Me explica

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  — Melhor não entrar lá agora. — A Bi falou.— Ele acabou de dormir.

  — Como foi?

  — Como foi o que?

  — Me explica como ele se feriu.

  — Eu estava dando bobeira na frente do carro, bem a frente da casa, o Rafa tava atrás da van arrumando a arma então ele viu o cara lá em cima prestes a atirar e veio na minha frente. Ele estava com colete mas mesmo assim a bala entrou. Ele fez isso pra me proteger. Ele não tem culpa. — A Bi disse e eu fiquei "orgulhosa" do ato dele para proteger minha melhor amiga. 

  — Mas e ai. O refém esta seguro?

  — Não conseguimos pegar os caras nem o refém. Quando ele atingiu o Rafa começou a atirar com o capanga dele e a gente teve que sair de lá. — Jus falou e o Médico veio ate nós.

  — Ele acordou de novo perguntando daquela garota. Vocês a chamaram?

  — Eu, cheguei. — Falei me levantando. Entrei no quarto e ele sorriu pra mim.

  — Oi — Ele disse e eu me aproximei.

  — Quando você melhorar eu vou te matar. 

  — Não ia conseguir viver sem esses olhos azuis. — Ele colocou a mão no meu rosto e me puxou devagar pra um beijo.  

  — Foi muito bonito o que você fez.

  — Pensei nos meus melhores amigos, em você e que eu ia aguentar firme. Ela já ia fazer drama. Eu sei. 

  — A dramática sou eu.

  — Mas depois da CIA ela ficou mais dramática que você. 

  — Melhor você descansar pra podermos sair desse hospital. Você sabe que eu não gosto. — Falei e ele assentiu me puxando pra outro beijo. No meio ele olhou nos meus olhos.

  — Eu te amo — Ele falou e o médico voltou. 

  — Não faça ele se esforçar de mais agora. Mais tarde ele vai estar melhor. — Eu sai e mandei um beijo pra ele. Saímos para almoçar, juntos, faziam dezessete horas que eu não comia nada. Depois do almoço me levaram pro hotel e eu entrei no meu quarto indo direto pra cama. Mas pensei na missão. Ele atirou no Rafa querendo matar minha melhor amiga e minha turma. Minha equipe. Os homens são espertos, qualquer movimento estranho perto deles que tenha cara de agente eles vão desconfiar. Então tenho que ser natural. Me vestir naturalmente e levar apenas duas armas pequenas comigo. Vai ser rápido, se eu quiser doloroso e dramático. A melhor coisa a se fazer é me infiltrar onde eles estiverem. Eles pensam que com um agente ferido o rest uo da equipe vai ficar na encolha por uns dias então eles vão andar pelas ruas tranquilamente essa noite. Então vou dormir, descansar porque de noite tenho que matar dois caras... Sozinha. 

De noite eu acordei disposta. Coloquei uma roupa simples mas que chame a atenção de dois caras. Um short, uma regata curta e meio justa, por cima uma jaqueta jeans para poder colocar o suporte pras armas e munição. Pela primeira vez desde o meu aniversário de dezesseis fiz uma maquiagem mais produzida. Quando fiquei pronta peguei meu celular e algum dinheiro e fui a procura de algum lugar onde eles iriam. Depois de um dia cansativo onde dois bandidos iriam? Um bar. Avistei um meio vazio e entrei. Eu me sentei, cruzei minhas pernas e olhei pro lado descaradamente e eles estavam olhando. Eu joguei meu cabelo desajeitado e procurei algum barman. Então um apareceu com uma bebida, sem eu ter pedido nada. Quando ia falar alguma coisa um deles apareceu do meu lado. Feio, ele não é.

  — Você parece precisar de uma bebida.

  — Só parece. Ainda estou de ressaca por ontem. — Falei arrastando a bebida até ele — Mas você parece tenso. Aceite essa bebida em meu nome. 

  — Se ao menos soubesse seu nome. — Ele falou.

  — Ronnie. — Falei, nome legal mas não é o meu.

  — Matt. E aquele é meu amigo Tayler. — Ele apontou pro amigo e ele levantou a bebida. 

  — Prazer. Acho que aqui esta muito quente, que tal nós três darmos uma voltinha? — Falei descendo do banco ficando na frente dele. 

  — Claro. — Ele pagou as bebidas e chamou o tal amigo dele. Fomos pra rua e começamos andar sei lá para onde.

  — Vocês são daqui?

  — Não. Estamos de passagem. — O amigo dele riu ironicamente. 

  — E vocês estão em um hotel ou em alguma casa?

  — Uma casa claro, onde tem mais espaço. Pra mais pessoas. — Tayler disse e se referiu indiretamente ao refém.

  — Vocês poderiam me mostrar? Estou de bobeira e queria conhecer a casa de vocês, se não for incomodo. — Falei e eles se olharam. 

  — Acho que não tem problema. É aqui perto vamos.— Eles disseram e eu os segui. Chegamos na tal casa. O Tayler parou na porta e o Matt colocou a mão na minha cintura — Vou te mostrar a casa. — É agora, pensei. Fomos pro andar de cima da casa e quando estávamos no corredor abri uma porta puxando ele pra dentro. Era um quarto. Eu coloquei as mãos no pescoço dele e ele veio querendo me beijar e sentiu minhas armas quando eu estava pegando corretamente no pescoço dele. — Isso são... — Ele falou e me olhou com medo. Eu quebrei o pescoço dele e coloquei o corpo deitado na cama para não fazer barulho e desci. O outro esta sentado na sala mexendo no celular. Eu mirei corretamente na cabeça dele mas ele levantou e me viu com a arma. Ele ia pegar a arma mas eu atirei no peito dele. Mas não saiu sangue. Colete. Ele caiu pela pressão da bala então me aproximei e atirei umas três vezes ate perfurar e sair sangue o bastante para saber que ele vai morrer. Com isso respingou sangue no meu tênis e no sofá.

  — Opa, manchei o sofá? — Falei ironicamente e desci ao porão. Tinha um cara de mais ou menos quarenta anos, lindo em toda a extensão da palavra. Ele ficou com medo ao me olhar. Liguei pra FBI antes de me aproximar. — Agente Tori Baker da CIA. Estou em Moscou, Rússia com um refém em mãos e dois corpos. Queria pedir para mandarem reforço para pegarem os corpos enquanto levo o refém em segurança para casa. — Falei.

   — O.k., logo estarão ai. — E desligou. Eu me aproximei e ele parece mais calmo agora. 

   — Olá, eu sou Tori da CIA. O senhor esta ferido? Com alguma dor? — Perguntei soltando ele e tirando a mordaça de sua boca. 

   — Estou ótimo senhorita, jamais poderei retribui-la por salvar minha vida. — Ele falou levantando e pegando minha mão. Ele a beijou e me olhou. — Meu nome é Stefan Wilson.

  — Certeza que o senhor é Russo?

  — Minha mãe era russa, mas meu pai americano. Eu nasci e cresci na Rússia. Mas amo a América.— Ele falou sorrindo. Orientei ele a descer e tinha um carro na garagem. Fiz ligação direta e o levei para sua casa. — Por favor, entre, se limpe e poderemos conversar.  

  — Desculpe Senhor Wilson, eu tenho que ir ao hospital, meu... Amigo se feriu ontem ao tentar salvar o senhor e preciso vê-lo. A FBI irá procura-lo para saber se esta realmente bem. Talvez ainda hoje. — Falei.

  — Muito obrigada senhorita. — Ele falou beijando minha mão mais uma vez.

  — Magina, estava fazendo meu trabalho. — Falei e ele saiu do carro.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora