Vai ter que pedir

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- Nada inovador. - Respondi mas não consegui me soltar.

- Calma. Deixa eu terminar. - Ele pediu me olhando nos olhos. - As colocaria no meu pescoço. Então eu colocaria uma mão na sua cintura, a outra no seu rosto. Colaria seu corpo no meu e... - Ele parou junto com minha respiração. Porque com toda certeza meus pulmões não estavam funcionando.

- E? - Perguntei olhando pra sua boca.

- E esperaria você pedir. - Ele falou passando a língua nos lábios. - Porque você vai ter que pedir. - Ele disse se aproximando. Ele tirou a mão da minha cintura e abriu a porta do meu quarto me colocando pra dentro. Eu me soltei mole e ele fechou a porta.

- Meu Deus do céu. - Falei colocando a mão no meu peito. Preciso de um banho. Gelado. Após trancar a porta do quarto fui ao banheiro e me coloquei debaixo do chuveiro com água gelada. Quando me acalmei sai, me troquei e deitei. Fiquei fitando o teto por um tempo e sai beber água no refeitório. Encontrei com o Charles ali. Parado pensando em algo.

- Boa noite Charles, algum problema? - Perguntei me servindo um copo de água.

- Não, Agente Backer. Estou só pensando no que a senhorita vai preparar pra gente amanhã. - Ele disse rindo, mas de nervoso.

- Estou fora do horário de serviço. Pode me chamar de Tori.

- Então pode me chamar de Chuck. - Eu assenti.

- Relaxa. Só quero ver como vocês são na prática. Na teoria, pelo menos o Artur, parece ser invencível. Veremos. - Falei.

- Olha, ele é bom com enigmas, investigações mas na hora do vamos ver ele não é muita coisa não. - Ele falou bebendo um pouco de água.

- Então Chuck, me conta sua história. Como veio parar aqui?

- Eu sou um herdeiro. Meus pais eram da CIA, mas faleceram, há não muito tempo. Nada a ver com a CIA, nem nada, foi acidente de carro. Então eu estava sozinho, Noah foi até mim e me trouxe até aqui. E está me fazendo ser o que sou. - Ele falou. - Agora me conta sua história, Tori.

- Bela história, por sinal. Sinto muito pelos seus pais. De verdade. - Ele assentiu em agradecimento. - Bom, nunca havia visto meu pai, porque de acordo com ele, se eu soubesse de sua existência estaria correndo perigo. Vim parar aqui porque a família do meu amigo, Rafael Bennet, queria matar a mim, pegar ele, e fugir. Então nos trouxeram pra cá, no entanto era só para ficarmos protegidos. Então eu quis treinar, nada me protegeria mais do que saber me defender, certo? Então comecei meu treinamento, com a supervisão do Scooter mas quem fez o trabalho árduo foi meu pai, Agente Max, Agente Justin. Eles me fizeram ser o que eu sou hoje.

- Uma das melhores agentes da CIA?

- Uma Agente, integra, que respeita meus superiores, sabe lidar com muitas situações, uma pessoa melhor. Não só uma agente. Uma pessoa, com propósitos e objetivos. - Falei. - Quero cuidar para que cada um de vocês entenda, que aqui não é questão de um ser melhor do que o outro. É cada um dar o melhor de si para ser bom na sua maneira única e específica. Para ajudar o próximo. - Falei e ele concordou.

- Me deixou sem palavras. Mas espero ser um dia um Agente como a senhorita.

- Você vai ser. Eu tenho certeza. - Falei. - Agora vou dormir porque daqui a pouco tenho uns agentes encrenqueiros pra cuidar, você acredita? - Disse sarcástica.

- Que descaramento. - Ele disse seguindo minha "piada".

Quando amanheceu, quis dormir um pouco mais pois demorei a pegar no sono noite passada. Mas lembrei que tenho um compromisso daqui a pouco. Então tomei um banho rápido, coloquei meu uniforme, meu cinto 1001 utilidades, prendi meu cabelo, passei perfume e sai. Fui até o refeitório peguei minhas coisas do café da manhã e me sentei. Comi rápido porque queria chegar antes no Alaric. Então corri até ele quando terminei.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora