coisa.
— Bom, ela vai demorar um pouco para acordar. Talvez amanhã. Se quiserem podem ir embora. — O médico disse — Os senhores parecem ser homens importantes, devem ir embora descansar. — Ele falou e os dois se olharam.
— Podem ir eu fico aqui com ela. — Falei e os dois demoraram mas foram embora. Assim como todo mundo. Mas todos disseram que voltam as seis da manhã, logo cedo.
Entrei no quarto e a vi paradinha lá, ela parece bem só com uma faixa em volta da cabeça. Eu me sentei no sofá e fiquei olhando pra ela por um tempo. Então depois eu cai no sono mesmo não querendo...
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Dreaming out loud
AdventureTori pensava que sua vida já não era normal quando era adolescente. Mas quando conhece seu pai e sabe da sua verdadeira linhagem sua vida muda completamente e então nota que sua vida antiga era mais do que normal. E Rafael faz parte dessa loucura in...