Natal

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  Depois de mais ou menos um mês a gente tinha aprendido muita coisa. Eu, nos tempos que tínhamos livres aprendia mexer em carros com o mecânico. Então, no natal, os agentes, e os quase agentes como nós, decidiram fazer um "amigo invisível". Dia dez de dezembro tiramos os nomes e seria muita coincidência se eu tivesse tirado a Tori certo? Eu tirei ela. Então fiquei pensando durante dias o que eu ia dar pra ela. Mas já que tenho um carro em minhas mãos e ela vai fazer dezoito quando sair... Não vou dar o carro pra ela. Vou fazer uma surpresa daqui alguns meses. Então eu falei com o Christian, que é mais sensato, se eu podia sair comprar alguma coisa. Ele disse que era melhor comprar pela internet. Ou alguem de lá iria comprar pra mim mas eu não era seguro sair. Então falei com essa pessoa como a Bi e a Tori e ele foi comprar. 

  Então,finalmente, hoje acordamos todos uns trinta minutos mais tarde. Coloquei uma roupa normal porque hoje não vamos treinar. Sai do quarto e fui falar com o tal cara que foi comprar o presente. Ele me entregou, já esta embrulhado. Levei pro meu quarto e sai de novo. Faz um mês que eu e a Tori não estamos nos falando. Ela só diz oi. Então quando sai de novo ela estava abrindo a porta pra entrar. 

  — E ai. — Falei 

  — Oi. — Ela estava com algo nas maos então entrou e fechou a porta. 

  — Estou bem,obrigada. — Falei sozinho e fui andar por ai. 

  De noite acenderam a arvore, serviram a mesa, arrumaram os lugares de cada um e pediram pra nós nos arrumarmos. Coloquei uma calça jeans, camisa, cachecol.. Justin e Max se vestiram quase da mesma forma. Saímos do quarto, estávamos os três no meu quarto agora porque dava mais liberdade pras meninas, que agora tem mais uma, a Sara. Ficamos uma turma mesmo. Somos seis, três agentes e três em treinamento. Fomos ao refeitório que foi transformado em um salão de "festas". Nos tínhamos nossa mesa. De um lado eram: Tori, Bi e Sara, nessa ordem. E do outro: Eu,Jus e Max. Mas só estamos nessa ordem porque o Justin pediu pra trocar comigo. As meninas estão lindas, todas. Nós nos servimos e comemos. Depois do jantar nós levantamos e ficamos conversando em volta da árvore , podemos dizer assim. A Tori esta com frio. Ela fica passando uma mão na outra. Eu cheguei perto dela e tirei meu cachecol e coloquei em volta dela. Eu ajeitei em volta de seu pescoço e ela ficou me olhando. 

  — Obrigada. — Ela disse baixinho com um esboço de sorriso em seus lábios.

  — Até que enfim você disse alguma coisa que não fosse oi. 

  — Eu não falava mas você também não falou nada.

  — Claro, você só fugia de mim. — A gente estava sussurrando dai o Ryan apareceu. Ele esta com roupa diferente hoje. Eu me distanciei dela. 

  — Bom, vamos começar a revelação. — Ele disse e levaram o presente dele. — Bem, meu amigo invisível é realmente meu amigo. Meu melhor amigo desde os meus quinze anos. Nós passamos todos esses anos juntos e após um tempo dirigimos isso tudo juntos. Ele é o mais próximo de um irmão que eu nunca tive. Christian.. — Ele disse e o Christian deu risada e foi ate ele. Então pegou o presente dele. 

  — É, a pessoa que eu tive a sorte de tirar é uma pessoa muito especial pra mim. E não é você Ryan antes que venha com suas gracinhas — Ryan com gracinhas? Quem diria. — Eu sei que não mereço que essa pessoa sinta um porcento de afeto por mim. Afinal eu passei a vida toda longe. Mas mesmo assim eu a protegi ela do meu jeito por esse tempo. — A Tori deu uma cutucada na Bi e ela deu um meio sorriso. — Minha filha, Bianca. — ela deu risada indo ate ele. Os dois se abraçaram e foi fofo esse momento entre os dois. Então ela pegou o presente dela.

  — Quem eu tirei é uma pessoa — Ai a Tori deu sua humilde opinião.

  — Serio? Pensei que fosse um alienígena. — Todos deram risada.

  — Então, essa pessoa é muito especial, eu o conheci faz pouquíssimo tempo mas nos tornamos muito amigos. Ele me ajudou e teve muita paciência comigo então merece um presente legal. Justin... — Ele foi ate ela e abraçou ela. O Christian deu uma tossida sarcástica. Então o Jus...

  — Eu não vou fazer cerimonia. A pessoa que eu tirei é meu melhor amigo, um dos meus melhores amigos agora. O Max. — Ele falou e o Max foi saltitante pra perto dele.  

— Valeu cara, que não seja meia se não a gente se vê mais tarde. — Todos riram — Em poucas semanas viramos um trio. Não sou mulher e não sou os chefes. Rafael, vem aqui cara. — Ele disse e eu dei risada. Fui ate lá e dei aqueles abraços masculinos que só homem sabe dar. Então trouxeram meu pacote. É grande.

  — É... Minha amiga é realmente muito especial pra mim. Somos melhores amigos. Eu sei que ela gosta disso e sei que o que ela tinha ficou na casa dela. Eu comprei um pra ela se distrair. Ela é filha do chefe então com todo respeito chefe, sua filha é incrível. Tori.. — Falei sorrindo e ela veio. Eu a abracei forte e demorado. O Ryan pigarreou.

  — Obrigada é grande. O que é?

  — Abre. — Ele falou.

  — Pode abrir Tori. — Ryan autorizou. 

  — Eu sou curiosa gente vou ver o que é.— Ela disse e eu a ajudei a abrir. Um belo e estiloso violão.   — Ai meu deus Rafa, obrigada. — Ela falou sorrindo. 

  — Você toca? — Ryan perguntou.

  — Toca, canta.. — Falei.

  — É... Minha vez né. — Ela falou e trouxeram o presente dela.  — A pessoa que eu tirei também conheci a pouco tempo e foi um choque quando o vi. Admito. Ele não viveu muito comigo mas mesmo assim é especial. Faz parte de mim e de quem eu sou. Ryan... — Os dois se abraçaram, se distanciaram e sorriram. Meu deus.

  — Meu deus. — Dissemos eu, Jus, Max, Bi e Sara. — Eles são muito parecidos sorrindo. — O Ryan é quase a versão da Tori só que homem. Os dois tem os mesmos olhos, boca e principalmente sorriso. Ela voltou pra perto da gente com o violão na mão. — Vocês dois são muito parecidos. — Ela ergueu uma sobrancelha — O sorriso de vocês. — Falei e ela riu.

  — Não tenho nada a ver com minha mãe. Primeiro ela é loira, bronzeada, cabelo liso, olho castanho. — Ela disse.

  — E você, morena, olhos verdes... — Disse passando a mão no rosto dela. 

  — Credo que mão gelada. — ela falou e pegou minha mão. Incrível como ela consegue deixar a mão quente mesmo nesse frio. Depois que todo mundo deu seus presentes pros seus respectivos amigos ficaram conversando uns com os outros. Então a Tori estava quieta arriscando algumas notas no violão. Arriscar é algo errado de se dizer, ela está com um pouco de vergonha.

  — Canta alguma coisa. 

  — Ah, não sei não. — Ela falou meio indecisa. 

  — Toca, se você se sentir bem de cantar você canta. — Ela começou a tocar a melodia de give me love. E então começou a cantar. Ela me olha como se aquilo fosse direcionado a mim. Todo mundo começou a olhar pra ela. No final eles bateram palmas e começaram os fogos de artificio. Todos foram lá pra fora. Eu a puxei e vimos os fogos juntos enquanto a neve caia sobre nós. — Feliz natal. — Dissemos juntos...

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora