*Tori*
Algumas semanas depois de eu comprar meu jeep, já havia conhecido califórnia quase por inteiro. Então é véspera do aniversário e casamento da Bianca. Confesso que, como madrinha, eu não comprei nada de tão especial. Apenas uma roupinha de bebê neutra. Cinza. Fiz uma mochila com apenas algumas peças íntimas, meus instrumentos de higiene e três trocas de roupas com um tênis. Entrei no meu Jeep abastecido até a boca e saí.
Depois de um dia na estrada com alguns copos de café estou quase em Atlanta. E então meu coração começou com a palhaçada de querer acelerar. Olhei no meu celular, oito da manhã. Mais cinco horas e olá Atlanta.
Quando entrei em terras de Atlanta me perguntei pra onde eu vou. Liguei para o Ryan.
- Você está atrasada.
- Para de mentir, tenho muito tempo ainda.
- Todas as garotas estão no salão já, esperando você. - Um pouco atrasada talvez.
- Certo, estou a caminho.
Cheguei no salão que tem o coração da Bianca e lá estavam os carros delas bem à frente. Respirei fundo e entrei. Elas me olharam pela primeira vez e viraram o rosto e então perceberam que era eu mesma.
- Tori! - Elas deixaram os cabelos pela metade e vieram me dar um abraço em grupo. Dei risada.
- Você está sensacional. - Clara falou me analisando.
- Você está atrasada. - Bianca disse me sentando. Então vi que estavam todas maquiadas e só faltava o cabelo. Então uma das mocinhas me maquiou e lavou meu cabelo. Quando estava seco esperamos porque apenas uma mulher estava fazendo os tais penteados.
- Que horas é a cerimonia mesmo? - Perguntei.
- Que espécie de madrinha você é? - Bianca disse rindo.
- Às três e meia.
- Quatro e meia então? - Falei e elas riram.
- Isso.
Ficamos nos arrumando por algumas horas e às três e meia estamos arrumando o vestido da noiva.
Chegando na igreja eu fiquei um pouco nervosa.
- Então, Bi, eu vou entrar com quem?
- Pra não ficar climão eu resolvi que os padrinhos vão entrar atrás do Jus e depois vocês na minha frente. Pra não dar problema. Sabe? - Ela mexeu com as mãos e eu assenti. Saímos da limusine e o Chris estava ali esperando por nós. Ele me abraçou e então olhou pra Bianca. Ele quase chorou mas se segurou.
Começou tocar a musica da noiva então entramos. Por ordem alfabética. Brenda. Logo após a Clara. Então a Sara e eu. Eu estava mais nervosa que a noiva me parece. Quando passei pela porta estava olhando pro chão. Olhei pra frente e meus pais estavam logo ali e sorriram quando me viram junto com o Carlos. Mas eu só tinha olhos pro Rafael. Estava parada olhando pra ele. Então Bianca falou pra mim:
- Vai! - Andei devagar pra não perder o equilíbrio. O Rafael está arrumando a gravata do Justin e esqueceu da própria que continua um pouco desalinhada. Entao ele se virou pra mesma direção que todos. Pro caminho da noiva. Ele me olhou e o sorriso desapareceu. Eu continuava devagar então respirei fundo quando cheguei perto do Ryan ele me deu um abraço rápido.
- Fica calma. - Ele falou e eu me posicionei ao lado das garotas. Ele me olhou de lado e eu foquei na Bianca. Ela está estonteante. Não por fora. A alegria dela está saindo pra fora com o sorriso estampado em seu rosto. Olhei pro lado e o Justin está chorando. Sim, chorando. Eu sorri, que fofo. Quando ela chegou e o Chris a entregou. Ele beijou o topo de sua cabeça demoradamente e eu estava cuidando do fotografo de longe pra ver se estava tudo sendo pego. Ele deixou passar um detalhe. Olhei pro Ryan e ele entendeu. Chamou o fotógrafo e pegou a câmera reserva dele dando-o algumas notas. Então me entregou e eu dei meu buquê pra Clara. Liguei a câmera e fiquei ali fotografando eles. Sai descartadamente dali indo atrás do padre pra fotografa-los de frente. E foi assim até o Pode beijar a noiva. Quando eles estavam quase saindo eu fui por tras tirando o sapato e correndo pra ficar bem na frente da porta pra quando eles saírem eu pegar a chuva de arroz. Eles riram quando viu que eu já estava ali na frente. Jogaram o arroz e eu fiquei orgulhosa das fotos. Ela me abraçou e eu com a câmera na mão.
- Obrigada. - Ela disse no meu ouvido. - Eu amo você. - Ela falou e entraram os dois na limusine. Meu pai trouxe os saltos que eu tirei no caminho e eu coloquei. Então abracei minha mãe.
- Ah querida. Eu sinto muito pelo Rafael.
- Jen! - Ryan a repreendeu. Eu dei risada a soltando.
- Tudo bem Ryan. Bom, temos que ir. - Falei e pensei. - Não. Vou na limusine com eles. - Entrei na limusine dos casados e sentei a frente, do outro lado.
- Deixe-me adivinhar. Você não quer perder um momento. - Ela falou e eu assenti.
- Só finjam que eu não estou aqui. - Falei.
- Ah, então se prepara. - Ele levou um tapa da Bianca e eles se beijaram. Eu peguei cada minuto então ja estavam cansados de fotos.
- E vocês dois? Nenhum clima? - Bianca perguntou.
- Nem conversamos ainda. Quase nem vi ele. - Falei.
- Mas agora os padrinhos sentam em pares na mesa. - Bianca falou. - Você sabe, não?
- Fazer o que. Vou ter que encarar ele alguma hora.
- Você sentiu alguma coisa quando o viu?
- Não. - Mentira. Meu coração errou uma batida ou duas, minhas pernas perderam coordenação e eu pensei que tinha esquecido como colocava ar nos meus pulmões. Isso é normal? Acho que não
- Você travou. - Eles falaram juntos.
- Não gosto de muita atenção. Estava acostumada a ser apenas uma pessoa comum.
- Nunca vai conseguir alcançar esse objetivo por completo. Está no seu sangue. Você não veio pra esse mundo pra ser apenas alguém normal.
- Estamos chegando?
- Chegamos. - Eles falaram e eu sai da limusine. Estavam todos lá quase. Entrei no salão antes dos noivos e ele estava sentado olhando pro copo de Bourbon na sua frente.
- Tori! - Carlos gritou do outro lado do salão e ele olhou pro pai então pra direção que ele estava correndo: na minha. Ele me abraçou me tirando do chão. - Que saudades! Você faz muita falta! - Ele falou animado e me colocou no chão. Então eu parei de rir olhando pro Rafael, de novo. - Ele não consegue beber Bourbon e não me diz o que está incomodando ele.
- Pena não poder ajudar. - Falei triste.
- Bom, vocês tem que sentar. Vão começar os discursos. E você está na lista pra representar os padrinhos. Já que não pode representar os agentes da CIA como sempre. - Ele falou me fazendo rir. Então a Bianca me puxou até as cadeiras me jogando na cadeira ao lado da dela e do Rafael. Ele me olhou de escanteio e eu rígida. Cruzei as pernas e fiquei reta. Olhando pro pequeno palco ali com o microfone e alguns instrumentos contando com um belo violão. Então Ryan subiu no palco. Eu sorri e ele levantou a taça em sinal de todos manterem o silêncio.
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Dreaming out loud
AdventureTori pensava que sua vida já não era normal quando era adolescente. Mas quando conhece seu pai e sabe da sua verdadeira linhagem sua vida muda completamente e então nota que sua vida antiga era mais do que normal. E Rafael faz parte dessa loucura in...