Sei de muitas coisas

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  — Sabia.

  — E sabia que ele vai voltar a dirigir a CIA com seu pai?

  — Eu sei de muita coisa, Rafael.

  — E por que não me contou?

  — Era pra ser uma surpresa.

  — Estou surpreso.

  — Mas queria que a gente estivesse numa boa quando ele chegasse. — Falei olhando pras nossas mãos dadas.

  — Desculpa, eu não devia ter feito aquela tempestade por conta de um tarado descarado. — Ele falou e eu dei risada. — Eu te amo e eu não gosto de ver outro cara se aproveitando de você. Eu só não fui pra cima dele aquela hora porque poderia levar um tiro e não queria te deixar sem minha linda carinha esculpida pelos anjos. — Ele disse exibido. Então pegou as minhas pernas e me aproximou dele. — Você me desculpa? — Ele perguntou passando o dedo no meu rosto.

  — Não tem como dizer não pra você peste. — Falei e ele me beijou. Eu me soltei e ele ficou de olhos fechados esperando — Você beija muito melhor que ele.

  — Ele quem? Caio ou Brian?

  — Os dois. — E voltamos onde tínhamos parado. Então bateram na porta.

  — Filho, ta na hora de sair daí. — Carlos falou e o Rafa riu no meio do beijo me abraçando.

  — Meu pai ta acabando comigo e não faz nem uma hora que ele está aqui. — Ele falou e eu ri. Me agarrei e ele levantou comigo na cintura dele. Me soltei dele e abri a porta.

  — Boa noite Carlos. — Falei e o Rafa saiu do quarto.

  — Já se acertaram? — Ele perguntou.

  — Nada que quatro paredes não resolvam. — Rafa disse e eu coloquei a mão na frente no meu rosto rindo envergonhada.

  — Vai logo pro seu quarto menino. — Carlos falou batendo na cabeça dele. Depois que eles saíram da porta do meu quarto eu coloquei a cabeça pra fora e gritei:

— Amanhã sete horas você tem que estar acordado. Temos que fazer aquele negocio lá pro Braga. — Falei e ele deu sinal positivo com a mão entrando no quarto dele. Eu me deitei e dormi no mesmo instante.

  No outro dia acordei super cedo, estava nervosa porque eu não queria fazer algo ruim. Então me arrumei e desci tomar café. Quando estavam todos a mesa começamos a comer.

  — Turma. Hoje a gente vai roubar dois caminhões de gasolina. Vou tentar achar alguma pista de quem é realmente o chefão de lá.

  — Não é o Braga? — Rafa perguntou.

  — Não, ele não ficaria tão exposto. O Braga é um tipo de escudo pra esse cara. Ele se esconde atrás do Braga. Ele disse "é melhor esse serviço ser bem feito pra agradar o chefe" lembra?

  — Naquela hora só conseguia lembrar daquele beijo nojento que aquele cara deu em você. — Rafa falou bebendo suco.

— Mas então... Pode ser que ele esteja lá hoje. — Falei e o Carlos deu a opinião dele.

  — Aconteça o que acontecer não percam o disfarce até vocês terem certeza de quem é quem e do que eles vão fazer. Peguem ele de surpresa. Hoje vocês vão ter que fazer tudo mesmo sendo errado. — Carlos falou e a gente concordou. Fomos pra fora e entramos em outro carro. Depois de vinte minutos chegamos no ponto de encontro e tinha vários outros corredores incluindo o Brian.

  — Oi... Julie! — tinha quase esquecido que esse era meu nome pra ele. Me virei e ele parou na minha frente.

  — Hoje vamos trabalhar em duplas. No mesmo carro. Nós vamos trabalhar juntos. E a Janice com aquele ali. — Ele apontou pro rafa. Eu virei e vi os dois conversando. Me voltei pro Brian.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora