Café da manhã

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  O Justin que abriu a porta.

  — Qual é o seu problema?

  — Quê?

  — Vocês recebem a Tori aqui e embebedam ela. — Não me deixaram terminar de falar...gritar.

  — Mas a gente deixou ela em casa. — Bianca deu ênfase no "a gente" mas ela quis dizer Justin.

  — O.k., deixaram, mas e depois? Vocês somente deixaram uma garota completamente bêbada solta em um novo prédio. Sozinha. Se alguém estranho entrasse lá... Se ela saísse! Já imaginou? Ela não conseguia se manter em pé! — Eu estava gritando muito e com isso fui indo pra cima do Justin. Ele apenas recuou então me empurrou. Eu respirei fundo.

  — Cara eu não tenho culpa! — Justin, cala boca.

  — NÃO TEM CULPA? NÃO TEM CULPA! — Eu falei irônico e dei as costas pra ele. Sai de lá batendo a porta. Eu sei que estou exaltado, cansado psicologicamente, nervoso e preocupado ainda.

  Fui pro meu apartamento e me joguei no sofá exatamente como meu pai fez há algumas horas atrás. E respirei fundo algumas vezes e subi para tirar aquela roupa úmida. Voltei a deitar só que em minha cama. Mas me virei cerca de três horas seguidas até eu pegar no sono.

  Mas logo acordei. São cinco da manhã e eu já estou de pé. Peguei meu celular e digitei o numero da Tori. Cada toque parecia que demorava décadas e décadas. Então ela atendeu e soltou um breve bocejo.

  — Hum. — Ela tecnicamente fez um gemido.

  — Bom dia meu anjo.

  — Rafa? Que horas são? — Sua voz está rouca mas ao mesmo tempo adorável.

  — Ahn, cinco da manhã.

  — Fala sério. Estou de res... — Ela parou.

  — Ressaca. Eu sei. Fui ai na noite passada se lembra?

  — Veio? Onde eu estava? Quem me trouxe pra casa? — Ela parecia um tanto desesperada. E eu novamente irritado. Mas jamais vou transparecer isso à ela.

  — Eu posso ir ai? Eu te proponho fazer um café da manhã. — Falei o mais calmo que consegui. E conseguia sentir seus lábios se transformarem em um sorriso.

  — O.k... Amor, traga algum remédio para dor de cabeça. Estou com muita dor. — Ela pediu.

  — Logo estou ai. — Vesti uma calça jeans preta, peguei uma camisa e fui ao banheiro. Quando sai de lá desci correndo com a camisa ainda não mão. Então meu pai entrou novamente e desta vez me assustou. Quase peguei uma arma ali para atirar mas então o reconheci antes. Coloquei minha camisa e peguei minhas coisas.

  — Onde você vai?

  — Apartamento da Tori. Ela está de ressaca. — Falei saindo e deixando ele sozinho por lá.
Passei em uma farmácia e peguei um remédio para ela. Então corri o mais rápido que pude até chegar lá. Ao chegar ela apertei a campainha e a empregada abriu. Eu entrei e a vi sentada no sofá assistindo desenho animado. Está com o mesmo roupão da noite passada. Eu me aproximei e ela me viu. Se levantou e me abraçou pela cintura forte.

  — O que foi? — Perguntei baixinho a abraçando também.

  — Eu estou brava com você mas ao mesmo tempo me sinto sozinha e... Frágil. — Ela falou e me soltou. A olhei nos olhos e ela parecia indefesa realmente.

  — Eu vou sempre estar aqui, meu anjo.

  — O que houve na noite passada?

  — Bom, eu não sei ao correto o que houve. Tiro conclusões pelo que eu notei. Agora vem. Vou lhe fazer waffle. — Ela foi na frente até a cozinha e se sentou à cadeira. — Está brava comigo porque...

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora