Quero tentar

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Depois de algumas pessoas terem tentado em vão o dono da barraca olhou pra gente.

- Querem participar?

- Eu quero tentar. - Falei. Comprei três fichas e comecei a mirar. Acertei os três o que deixou o homem da barraca nervoso. - Tem algum prêmio? - Perguntei colocando a "arma" no balcão.

- Pode escolher um dos grandes. - Ele se referiu aos ursos ali do lado.

- Quero aquela. - Apontei para uma tartaruga enorme. O homem pegou o urso com uma cara de raiva por eu ter ganho que me fez rir. - Obrigada amigo. - E saímos dali. Encontramos com o resto do grupo e a Tori deu risada do tamanho do urso.

- Que linda. Mas onde conseguiu isso?

- No tiro ao alvo.

- Jogou sujo. - Ela falou irônica.

- É pra você. - Dei pra ela e eu estava nervoso pela situação. Não sabia se ela aceitaria ou não.

- Sério? Eu amei! - Ela pegou o urso e desapareceu quase por completo atrás dele.

- Por que você não é fofo igual o Raf? - Clara perguntou brava com o Max. Ele riu e se aproximou de mim.

- Tem como você ser normal porque está me deixando mal com minha namorada. - Dei risada e continuamos o passeio no parque quando vi a montanha russa.

- Quem vai? - Perguntei. Os meninos levantaram a mão junto com a Brenda e a Sara.

- Não vai amor? - Max perguntou pra Clara.

- Eu não gosto muito de montanha russa, me dá enjôo sempre.

- E você Tori?

- Nunca fui. E acho que não quero tentar agora. - Ela disse se afastando. - Fico aqui com a Clarinha, vocês podem ir.

- Vai comigo, por favor. - Pedi.

- É, pode ir eu fico aqui com a Clara. A gente espera vocês. - Max falou pegando o urso da mão dela. Como não teve escapatória ela foi comigo. Sentamos um do lado do outro e ela super tensa.

- Relaxa. Não vai acontecer nada. - Tentei tranquiliza-lá mas nada. O carrinho começou andar bem devagar e quando chegou bem no topo pronto para descer eu olhei pra Tori ela estava até pálida de medo.

Quando ia começar a falar algo o carrinho desceu e todo mundo começou a gritar. Senti alguma coisa pegando muito forte no meu braço esquerdo e quando olhei era ela agarrada a mim gritando de olhos fechados. Quando terminou o percurso ela abriu os olhos e se soltou, aí ao se levantar quase caiu mas eu a segurei.

- Está tudo bem? - Perguntei preocupado.

- Uhum. - Ela resmungou. - Preciso sentar. - A levei pro banco mais próximo e agachei na frente dela.

- Quer alguma coisa? Um água?

- Por favor. - Ela pediu ainda pálida e fria. Não foi uma boa ideia. Fui a barraca do lado e pedi uma água.

- Pronto. - Falei dando a água a ela. Quando ela bebeu um pouco meio trêmula sentei do lado dela. - Respira. - Ela inspirou e expirou devagar algumas vezes e o sangue voltou para o rosto dela. - Está se sentindo melhor?

- Bem melhor. Obrigada.

- Pronto? - A turma perguntou de aproximando novamente.

- Novinha em folha. - Ela brincou e pegou o urso do Max para continuarmos.

Depois de termos dado dinheiro pro parque e o Max ter sido quase obrigado a fazer algo pra ganhar um urso pra Clara decidimos ir atrás de algo para comer. E como sempre acabamos em uma mesa de fast-food.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora