Nos sentamos todos na grama um ao lado do outro em uma roda. Mas todos quietos ouvindo os grilos.— Ahn. Que tal alguém cantar? — Propus. Ninguém. — Vou pegar meu violão. Então eu escolho alguém para cantar. — Falei e levantei. Fui até o meu quarto e voltei pro jardim. O Rafael estava trocando mensagens com alguém. Minha vontade era realmente ir até ele e perguntar quem era. Mas então me controlei, contei até vinte e me sentei do lado da Bianca. — Guarde o celular Bennett. — Falei e ele guardou.
— Sim professora. — Disse ele.
— Já que você demonstrou cantar melhor que todos esperavam, você começa Bennett. — Falei. — Qual música?
— Ah não Tori, eu não levo jeito para isso. — Ficamos todos olhando pra ele. Esperando a música. — Just the way you are. — Falou já que não tinha outra alternativa.
— Me recuso. Escolhe outra.
— Ou é essa ou eu não canto. — Ele falou desafiador.
— Eu toco. — Justin se propôs. Ele pegou o violão e começou a tocar. Mas o celular do aluno ex prodígio vibrou. — Nossa cara quem é? — Jus perguntou impaciente.
— Não te interessa. — Ele falou e respondeu.
— Me dá logo essa merda. — Max pegou o celular da mão dele. O Rafael ficou branco, nervoso com a situação. Mas Max só pegou e guardou. Rafael começou a cantar e no meio da música ele olhava pra mim enquanto todo mundo olhava pra ele. Rafael nunca foi de cantar. Nem de expressar seus sentimentos. O Rafael do Brasil é outra pessoa comparada ao Rafael de hoje. Ele não cantava nem no banheiro. As garotas se jogavam aos pés dele e hoje, sem querer me vangloriar com isso, ele gruda em mim feito carrapato. Enfim, ele terminou de cantar e só o Max e a Bi bateram palmas pra ele.
— Você canta. E bem. — Sara disse meio (muito) impressionada.
— Agora passo a vez pra Tori.
— O.k. Vocês escolhem. — Falei.
Nessa brincadeira ficamos até meia noite cantando e tocando do lado de fora de cara. Então fomos dormir. Eu estava cansada então assim que deitei dormi.
No outro dia logo cedo o Max me acordou num ato desesperado.
— Que foi?
— Missão. Vamos. — Ele falou.
— Vou me trocar.
— É urgente Tori. Scooter está aí meio desesperado lá embaixo. Rápido. — Desci arrumando o cabelo.
— Gente, vou falar rápido porque não temos muito tempo. No banco central tem dez caras mantendo vinte reféns lá dentro. Tem muitos civis feridos lá por perto. Eles tem muitas armas e a polícia não está dando conta. Precisamos de vocês lá. Agora! — Scooter estava bem nervoso.
— Mas só nós?
— A FBI estará lá senhorita Backer. Agora vão se arrumar. — Ele mandou. Subimos todos correndo. Nunca me arrumarei tão rápido como me arrumei agora. Peguei minha melhor arma mas conhecida como bebê por todos e desci. Estavam todos prontos na mesma hora por incrível que pareça. Entramos nos carros mais rápidos. Eu, Max, Rafael e Sara no do Rafael. E Jus, com Bi, Andrew e Jeremie no da Bi. Chegamos no banco e estava tudo um caos.
— Preparada? — Perguntaram pra mim. Era minha primeira missão depois de quatro meses.
— Nasci preparada. — Fomos para perto da FBI. Eles estavam nervosos e vimos vários carros de policia e ambulâncias perdidas por ali. Alguns feridos e muitos tentando conter os assaltantes.
— São da CIA?
— Somos.
— Ótimo. Temos uma das nossas ferida no meio do tiroteio. O melhor jeito de atacar são por esses lados. — O delegado mostrou quais são os melhores lugares para entrarmos. — A primeira coisa é resgatar nossa policial. Ela esta muito ferida e esta perdendo muito sangue. — Ele falou.
— Eu vou lá. — Jeremie falou e a Sara ficou apreensiva (?).
— O que? — Ela falou.
— Eu sou rápido mas antes de ir... — Ele deu um selinho na Sara e saiu de lá. Ele ficou vermelho. Parecia um pimentão. Então correu enquanto atiravam mas não acertam ele. O Jeremie os distraiu então fomos eu, Rafael e Bianca para um lado. Justin, Max, Andrew, Jeremie e Sara para o outro. Eles estavam sem balas então começaram a recarregar as armas. Tinha uns que estavam distantes. Então eu vi o Max atirar neles. Os três caíram. Então os outros sete. Os reféns estão todos amarrados em círculo no meio deles tinha um detonador.
— Não vamos conseguir matar um sem que eles atirem em algum refém. — Falei baixinho. — Não podemos correr esse risco.
— Então qual sua ideia? — Perguntou Bianca.
— Prestem atenção. Rafael, manda uma mensagem pro Max. Avisa que ao meu sinal vocês devem atirar o mais rápido possível neles.
— O que? — Rafael perguntou — Ao seu sinal?
— Eu vou entrar lá no lugar dos reféns. Vai dar tudo certo. — Antes que eles falassem alguma coisa eu disse em qual cada um iria atirar para dar certo. Dei minha arma pra Bianca. — Cuidado.
— Cuidado você lá dentro.
— Disse cuidado com minha arma. — Rafael riu e deu sinal positivo pra mim. Eles se separaram e eu entrei no banco com as mãos pra cima. — Calma. Eu estou sem armas. — Falei e os reféns me olhando com aquele olhar de medo. Como se pedissem socorro.
— Revistem ela. — O cara que parece ser o centro de tudo. Ele esta com um controle na mão e uma arma na outra. Veio um cara e me revistou na frente, depois me virou e estava relando de mais. Dei um passo pra frente.
— Está limpa.
— Solta os reféns e eu ajudo você a abrir o cofre. Não é isso que quer? — Perguntei.
— Quem me garante.
— Eu sou da CIA. Se eu quisesse você estaria morto agora. — Falei e ele acreditou.
— Pode soltar eles mas nada de gracinhas. — Iludido. Dessamarrei um por um e mandei eles saírem e procurarem um homem alto com olhos claros e com terno. Chamado Scooter. Eles saíram e ficou somente nos oito aqui. Eu parei na frente deles. Os sete estão parados em fila indiana na minha frente. E atrás deles tem minha equipe. Rafael ergueu três dedos enquanto o cara fala um monte de coisa. Ele abaixou um, depois outro e quando faltou abaixou o ultimo todos atiraram no mesmo instante. Eu pensei que estava tudo acabado mas antes que o cara caísse ele atirou em mim. Porque eles simplesmente não caem e eu saio sem uma bala enfiada no meu corpo? Eu coloquei a mão no lugar e está sangrando muito. É ombro, de novo. Mas desta vez está saindo mais sangue e doendo mais ainda. Eu cai meio sentada e todo mundo apareceu. O Rafael me pegou no colo e me levou pra fora correndo.
— O que aconteceu? — Scooter perguntou assim que saímos do banco.
— Cai de bicicleta. — Falei e senti dor de novo.
— Vai ficar tudo bem anjo. — Rafael parece nervoso.
— Ai que fofo. — Sara falou.
— Fofo nada Sara, ela esta com uma bala no ombro. — Bianca falou.
— Do que me chamou? — Perguntei pro Rafael. Minha visão estava meio turva e minha audição estava meio distante tudo ficou meio escuro e eu fiquei sem força pra manter a cabeça levantada.
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Dreaming out loud
AdventureTori pensava que sua vida já não era normal quando era adolescente. Mas quando conhece seu pai e sabe da sua verdadeira linhagem sua vida muda completamente e então nota que sua vida antiga era mais do que normal. E Rafael faz parte dessa loucura in...