O que?

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  Mas então a Bianca pigarreou.

   — Bem, onde está o meu pai?

   — Nunca é bom todos saírem de uma vez só. Então veio nós dois apenas.

   — Tenho leve impressão que não vieram só para nos dar parabéns. Já nos deu parabéns na noite de ontem. — Rafael lembrou.

  — Eu vim para avisar minha filha que ela irá ficar quatro meses dentro da central treinando um agente. — Então Rafael quase se afogou com o suco.

  — Sozinha? — Ele perguntou "surpreso".

  — Com o Agente Max. — O Ryan esta encostado em sua cadeira com o copo de suco na frente do rosto prestes a beber.

  — Uau que surpresa. — Disse irônico. Eu terminei de beber meu suco em silêncio assim como o Max. Quando terminamos fomos pra sala.

  — Bom, eu vou indo. — Ryan falou e olhou pra mim.

  — Eu posso ir pra sua casa? Tem roupas minhas lá e amanhã a gente vai pra central. — Perguntei. Ele sorriu para mim.

  — Claro. Se despeça de seus amigos. Te espero lá fora. — Ryan saiu e as meninas se levantaram para me abraçar. Elas me esmagaram no abraço. Na hora do Rafael eu não ia abraçar ele, juro. Mas quando fui apertar a mão dele o próprio me puxou para um abraço. Eu pareci um ursinho de pelúcia sendo espremida. Estava ficando doloroso aquele abraço.

  — Rafael, esta me apertando. — Falei.

  — Eu não queria ter que te soltar. — Disse ele afrouxando o abraço. Subi para meu quarto e peguei alguns pertences pessoais. Ao sair do meu quarto o Max me deu um abraço breve e falou:

  — Vou conversar com o Rafa hoje pra explicar que o que ele viu no quarto. — Eu respirei fundo.

  — Não devo explicações à ele.

  — Mas eu devo.

Desci e entrei no carro com o Ryan.

  — Senti um clima estranho entre você e o Rafael. — Carlos estava ali também.

  — A gente brigou de novo. — Falei e ele me olhou pelo retrovisor. — Nada fora do normal. — Ele assentiu e fomos pra minha segunda casa. — Você esta morando aqui esse tempo?

— Por enquanto sim. O Backer quer que eu compre uma casa mas acho que vou comprar um apartamento. É menor e eu não passo tanto tempo assim "em casa". O Rafael não vai querer morar comigo mas tem que ser grande. — Carlos estava idealizando tudo dentro da cabeça dele.

  — Vou para meu quarto. Qualquer coisa me chamem. — Disse meio cabisbaixa. Subi para o meu quarto e comecei a arrumar uma mala pequena de roupas. Com meu uniforme limpo. Lá terão mais. Então estava tudo arrumado. Agora me preparar psicologicamente para aturar o Luke por mais quatro meses.

  No outro dia acordei cedo, me troquei com meu uniforme ridiculamente sério e desci com minha mala para a sala. Me sentei à mesa para tomar café da manhã.

  — Está nervosa?

  — Um pouco. Mas o Luke eu já conheço e ele é bom na CIA.

  — E é um cara legal... Não sei como ele está agora. Não o vi. Falei com ele por telefone. — Se explicou.

  — Ele está gostoso agora. — Falei baixinho e o Carlos tossiu com a torrada lá dentro.

  — Você nunca pensou... Não sei, vocês dois. — Ryan. Não.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora