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Bebi tanto que parecia que tinha voltado a minha festa de dezesseis anos. 

  *Bianca*

Depois que eu fui pro refeitório o Rafa apareceu com cara de quem estava estressado. Eu ia falar com ele mas vi um garoto de longe me olhando. Então tentei agir naturalmente. Peguei meu jantar e me sentei sozinha. Então senti alguem se sentar ao meu lado. Olhei e é o garoto bonitinho. 

  — Oi. Eu te observei. Você é nova aqui certo?

  — Sou. Cheguei aqui hoje. Com minha amiga que esta no quarto e aquele rapaz ali. Somos todos amigos. — Deixei claro.

— Ah. Bom saber que são só amigos. — Ele falou sorrindo. Vamos flertar já que o Alex praticamente não andou pra frente desde que nos beijamos. — Sou Justin... Qual seu nome?

  — Bianca. Prazer. — Falei e ele sorriu pra mim. A gente ficou só se encarando ate o ser que é meu progenitor apareceu. 

  — Senhor Justin... 

  — Sim agente Christian. 

  — Nada, cuidado com minha filha. Estou de olho. — Ele falou e se distanciou. 

  — Você é filha dele?

  — Pra minha infelicidade sim. Mas não somos próximos nem nada disso. Então relaxa. — Dai o Rafa se sentou na nossa frente. — Você viu a Tori?

  — Não vi nem quero ver. Bom, na verdade eu vi mas acho que agora ela nem quer me ver. Melhor ir lá, saber como ela esta. — Ele disse seco. Me levantei e o Justin pegou meu braço.

  — Tenho que ir agora Justin, mas amanhã quem sabe a gente se fala. — Eu falei e dei um beijo na bochecha dele, só porque o Christian estava olhando. Fui pro quartos estava aberto. Ela esta sentada no chão bebendo cerveja enquanto chora. Não é possível. 

  — Oi. — Ela falou e bebeu mais um pouco. 

  — Porque esta bebendo? Onde arrumou bebida? — Perguntei trancando a porta. Tirei as dez garrafas vazias dali e ajudei ela a levantar. Levei ela pro banheiro e enfiei ela debaixo da água gelada. 

  — Por que faz isso comigo? Esta gelada. — Ela parecia criança reclamando.

  — Porque você esta completamente bêbada e se seu pai aparece aqui agora ele vai te dar uma bronca. — Falei.

  — Ele não tem o direito de me dar uma bronca depois de dezessete anos. — Ela falou menos enrolado. Agora ela já sabe o que faz. Então sai dali e fui ate a cozinha no refeitório e peguei uma caneca com café extremamente amargo. Cheguei de volta no quarto e ela esta trocada na cama chorando ainda. 

  — O que foi tori? Por que ta chorando? — Eu perguntei sentando na frente dela. 

  — O Rafael... Ele falou que eu sou mimada e que eu penso que eu sou o centro do mundo. Que ele me esqueceu e que eu devia esquecer ele também. Eu terminei com o Caio porque eu vi que o Rafael era o cara que valia a pena lutar. Ele falou que não ia esperar pra sempre por mim. Então, quer saber? Eu vivi um ano sem ele posso viver o resto da minha vida. Tem gente melhor por ai. — Ela falou limpando o rosto e indo ate as coisas dela. 

  — O que está fazendo? — Eu perguntei. 

  — Vou devolver o colar e a carta da vó dele. Quero esquecer dele de todas as formas possíveis. — Ela pegou o portas jóias e a carta e saiu do quarto. Fui atrás e vi o Rafa com o Justin quase entrando no quarto. Eles pararam e o Rafa de costas pra nós. — Toma o colar da sua vó. Esquece que eu existi. Pode ser?— Ela perguntou e jogou o porta jóias no peito dele junto com a carta. Ele não falou nada e entrou no quarto. — Ai que raiva. — Ela disse entrando no quarto novamente. Eu me deitei e chegou um cara no quarto. Ele é alto, careca, acho que tem nossa idade e tem olhos incrivelmente azuis.   

  — Meninas, esse é o Agente Max, ele entrou aqui com dezesseis então já é um agente. Ele vai ajudar vocês. — O Ryan disse. E a Tori quieta.

  — Prazer, Max. — Falei levantando. Ele me cumprimentou. O Ryan foi embora e ele se instalou.

  — Oi, como é o nome de vocês?

  — Você sabe. — Tori disse. 

  — Sei mas quero criar um dialogo. 

  — Sou Tori. Essa é a Bianca. — Tori disse. 

  — Acho melhor ir pegar algo pra você comer. Tenta falar com ela. — Eu sai dali e fui ate o refeitório pegar comida pra ela.  

  *Tori*

Depois que a Bi saiu o Max se sentou na minha cama. 

  — Tudo bem?

  — Não. — Me senti bem de falar sobre isso com ele. 

  — Posso ajudar em alguma coisa? — Disse que não com a cabeça porque se eu falasse alguma coisa ia chorar, tenho certeza. — Quer chorar né? — Ele falou e eu fiz que sim com a cabeça. — Eu sirvo como ombro se quiser, pode ser? — Ele disse se aproximando. Ele sentou do meu lado e eu o abracei enquanto chorava. — É melhor se você dividir. 

  — Como vou saber se você não vai dizer pro Ryan o que eu disse? — Falei.

  — O Agente Ryan é o Diretor da CIA mas isso não quer dizer que eu vá dividir seus motivos de choro com ele. Pode confiar em mim.

  — A questão é que eu te conheci agora. E também, eu sinto que posso confiar mas ainda não sei...

  — É coisa do coração né? — Fiquei quieta. — Eu já passei por isso ha uns meses. Peguei ela me traindo na cara dura com o meu inimigo aqui dentro. Foi horrível. 

  — A garota é no máximo burra pra te trocar. 

  — Obrigada... Mas, voltando, eu não tinha ninguém pra desabafar e eu fiquei péssimo. Por que o melhor jeito dr fazer a dor passar é dividir ela com alguém. — Ele disse.

  — Ou sofrer em silêncio.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora