— Larguem as armas. — Ele falou e ninguém obedeceu. — Ferro gelado chega a queimar depois de um tempo. Mas nada queima mais que uma bala na cabeça, eu acho. — Ele colocou a arma na minha cabeça. Os quatro largaram as armas no chão. Todas.
— Desiste Damon. Você esta cercado. — Max falou.
— Por quem? Quatro agentes inexperientes da CIA desarmados? Ah desculpa era pra eu estar com medo.
— De nós não. Mas do seu sobrinho talvez. — Max disse e ele foi mudando a direção da arma.
— Cadê o Rafael? — Ele perguntou, também quero saber. Os quatro ficaram quietos inclusive o Damon. Eu olhei pra cima e vi um ponto vermelho no peito do Damon, então olhei pra cima do prédio a frente. O Rafael deu sinal de tchau e atirou. Senti alguma coisa queimando meu ombro. Ele atirou.
*Rafael*
Quando chegamos na casa, me deixaram nos fundos de um prédio a frente. Eu subi até o terraço e arrumei minha arma pra quando ele sair dali. Ele apareceu na varanda com a Tori só de vestido naquele frio. Eu esperei ele pegar ou ameaçar ela. Então ele "bateu" na Tori. Depois colocou a arma na cabeça dela. Se eu atirar agora ela vai sair muito ferida então quando ele colocou a arma no ombro e estava vulnerável eu atirei. Ele caiu mas antes ele atirou nela. Eu corri com minha arma nas mãos o mais rápido que pude até chegar na casa. A Bianca estava com ela nos braços enquanto ela sangrava. Eu cheguei perto enquanto ela ainda estava acordada. Passei a mao no rosto dela.
— Eu estou aqui, esta tudo bem. — Falei e ela sorriu depois apagou. — Max...
— Eu já liguei pra uma ambulância. Eles estão chegando. O hospital é aqui perto. — Ele falou. Ficamos ali esperando por três minutos quando a ambulância chegou levaram ela pro hospital e eu fui na ambulância com ela. Chegamos no hospital e ele falou que ali dentro não pode armas. Deixei minha arma com o Jus e entrei. Falaram que ela iria precisar de sangue agora. Eu perguntei se era o mesmo tipo que o meu. E é. Então fizemos a transfusão depois de tirarem a bala de dentro dela. O Ryan chegou com seus sórdidos. Ele estava preocupado.
— Cadê ela?
— Esta na UTI. Ninguém pode entrar lá. — Falei. Todos se levantaram e ficaram em posição de respeito mas eu já estou acabado por dentro por não ter conseguido cuidar dela. E por que acabei de dar meu sangue pra uma pessoa então estou meio fraco. As enfermeiras trouxeram algo pra eu comer e conferiram meus sinais vitais. Estava tudo certo.
— O que aconteceu com você ? — Ele perguntou.
— O Agente Rafael deu sangue à Agente Tori. Ele praticamente salvou a vida dela. — Scooter disse. — Ela está bem. Vai passar para um quarto normal. Daqui a pouco ela acorda e vai poder receber visitas. — Ele falou e eu fiquei mais calmo. O Ryan se sentou do meu lado e respirou fundo.
— Foi muito leal de sua parte matar seu tio para salvar minha filha.
— Não matei meu tio. Matei o cara que estava querendo matar a garota mais especial do mundo pra mim. — Falei e ele assentiu.
— Vocês são muito amigos certo?
— É. Muito amigos. — Falei e ficamos quietos até o médico dizer que podiam entrar visitas. Mas ela ainda esta dormindo. Então não é pra tentar acorda-lá. Entrou eu, Ryan e a Bi. Eu me sentei do lado do Ryan no sofá e a Bi se sentou o lado dela na cama. Eu fiquei olhando pra ela fixamente então ela começou a acordar. Eu ia me levantar mas o Ryan se levantou mais rápido e foi ate ela.
A Tori sorriu meio fraco.
— Ainda bem que você acordou filha. — Ele falou passando a mão no braço dela. A Bi saiu da cama e veio pro meu lado.
— Perdeu pro papai. — Ela disse baixinho e eu dei risada.
— Ryan, pode me deixar sozinha um instante com meus amigos? — Ela pediu segurando a mão dele. Ele beijou a testa dela e saiu dali. Ela me olhou e depois pra Bi.
— Vou pegar uma água. — Ela falou e saiu do quarto.
— O que aconteceu com você?
— Eu te dei meu sangue. — Falei e continuei sentado no sofá.
— Por que?
— Você desmaiou porque estava perdendo muito sangue.
— Então obrigada. — Ela disse me olhando.
*Tori*
Quando acordei queria só o Rafael ali pra poderem esclarecer algumas coisas. Mas ai o Ryan apareceu e ficou em cima de mim querendo saber se eu estava bem e etc. Então pedi pra ele sair e me deixar sozinha com os dois. Mas a Bi tinha que sair também. Eu queria que o Rafa viesse até mim e só pegasse minha mão e ficasse ali.
— Você esta bem? — Ele perguntou e eu tentei me sentar mas estava fraca e tudo parecia girar. Ele veio rápido ate mim e segurou minha cabeça pra não bater na cama. Ele me deitou com mais delicadeza e então abri os olhos novamente. — Bom, parece bem mas esta meio tonta.
— Um pouco. — Falei e ele ficou me encarando — Devia saber que vocês eram tio e sobrinho. Vocês são muito parecidos. — Eu falei e ele riu.
— Você acha?
— Claro que um de vocês é mais bonito. Óbvio.
— O titio Damon é mais gato que eu.
— Não. — Falei e ele ficou me olhando. — Você matou uma pessoa da sua família pra me salvar. Obrigada.
— Não ia conseguir viver sem você não. — Ele disse manhoso. Eu peguei a mão dele mas então a Bi entrou no quarto.
— O médico disse que você pode ir embora mas tem que tomar muito cuidado.
— O.k. — Falei soltando a mão dele.
— Eu vou deixar vocês sozinhas pra você poder se arrumar. — Ele deu um beijo demorado na minha bochecha e saiu.
— Quando vai admitir que você ama esse idiota?
— Que?
— Todo mundo notou menos vocês.
— Eu sou meio lerda.
— Foram dois anos.
— Mas muita coisa impede. Eu sei que o Ryan não confia no Rafa.
— Mas agora não tem como não confiar. Ele matou o tio dele pra te ver bem.
— É. Mas pra gente conversar preciso de um tempo sozinha com ele. E fora de um hospital. — Falei e ela pegou meu vestido que eu estava usando antes. Esta com um pouco de sangue mas o vestido é florido meio vermelho então sem problemas. Eu me levantei devagar e consegui não ficar tonta.
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Dreaming out loud
AdventureTori pensava que sua vida já não era normal quando era adolescente. Mas quando conhece seu pai e sabe da sua verdadeira linhagem sua vida muda completamente e então nota que sua vida antiga era mais do que normal. E Rafael faz parte dessa loucura in...